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Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online) ; 9(32): 258-263, jul./set. 2014. ilus
Artigo em Português | Coleciona SUS | ID: biblio-879243

RESUMO

Objetivo: analisar a inserção da fitoterapia em unidades de saúde da família (USF) no município de São Luís, Maranhão, Brasil. Métodos: estudo analítico, observacional e transversal, tendo sido empregado como instrumento de coleta de dados um questionário semiestruturado com perguntas diretas, fechadas e abertas, aplicado aos diretores de USF do município. As variáveis da pesquisa foram categoria profissional, implantação de serviços de fitoterapia nas USF, benefícios da terapêutica na atenção primária, capacitação na área e desafios para efetivação do serviço, com análise quantitativa e qualitativa. Resultados: foram entrevistados 18 diretores, predominando os enfermeiros (50%); 81% dos entrevistados desconheciam as normativas vigentes relacionadas à fitoterapia no âmbito das políticas nacionais de saúde; 94% acreditavam que a oferta da fitoterapia como terapia alternativa e/ou complementar traria benefícios à qualidade de vida da comunidade, sendo constatado ainda que 94% dos profissionais não tinham capacitação na área. Foram relatadas experiências pontuais referentes à fitoterapia por alguns diretores das unidades. Dentre os desafios citados pelos entrevistados, foi enfatizada a necessidade de estrutura física adequada e capacitação profissional. Conclusão: o estudo indica a real possibilidade da inserção da fitoterapia em USF mediante a promoção de mecanismos de capacitação profissional e educação permanente, a priorização do estudo de espécies vegetais locais de uso popular regional e a atuação efetiva da equipe multiprofissional, visando a qualificar a atenção primária e a ampliar o acesso às práticas alternativas e/ou complementares.


Objective: to analyse the insertion of phytotherapy in family health units (FHU) in the municipality of São Luís, Maranhão state, Brasil. Methods: analytical, observational and cross-sectional study using a semi structured questionnaire with open and closed questions, applied to directors of FHU. The research variables were: professional category; implementation of phytotherapy in FHU; benefits of this therapy in primary care; professional continuing education/training in phytotherapy; and challenges to effective services. Results: from the 18 directors interviewed we found that: 50% were nurses; 81% were unaware of the current regulations on phytotherapy within the national health policy; 94% believed that offering phytotherapy as alternative and complementary therapy would benefit the community's quality of life; and 94% of professionals did not have any training in phytotherapy. Personal experiences regarding phytotherapy were occasionally reported by the directors. Among the challenges mentioned by the respondents, the need for adequate physical structure and professional training was emphasized. Conclusion: the study indicates the real possibility of insertion of phytotherapy in FHU by promoting mechanisms for professional training and continuing education; studying regional plant species used by the local community; and the effective support of multidisciplinary team in order to qualify and expand primary care access to alternative and/or complementary practices.


Objetivo: analizar la inserción de la fitoterapia en unidades de salud familiar (USF) en el municipio de São Luís, Maranhão, Brasil. Métodos: estudio analítico, observacional y transversal, siendo empleado un cuestionario semiestructurado, con preguntas directas, abiertas y cerradas, aplicado a los directores de USF en el municipio. Las variables de investigación fueron la categoría profesional; la inserción de servicios de fitoterapia en las USF; los beneficios de este tratamiento en la atención primaria; la capacitación en el área y los desafíos para un servicio efectivo. Resultados: fueran encuestados 18 directores, principalmente enfermeros (50%); 81% desconocían las normas vigentes relativas a la fitoterapia en la política nacional de salud; 94% creían que la oferta de la fitoterapia como terapia alternativa y complementaria beneficiaria la calidad de vida de la comunidad; y 94% de los profesionales no tenían capacitación en el área. Experiencias específicas relativas a la fitoterapia han sido reportadas por algunos directores de las unidades. Entre los desafíos citados por los encuestados se destacan la estructura física y la capacitación profesional adecuada. Conclusión: el estudio indica la real posibilidad de inserción de la fitoterapia en las USF mediante la promoción de mecanismos para capacitación profesional y educación continua; los estudios de especies de plantas locales de uso popular; y soporte de equipo multidisciplinario, con el fin de calificar la atención primaria y ampliar el acceso a las prácticas alternativas y/o complementarias.


Assuntos
Capacitação Profissional , Fitoterapia
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