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Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 174-174, abr-jun. 2024. tab
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1561959

RESUMO

Na prática clínica, o cardiologista se depara com pacientes que convivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Pesquisas indicam um aumento de doenças cardiovasculares (CV), que são as principais causas de morte nesse grupo. A terapia antirretroviral (TARV) contribuiu para a diminuição da morbimortalidade associada ao HIV/AIDS, porém observado um aumento na incidência de fatores de risco CV, tanto entre os em uso da TARV quanto nos sem. Os estudos Start e Smart possuem importância na avaliação do risco CV em indivíduos com HIV, pois proporcionaram uma compreensão mais clara da relação entre a presença do vírus e o uso da TARV. Por outro lado, o estudo Reprieve demonstrou benefícios surpreendentes em pacientes que recebiam estatina, com redução de 35% nos eventos CV adversos graves, gerando o término prematuro do grupo placebo. MÉTODOS: Realizou-se uma pesquisa retrospectiva e observacional com uma amostra de 148 pacientes vivendo com HIV em um Centro de Referência de IST/AIDS (CR) em São Paulo, Brasil, no período de 01 de janeiro de 2011 a fevereiro de 2023. Incluídos pacientes maiores de 18 anos, selecionados por sorteio através do número de matrícula. DISCUSSÃO: Comparado os dados do CR com os de Start e Smart na tabela 1, sendo detalhadas as características da amostras, enquanto na tabela 2 apresentados os fatores de risco CV. A carga viral apresentou variação entre os estudos, sendo a média no CR de 500.000 cópias/ml, 12.759 cópias/ml no Start e inferior a 400 cópias/ml no Smart. A dislipidemia e o dano endotelial estão associados ao HIV, sendo propostos como causas do aumento do risco de eventos cardiovasculares, e a replicação do HIV é determinante na disfunção endotelial. Diferentemente das informações da literatura, todos os pacientes do CR com cardiopatia mantinham carga viral indetectável e contagem de células CD4+ acima de 500 células/mm³. CONCLUSÃO: no CR a taxa de eventos CV foi de 1,3%, no entanto este índice baixo deva-se à abordagem multidisciplinar aplicada ao paciente, com foco na prevenção primária e secundária por meio de orientações e acompanhamento intensivos. Além disso, o usuário tem fácil acesso aos medicamentos, sendo disponibilizados pelo CR. A utilização de biomarcadores poderia contribuir para entender melhor os efeitos da presença do vírus e do tratamento antirretroviral na doença CV. Por se tratar de uma população de maior vulnerabilidade, sugere-se um controle mais eficaz.

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