RESUMO
As autoras apresentam uma pesquisa sobre o potencial suicida de crianças. Iniciam o trabalho discutindo esse tema na infância e na adolescência e citam os principais sintomas de crianças com risco suicida. Aplicaram o psicodiagnóstico de Rorschach, utilizando a E.S.P.A. (Escala de Suicídio para Adultos) desenvolvida por Passalacqua et alli (1997), em três grupos de crianças: 83 crianças de ambos os sexos de 6 a 12 anos, de nível sócio-econômico médio-baixo e baixo, encaminhados por professores, atendidas pelo Serviço de Extensão de Assistência Comunitária de Avallaneda (Universidade de Buenos Aires), e 2 outros grupos de crianças de mesma faixa etária, de nível sócio-econômico médio e médio alto, sendo 23 pacientes e 20 não pacientes. Obtiveram como resultados principais, que os sujeitos com um maior número de sinais indicadores de risco suicida na ESPA foram: crianças de risco psicótico; do sexo feminino (embora os meninos sejam mais encaminhados que as meninas); ao redor de 10 anos de idade (o que pode indicar um adiantamento da puberdade); sujeitos de nível sócio econômico inferior, encaminhados por condutas violentas. Finalmente, as autoras chamam a atenção para a importância da análise dos dados qualitativos, em função da gravidade do que pode ser prognosticado, e as possibilidades de prevenção, enquanto ainda é possível(AU)
