RESUMO
O parto prematuro é responsável pela maioria das mortes perinatais. A cauda do trabalho de parto prematuro é na maioria das vezes de causa desconhecida. É feita uma revisäo dos aspectos do parto prematuro e dos agentes tocolíticos usados na inibiçäo do trabalho de parto prematuro. Numerosos agentes têm sido utilizados, mas nenhum deles tem se mostrado como ideal. Os B-adrenégicos tais como a isoxsuprina, aritidrina, a terbutalina e o salbutamol parecem ser os mais efetivos e seguros. Outras drogas como o sulfato de magnésio, as prostaglandinas, os antagonistas de cálcio e da oxitocina säo também inibidores do trabalho de parto prematuro, porém menos efetivos e os riscos da sua utilizaçäo necessita de cuidadosa avaliaçäo. Os efeitos colaterais devem ser identificados e controlados. A terapêutica prolongada näo é benéfico para a gestante e para o feto. O Hospital Universitário da USP utiliza a isoxsuprina para a inibiçäo do trabalho de parto prematuro. O protocolo insiste em manter as pacientes internadas em repouso e inicialmente realizar hidrataçäo parenteral seguida de infusäo endovenosa de cinco ampolas de isoxsuprina diluídas em 500 ml de soro glicosado a 5 porcento, iniciando-se com 4 gotas/min (50mcg/min) e aumentando 4 gotas/min a cada 20 minutos (máximo de 40 gotas/min), até atingir a dose necessária para inibir as contraçöes uterinas. Obtida a dose mínima necessária para a inibiçäo das contraçöes , mantemos durante duas horas e reduzimos gradativamente até atingir a dose inicial que é mantida por duas horas. Os efeitos colaterais frequentemente relacionados ao uso da isoxsuprina e que indicam a sua interrupçäo näo foram observados. O trabalho de parto foi interrompido em 90 porcento dos casos num período menor do que 48 horas. Os resultados sugerem que o uso da isoxsuprina pode ser um método seguro e eficaz na inibiçäo do trabalho de parto prematuro, contribuindo para a diminuiçäo da prematuridade e suas conseqüencias.(au)
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Isoxsuprina , Trabalho de Parto Prematuro , Contração Uterina , Tocolíticos/uso terapêuticoAssuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Trabalho de Parto , Neonatologia , Gravidez , Obstetrícia , Parto , Período Pós-PartoRESUMO
Estudou-se associação de algumas variáveis maternas nos 307 partos de recém-nascidos vivos na Clínica Obstétrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo em 1997. As variáveis maternas estudadas foram: idade, raça, estado civil, escolaridade, profissão, peso, altura, paridade; partos prematuros, abortos, natimortos e neomortos; patologias clínicas maternas, intervalo interpartal, assistência pré-natal, curva de peso materno, patologias maternas, alcoolismo, tabagismo e uso de drogas ilícitas. A análise das variáveis mostrou-se significante (P<0,05) em: idade materna maior que 35 anos, peso materno meno que 49 quilos, curva de peso inicial baixo, intercorrências materno-fetais, partos prematuros anteriores e assitência pré-natal. O recolhimento destas variáveis pode ser útil para a redução da ocorrência do parto prematuro
Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Fatores de Risco , Trabalho de Parto Prematuro , Bem-Estar Materno , Recém-Nascido Pequeno para a Idade GestacionalRESUMO
O objetivo foi investigar a acao da injecao intracervical da hialuronidase no amadurecimento do colo uterino em gestacoes a termo, sem necessidade de hospitalizacao com a finalidade de potencializar a chance de promover o parto via vaginal...
Assuntos
Humanos , Feminino , Colo do Útero , Hialuronoglucosaminidase , Gravidez de Alto Risco , Trabalho de PartoRESUMO
Foi realizado um estudo retrospectivo em 41 gestantes submetidas a inibiçäo do trabalho de parto prematuro com isoxsuprina internadas na Clínica Obstétrica do Hospital Universitário da Universidade de Säo Paulo no período de janeiro a dezembro de 1998. Neste período foram internadas 150 gestantes com diagnóstico de trabalho de parto prematuro, das quais 109 apresentavam contra-indicaçöes maternas ou fetais para a inibiçäo. As 41 pacientes restantes foram mantidas em repouso absoluto no leito e inicialmente hidratadas por via parenteral. Após uma hora as pacientes foram reavaliadas e, como as contraçöes uterinas persistiram, iniciamos a infusäo endovenosa de 5 ampolas de isoxsuprina diluídas em 500 ml de soro glicosado a 5 porcento. O trabalho de parto prematuro foi inibido em 37 casos num período inferior a 48 horas. Os efeitos colaterais frequentemente relacionados ao uso da isoxsuprina e que indicam a sua interrupçäo näo foram observados. Estes resultados sugerem que o uso da isoxsuprina pode ser um método seguro e eficaz n inibiçäo do trabalho de parto prematuro, contribuindo para a diminuiçäo da prematuridade e suas consequências.(au)
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Isoxsuprina , Trabalho de Parto Prematuro , TocolíticosRESUMO
Foi investigada a ação da injeção intracervical de hialuronidase no amadureciemnto do colo uterino em gestações de termo sem necessidade de hospitalização, com a finalidade de promover parto via vaginal em grupo de gestantes com idade gestacional de 40 e 42 semanas. Foram selecionadas 34 gestantes que apresentavam índice de Bishop menor que 5 e incluídas no estudo. Eram injetados 4 ml com 20.000 U.I. de hialuronidase no colo uterino e após 48 horas, as pacientes eram reavaliadas e uma segunda dose de hialuronidase era injetada se o indíce de Bishopera ainda menor que 5. Uma terceira avaliação era feita após 96 horas da primeira injeção. Foi considerada resposta positiva se o indíce reavaliado fosse superior a 5. Cinqüenta e oito (per cent) das nulíparas responderam positivamente nas primeiras 48 horas e 16 (per cent) entre 48 e 96 horas. Nas primíparas/multíparas essa média foi de 78 (per cent) nas primeiras 48 horas e 11 (per cent) entre 48 e 96 horas. Esses resultados sugerem que a injeção intracervical de hialuronidase, sem hospitalização pode ser um método simples, efetivo e seguro para melhorar o amadurecimento do colo uterino, reduzindo a duração do trabalho de parto (au)