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Preprint em Português | SciELO Preprints | ID: pps-2915

RESUMO

Objective: To describe the prevalence of use of electronic nicotine delivery systems (ENDS) and waterpipe in Brazil, by population subgroups, and to evaluate the trend between 2013 and 2019. Methods: We used data from the 2019 National Health Survey (PNS) to estimate the prevalence of ever and current use of ENDS and current use of waterpipes by socio-behavioral characteristics. Differences in prevalence over time were calculated using data from the BHSU-III-2015 (III Brazilian Household Survey on Substance Use) and the PNS-2013. Results: For 2019, the prevalence of current use of ENDS was estimated at 0.64% (~ 1 million people), of which ~70% were 15-24 years old. The highest prevalence was observed in the Midwest region, but the Southeast concentrates half of these users. Almost 90% are non-smokers, and higher prevalence were found among those who also use waterpipe and abusive alcohol. There was an increase in ENDS use between 2015 and 2019, particularly among younger people. The prevalence of current waterpipe use in 2019 was estimated at 0.47% (~ 800,000 individuals), of which ~80% were 15-24 years old. There was an increase in the prevalence of current waterpipe use between 2013 and 2019, and among young people the increase was ~300%. Conclusions: In Brazil, ENDS have been used mostly by young people, and by never smokers of manufactured cigarettes. The use of DEF and waterpipe has been increasing, even with the country's regulatory restrictions, which may compromise the successful history of the tobacco control policy.


Objetivo: Descrever as prevalências de uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEF) e de narguilé no Brasil, por subgrupos populacionais, e avaliar tendência entre 2013 e 2019. Métodos: Os dados principais analisados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. Estimou-se prevalências de uso na vida e atual de DEF e de uso atual de narguilé segundo características sócio-comportamentais. Os dados da PNS-2019 sobre DEF foram comparados aos do III-LNUD-2015 (III Levantamento Nacional sobre Uso de Drogas pela População Brasileira) e os dados sobre narguilé comparados à PNS-2013. Resultados: Para 2019, estimou-se a prevalência de uso atual de DEF em 0,64% (~1 milhão de pessoas), dos quais ~70% tinham 15-24 anos. Maior prevalência está na região Centro-Oeste, mas o Sudeste concentra metade absoluta desses usuários. Quase 90% são não fumantes, e maiores prevalências foram encontradas entre quem usa também narguilé e álcool abusivo. Observou-se aumento nas estimativas de uso de DEF entre 2015 e 2019, especialmente entre os mais jovens. A prevalência de uso atual de narguilé em 2019 foi estimada em 0,47% (~800 mil indivíduos), dos quais ~80% tinham 15-24 anos. Houve aumento na prevalência de uso atual de narguilé entre 2013 e 2019, e entre jovens o aumento foi de ~300%. Conclusões: No Brasil os DEF têm sido utilizados majoritariamente por jovens, e por nunca fumantes de cigarros industrializados. O uso de DEF e de narguilé vêm aumentando, mesmo com as restrições regulatórias do país, podendo comprometer o exitoso histórico da política de controle do tabagismo.

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