RESUMO
This paper aims to present the potential city dwelling tactics and strategies employed by People Living on the Streets (PLS) in Brasília, Brazil, to reflect on the production of care and bonding within the Brazilian PHC (known as APS). First, we will discuss the broad sense of this notion of living as a set of everyday creations and innovations established as transient and circumstantial ways of creating bonds and care and as daily tools of health workers within the Brazilian Unified Health System (SUS). We will then present two PLS narratives to offer examples of actions performed in their homes built in the streets. The analysis of these encounters allows us to contextualize their lives on the streets, highlighting the movements that lead to the invisibility of this population and the precarious and fragile state of these practices and existences in and of the city. As a final perspective, we will point to the meeting of these living practices with the actions and technologies used by health workers in the process of self-care in the urban spaces.
Este artigo tem como objetivo apresentar a potencialidade de táticas e estratégias de habitar a cidade utilizadas por pessoas em situação de rua, em Brasília (DF), como meios para se pensar produções de cuidado e vínculo junto à Atenção Primária à Saúde (APS). Primeiramente, discutiremos o sentido amplo dessa noção de se habitar como um conjunto de criações e inovações cotidianas que se estabelecem como formas passageiras e circunstais de criação de vínculos, e cuidados e também como instrumentos cotidianos do trabalho da saúde dentro do contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Posteriormente, apresentaremos dois relatos de pessoas em situação de rua na intenção de exemplificar fazeres na cidade partindo de suas casas edificadas nas ruas da cidade. A análise desses encontros abre caminho primeiramente para a contextualização das vidas nas ruas destacando os movimentos que operam no sentido de invisibilidade desse contingente e as precariedades e fragilidades dessas práticas e existências na e da cidade. Como perspectiva final de análise, pontuaremos o encontro dessas práticas para se habitar com os fazeres e tecnologias utilizados pela saúde no processo de se cuidar pelos espaços da cidade.
Assuntos
Pessoas Mal Alojadas , Brasil , Cidades , Programas Governamentais , Pessoal de Saúde , HumanosRESUMO
Resumo Este artigo tem como objetivo apresentar a potencialidade de táticas e estratégias de habitar a cidade utilizadas por pessoas em situação de rua, em Brasília (DF), como meios para se pensar produções de cuidado e vínculo junto à Atenção Primária à Saúde (APS). Primeiramente, discutiremos o sentido amplo dessa noção de se habitar como um conjunto de criações e inovações cotidianas que se estabelecem como formas passageiras e circunstais de criação de vínculos, e cuidados e também como instrumentos cotidianos do trabalho da saúde dentro do contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Posteriormente, apresentaremos dois relatos de pessoas em situação de rua na intenção de exemplificar fazeres na cidade partindo de suas casas edificadas nas ruas da cidade. A análise desses encontros abre caminho primeiramente para a contextualização das vidas nas ruas destacando os movimentos que operam no sentido de invisibilidade desse contingente e as precariedades e fragilidades dessas práticas e existências na e da cidade. Como perspectiva final de análise, pontuaremos o encontro dessas práticas para se habitar com os fazeres e tecnologias utilizados pela saúde no processo de se cuidar pelos espaços da cidade.
Abstract This paper aims to present the potential city dwelling tactics and strategies employed by People Living on the Streets (PLS) in Brasília, Brazil, to reflect on the production of care and bonding within the Brazilian PHC (known as APS). First, we will discuss the broad sense of this notion of living as a set of everyday creations and innovations established as transient and circumstantial ways of creating bonds and care and as daily tools of health workers within the Brazilian Unified Health System (SUS). We will then present two PLS narratives to offer examples of actions performed in their homes built in the streets. The analysis of these encounters allows us to contextualize their lives on the streets, highlighting the movements that lead to the invisibility of this population and the precarious and fragile state of these practices and existences in and of the city. As a final perspective, we will point to the meeting of these living practices with the actions and technologies used by health workers in the process of self-care in the urban spaces.