RESUMO
Conclamamos, aqui, o campo da Saúde Coletiva a aquiescer a necessidadede colocarmos raça como a questão central para se pensar Estado em tempos de pandemia (embora estejamos afinados com a tese da interseccionalidade entre raça,gênero e classe, acreditamos que o racismo é o traço mais definidor e pernicioso do Estado moderno em geral e do Estado brasileiro em particular; daí inclusive, e por razão de espaço, nosso foco exclusivo aqui). Racismo ou antirracismo, eis a questão. No que segue deste comentário ensaístico,faremos uma discussão histórico-conceitual acerca da ideia de Estado racializado e em sua relação com o SUS; na sequência, falaremos da experiência de resistência queo movimento Nós por Nós vem tendo frente o operar desse Estado racializado no Rio de Janeiro durante a pandemia