RESUMO
Objetivo: Chamar a atenção para a forma tardia da doença do recém-nascido secundária à deficiência de vitamina k, como causa de hemorragia intracraniana em lactentes jovens. Métodos: Os autores descrevem e analisam dois casos de doença hemorrágica tardia do recém-nascido, por deficiência de vitamina k, com hemorragia intracraniana no segundo mês de vida. As principais publicações sobre o tema foram revisadas. Resultados: Ambos os lactentes não haviam recebido profilaxia com vitamina k ao nascimento e vinham sendo alimentado exclusivamente com leite materno. Desenvolveram hemorragia intracraniana, e a coagulopatia foi rapidamente corrigida com administração de vitamina k por via intramuscular. Aos 3 e 4 anos de idade, um deles apresenta desenvolvimento psicomotor normal e o outro, atraso psicomotor moderado com microcefalia. Conclusão: A doença hemorrágica do recém-nascido deve ser considerada em lactentes jovens, entre 2 e 12 semanas de vida, com hemorragia intracraniana, sobretudo quando são alimentados exclusivamente com leite materno e não receberam vitamina k ao nascimento. Pode produzir seqüelas neurológicas. A coagulopatia é rapidamente corrigida com vitamina k e é passível de prevenção. Recomenda-se a profilaxia em todo o recém-nascido, logo ao nascimento, com a adminstraçao de 1 mg da viatmaina por via intramuscular
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Hemorragia Cerebral , Hemorragias Intracranianas , Deficiência de Vitamina K , Vitamina K/administração & dosagemRESUMO
Estudou-se 67 casos de meningite pneumococcica no Hospital Infantil Joana de Gusmao, em Florianopolis, Santa Catarina, no periodo de janeiro de 1980 a dezembro de 1989. Obteve-se um indice de letalidade geral de 26,86 por cento. Foram analisados os seguintes fatores prognosticos: idade, presenca de coma, convulsoes, pleocitose discreta no LCR, septicemia, hemiparesia, hipoglicorraquia, leucopenia e hiperproteinorraquia. Evidenciou-se correlacao estatisticamente relevante em relacao ao obito para os fatores coma, pleocitose discreta e hipoglicorraquia, em ordem decrescente de importancia, quando aplicada analise de regressao multipla.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Meningite Pneumocócica/complicações , Meningite Pneumocócica/mortalidade , Meningite Pneumocócica/patologia , Meningites Bacterianas/complicações , Meningites Bacterianas/mortalidade , Meningites Bacterianas/patologia , Meningite Pneumocócica/tratamento farmacológico , Meningite Pneumocócica/terapia , Meningites Bacterianas/tratamento farmacológico , Meningites Bacterianas/terapia , PrognósticoRESUMO
Aspectos gerais relacionados ao quadro clinico, bacterias mais frequentemente observadas nas diferentes idades, procedimentos laboratoriais e sua interpretacao, tratamento e profilaxia das meningites bacterianas agudas da crianca sao apresentados.
Assuntos
Humanos , Animais , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Meningites Bacterianas/classificação , Meningites Bacterianas/complicações , Meningites Bacterianas/diagnóstico , Antibacterianos/administração & dosagem , Antibacterianos/uso terapêutico , Meningites Bacterianas/etiologia , Meningites Bacterianas/imunologia , Meningites Bacterianas/mortalidade , Meningites Bacterianas/prevenção & controle , Meningites Bacterianas/terapia , Cuidados de Enfermagem , Vacinas/administração & dosagemRESUMO
Foram estudados 152 casos de Doença Meningocócica no Hospital Infantil Joana de Gusmäo, no período de janeiro de 1980 a março de 1989. Analisaram-se os seguintes fatores prognósticos: duraçäo do quadro clínico, coagulaçäo intravascular disseminada, choque, convulsäo, estado de consciência, lesöes de pele, hipoglicorraquia e leucopenia. Dentre estes fatores, aqueles para os quais se demonstrou influência estatisticamente significativa sobre a letalidae foram: coma (70%), leucopenia (64,28%), CIVD (63,63%), choque (50%), convulsäo (44,44%) e duraçäo do quadro clínico inferior a 24 horas (28,07%). A combinaçäo destes fatores evidenciou que, quanto maior o número deles associados, maior a gravidade da doença. Na presente amostra, obteve-se índice de letalidade geral de 14,47%
Assuntos
Criança , Humanos , Masculino , Feminino , Infecções Meningocócicas/etiologia , Antibacterianos/uso terapêutico , Infecções Meningocócicas/tratamento farmacológico , PrognósticoRESUMO
Foram estudadas as características clínicas e liqüóricas de um surto epidêmico de meningite asséptica, ocorrido de novembro de 1983 a março de 1984, na micro-regiäo da Grande Florianópolis. Nos 77 pacientes estudados, todos com idade inferior a 14 anos, houve um pequeno predomínio do sexo masculino, ocorrendo maior incidência na idade pré-escolar. O quadro clínico caracterizou-se principalmente por sinais gerais de infecçäo acompanhados de sinais meníngeos. O período de internaçäo foi de 1 a 2 dias para a maioria dos pacientes. A celularidade total no L.C.R. situou-se mais freqüentemente entre 11 a 500 células/mm**3. Em 26 amostras de líquor obtidas nos dois primeiros dias de evoluçäo clínica houve uma porcentagem maior que 75 de células polimorfonucleares, enfatizando-se a necessidade de um exame de controle do L.C.R. após algumas horas nos casos de dificuldade de diagnóstico diferencial com as meningites bacterianas agudas. Do mesmo modo salienta-se a importância da determinaçäo da desidrogenase láctica nestes casos. Os resultados encontrados permitem sugerir como possível agente etiológico um enterovírus