RESUMO
A lavagem das mãos é a medida mais importante para a prevenção das infecções hospitalares. Entretanto, muitos profissionais não adotam esta medida como um hábito ou não conseguem realizá-la adequadamente, transformando as mãos em fômites para as infecções cruzadas. Nas infecções hospitalares em RN, os microrganismos mais freqüentes são os Streptococcus do grupo B, Listeria ssp e Escherichia coli, além dos Staphylococcus aureus e Estafilococos coagulase negativa (ECN). O objetivo deste trabalho é relatar uma medida de intervenção adotada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) em uma UTI Neonatal, frente à alta incidência de Estafilococo coagulase negativa nos pacientes desta unidade. Após a verificação do alto número de culturas positivas para ECN o SCIH instituiu o uso obrigatório de luvas não estéreis para o banho de todos os pacientes da UTI Neonatal. Apesar do ECN ser um agente pouco valorizado por muitos profissionais, este microrganismo vem sendo associado a infecções graves, como as de corrente sangüínea. Utilizando o ECN como um marcador da qualidade da lavagem das mãos, os autores puderam comprovar a relação das mãos na cadeia da colonização dos pacientes por microrganismos multirresistentes, verificando que após o uso obrigatório de luvas houve uma queda importante na incidência do ECN multirresistentes
