RESUMO
Objetivo: Determinar a freqüência e causas de ambliopia em crianças e adultos jovens, atendidos na Fundação Altino Ventura. Metodologia: Realizou-se um estudo descritivo do tipo retrospectivo no Departamento de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo da Fundação Altino Ventura, Recife-Pernambuco, onde foram revisados 1032 prontuários de pacientes atendidos no período de janeiro 1994 a maio 1998. Foram incluídos no estudo 137 pacientes por serem portadores de ambliopia e apresentarem idade entre um e 25 anos, sendo pesquisados quanto a sexo, precedência, tipo de ambliopia e lateralidade. Resultados: Do total de 137 casos, 103 (75,1 por cento) encontravam-se abaixo dos doze anos de idade e 34 (24,9 por cento) tinham entre 12 e 25 anos. A média de idade encontrada foi de oito anos. A ambliopia unilateral esteve presente em 105 pacientes (76,6 por cento) e apenas 32 (23,4 por cento) apresentavam os dois olhos atingidos. A ambliopia estrabísmica ocorreu em 101 casos (73,7 por cento), sendo o esodesvio o mais freqüente, com 71 acometimentos (51,8 por cento). Existiam 82 (62,7 por cento) amblíopes por ametropias, dos quais 9,4 por cento eram míopes, 21,8 por cento hipermétropes e 31,3 por cento astigmatas. A anisometropia esteve presente em 40 pacientes (29,1 por cento). Com relação as causas ex-anópsicas da ambliopia, 17 (11,7 por cento) tinham catarata congênita e seis (4,4 por cento) eram portadores de leucoma. Conclusão: As ambliopias estrabísmica e refracional foram as mais freqüentes observadas nesse estudo.