RESUMO
No contexto hospitalar, as características clínicas e/ou terapêuticas podem comprometer a comunicação verbal A Comunicação Aumentativa e Alternativa é uma estratégia que possibilita ampliar o repertório de comunicação. Este estudo analisou o processo terapêutico ocupacional após pedidos de consulta para a implementação desse tipo de comunicação com pacientes hospitalizados. Trata-se de uma pesquisa observacional, descritiva e retrospectiva, com dados bibliográficos e documentais (pedidos de consulta e respectivos prontuários). Foram incluídos na amostra 16 pedidos de consulta e os seus prontuários correspondentes. Verificaram-se os prejuízos na comunicação verbal, principalmente pelo uso de traqueostomia (31,2%). O principal recurso prescrito pelos terapeutas ocupacionais foi a prancha de comunicação (50%). Foi constatada comunicação parcial em 37,5% dos casos e efetiva em 12,5%. A demora no envio dos pedidos de consultas durante a internação inviabilizou ações mais diretas relacionadas à comunicação, e à elaboração de registros mais adequados. A dificuldade de acesso aos prontuários foi uma limitação para este estudo. (AU)
In the hospital context, clinical and/or therapeutic characteristics may negatively influence verbal communication. Augmentative and Alternative Communication is a strategy that expands the communication repertoire. This study examined the occupational therapy process directed to hospitalized patients for whom was requested an implementation plan of Augmentative and Alternative Communication. A retrospective descriptive observational study was conducted and included consultation requests sent to the Occupational Therapy Service of a public hospital based in Curitiba, Paraná/Brazil and their respective health-care records. Sixteen consultation requests and their health-care records were obtained. It was found that impair in verbal communication was caused mainly due to the use of tracheostomy (31.2%) and the main devices of Augmentative and Alternative Communication prescribed were communication boards (50%). Partial communication was found in 37.5% of cases and effective communication in 12.5%. The delay in sending consultation requests during hospitalization made actions related to communication and the preparation of more adequate records unfeasible. The difficulty of access to healthcare records was a limitation of this study. (AU)