RESUMO
O presente artigo busca iniciar uma reflexão quanto ao estatuto da profissão de psicanalista e sua difícil relação com o Estado a partir da teoria marxista do valor-trabalho. Num exercício filosófico que busca evitar o tratamento analógico entre o pensamento psicanalítico e o pensamento marxista, encontramos um tipo diferente de solidariedade entre os dois na medida em que a concepção de Marx da dualidade contraditória do trabalho aponta um novo modo de pensar a posição do analista e essa, por sua vez, nos permite problematizar e levar à frente algumas determinações obscuras da diferença entre trabalho abstrato e concreto.(AU)
The present paper seeks to begin an investigation concerning the statute of the profession of the psychoanalyst and of its difficult relation to the State, a study undertaken from the perspective of the Marxist theory of labor-value. Our philosophical exercise strives to avoid the establishment of analogical relations between these two fields of thought, and points to a rather different sort of solidarity between them, insofar as the Marxist conception of a contradictory labor form allows us to think the position of the analyst from a new perspective and psychoanalysis, on the other hand, allows us to problematize and develop certain obscure determinations of the concept of abstract labour.(AU)
Assuntos
Trabalho/psicologia , PsicanáliseRESUMO
O presente artigo busca iniciar uma reflexão quanto ao estatuto da profissão de psicanalista e sua difícil relação com o Estado a partir da teoria marxista do valor-trabalho. Num exercício filosófico que busca evitar o tratamento analógico entre o pensamento psicanalítico e o pensamento marxista, encontramos um tipo diferente de solidariedade entre os dois na medida em que a concepção de Marx da dualidade contraditória do trabalho aponta um novo modo de pensar a posição do analista e essa, por sua vez, nos permite problematizar e levar à frente algumas determinações obscuras da diferença entre trabalho abstrato e concreto.
The present paper seeks to begin an investigation concerning the statute of the profession of the psychoanalyst and of its difficult relation to the State, a study undertaken from the perspective of the Marxist theory of labor-value. Our philosophical exercise strives to avoid the establishment of analogical relations between these two fields of thought, and points to a rather different sort of solidarity between them, insofar as the Marxist conception of a contradictory labor form allows us to think the position of the analyst from a new perspective and psychoanalysis, on the other hand, allows us to problematize and develop certain obscure determinations of the concept of abstract labour.