RESUMO
A insuficiência cardíaca congestiva refratária a tratamento clínico tem no transplante cardíaco ortotópico a sua melhor opçäo cirúrgica. Escassez de doadores, morbidade significativa associada com a terapêutica anti-rejeiçäo, aterosclerose coronária e custos consideráveis associados com o transplante säo fatores responsáveis pela sua limitada aplicaçäo. Para os que se encontram na lista para transplante, o período de espera de 6 meses a 1 ano pode levar à deterioraçäo hemodinâmica e expressivo número de mortos. A sobrevida, na lista de espera, pode ser de 46 por cento em 1 ano. Afora isso, um significativo número de pacientes tem contra-indicaçäo para transplante, por apresentar hipertensao e resistência pulmonar elevadas. A ventriculectomia parcial esquerda (VPE), restaurando o raio do ventrículo esquerdo e melhorando, assim, a relaçäo massa-volume e o desempenho sistólico, pode propiciar diminuiçäo da pressao e da resistência pulmonar, em alguns pacientes.