Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 1 de 1
Filtrar
Mais filtros










Base de dados
Intervalo de ano de publicação
1.
Acta Med Port ; 34(11): 784-795, 2021 Nov 02.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-34986085

RESUMO

There are many native species of animals with the potential to cause severe disease in Portugal. Of the four clinically relevant snake species, the vipers (Vipera latastei and Vipera seoanei) are the most concerning. They can cause severe disease and require in-hospital management, monitoring and specific treatment, including the administration of anti-snake venom serum. The Malpolon monspessulanus and Macroprotodon brevis snakes cause mostly localized clinical manifestations, which do not require specific treatment. Only a minority of the spider species in Portugal possess chelicerae (mouthparts of the Chelicerata, shaped as either articulated fangs or pincers, which may contain venom or be connected to the venom glands and are used for predation or capture of food) long enough to perforate the human skin. Nevertheless, Latrodectus tredecimguttatus and Loxosceles rufescens spider bites may require specialized treatment in a hospital setting, as well as careful active symptom surveillance. Diversely, the treatment for Scolopendra cingulata and Scolopendra oraniensis centipedes' bites is merely symptomatic. The only existing scorpion species in Portugal is the Buthus ibericus; its sting typically causes local symptoms with intense pain, and its treatment consists essentially of analgesia. The insects of the Hymenoptera order, such as bees and wasps, have the ability to inject venom into the skin. Most people present only with local or regional inflammatory response, and symptomatic treatment is usually effective. Even so, individuals with hypersensitivity to bee venom may develop anaphylaxis. Several marine species in the Portuguese coast are venomous to humans, including weeverfish (Trachinidae family), stingrays (Dasyatis pastinaca, Taeniura grabata, Myliobatis aquila), red scorpion fish (Scorpaena scrofa), cnidaria (Pelagia noctiluca, Chrysaora hysoscella, Physalia physalis) and bearded fireworm (Hermodice carunculata); treatment is symptomatic. Contact with the larvae or bristles (chitinous structures with locomotor or tactile functions) of Thaumetopoea pityocampa (pine processionary) can cause cutaneous, ocular and, rarely, respiratory reactions; its management is also symptomatic.


Em território português, existem várias espécies autóctones de animais capazes de provocar envenenamento e doença clinicamente significativa, com potencial de gravidade. Das quatro espécies de serpentes com relevância clínica, as víboras (Vipera latastei e Vipera seoanei) são as mais preocupantes; podem causar doença grave e necessitam de abordagem hospitalar, monitorização e tratamento específico, incluindo soro antiveneno. As serpentes Malpolon monspessulanus e Macroprotodon brevis causam maioritariamente manifestações clínicas locais, sem tratamento específico. Apenas uma minoria das espécies de aranha presentes em Portugal possui quelíceras (apêndices bucais dos Chelicerata, em forma de tenaz ou gancho, que podem conter veneno ou encontrar-se ligados às glândulas venenosas, usados para predação ou captura de alimentos) suficientemente compridas para perfurar a pele humana, mas as picadas de Latrodectus tredecimguttatus e Loxosceles rufescens podem implicar tratamento diferenciado em ambiente hospitalar, com necessidade de vigilância ativa. O tratamento da picada das centopeias Scolopendra cingulata e Scolopendra oraniensis é sintomático. A única espécie de escorpião presente em território nacional, Buthus ibericus, causa geralmente sintomas locais com dor intensa; o tratamento habitualmente baseia-se apenas na administração de analgesia. Os insetos da ordem Hymenoptera, como as abelhas e vespas, possuem capacidade de libertar veneno através de picadas; a maior parte dos indivíduos apresenta apenas reações inflamatórias locais ou regionais, para as quais a aplicação de medidas sintomáticas é suficiente, mas indivíduos que apresentem hipersensibilidade ao veneno podem desenvolver reações anafiláticas. Na costa portuguesa e em águas pouco profundas, encontram-se várias espécies marinhas venenosas para os humanos, como Echiichthys vipera (peixe-aranha comum), Dasyatis pastinaca, Taeniura grabata e Myliobatis aquila (ratões), Scorpaena scrofa (rascasso-vermelho), Pelagia noctiluca, Chrysaora hysoscella e Physalia physalis (cnidários) e Hermodice carunculata (verme-do-fogo), cujas picadas necessitam apenas de tratamento sintomático. O contacto com as larvas ou cerdas (estruturas quitinosas com funções locomotoras ou tácteis) de Thaumetopoea pityocampa (lagarta-do-pinheiro) pode provocar reações cutâneas, oculares e, raramente, respiratórias; a sua abordagem também é sintomática.


Assuntos
Venenos de Abelha , Mordeduras de Serpentes , Picada de Aranha , Animais , Antivenenos , Portugal , Picada de Aranha/terapia
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...