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J Infect Control ; 7(3): 107-108, 2018.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1026186

RESUMO

INTRODUÇÃO: A colonização de pacientes por microrganismos multirresistentes (MDR) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma realidade, podendo em alguns casos, ocorrer posteriormente a infecção pelo microrganismo colonizante. OBJETIVO: Avaliar a partir do resultado de cultura de vigilância (CV) positiva para microrganismo MDR, se há correlação com o aparecimento de Infecção Relacionada à Assistência a Saúde (IRAS) pelo microrganismo colonizante e o tempo decorrido entre a colonização e a infecção. METODOLOGIA: Estudo realizado nas UTIs de um hospital público terciário, entre janeiro de 2016 a maio de 2018. CV são coletadas semanalmente nas UTIs para instituição de Precauções de Contato nos pacientes colonizados por MDR. Pesquisamos rotineiramente: Enterococcus spp resistente à vancomicina (VRE), Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp resistentes a carbapenêmicos, Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos (CR-KP). As IRAS são notificadas de acordo com os critérios epidemiológicos da ANVISA e Centers for Disease and Control Prevention. Nos pacientes que apresentaram CV positiva e IRAS pelo mesmo microrganismo MDR, avaliamos o tempo decorrido entre a internação e a colonização, e o tempo entre a colonização e o surgimento da infecção e topogra¬ a. A identificação dos microrganismos foi realizada pelo método de espectrometria de massa MALDI-TOF e o per¬ l de sensibilidade realizado pelo VITEK 2, excluídos os pacientes que apresentaram infecção clínica por MDR antes de estarem colonizados, ou os que não apresentaram colonização prévia. RESULTADOS: Notificadas 59 infecções por MDR em 56 pacientes, destes, 36 pacientes estavam colonizados previamente por MDR. Dezoito pacientes apresentaram infecção por MDR sem estarem colonizados previamente, e foram excluídos da análise. Dentre os pacientes previamente colonizados, 32/36 (88,8%) apresentaram infecção posterior pelo mesmo microrganismo detectado em CV. Observamos que dentre as IRAS a correlação com a colonização, foram: 20/32 (62,5%) CR-KP; 4/7 (57,1%) VRE; 1/1 (100%) Acinetobacter spp e 1/1 (100%) Pseudomonas aeruginosa. A infecção mais prevalente foi a IPCS 23/32 (71, 9 %), seguida pela Infecção de Feriada Operatória 6/32 (18,7%), Pneumonia 2/32 (6,25%), Infecção Trato Urinário 1/32 (3,1%). O tempo médio decorrido entre a data da internação colonização foi de 20 dias (mediana 19), e a média entre a colonização e o aparecimento de infecção foi de 20,6 dias (mediana 10). A taxa de letalidade em 30 dias dos pacientes que apresentaram infecção foi de 46,8%. DISCUSSÃO: Demonstramos que 88,8% dos pacientes críticos que se colonizam por MDR evoluem para IRAS, em média de 20 dias. A principal infecção foi a IPCS com 71,9%. A letalidade em 30 dias é alta 46,8%. Concluímos que medidas de prevenção de infecção por MDR são fundamentais e devem ser realizadas antes de ocorrer a colonização em pacientes críticos, caso contrário, o aparecimento de infecção e a evolução ao óbito são dramáticas. (AU)


Assuntos
Infecções , Unidades de Terapia Intensiva
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