RESUMO
Introdução: o contexto de pandemia instaurada pelo SARS-CoV-2 acarretou um cenário de isolamento social, dificultando a prática de atividade física regular. Somado a isso, os estudantes de Medicina ainda possuem uma carga horária sobrecarregada. O objetivo do trabalho foi conhecer a qualidade de vida e a prevalência da prática de atividade física e seus efeitos durante o período de pandemia em acadêmicos de Medicina. Métodos: estudo observacional transversal realizado a partir da aplicação do questionário "Prática de atividade física por acadêmicos de Medicina durante a pandemia" em 286 estudantes de ambos os sexos, de todos os períodos de uma faculdade. Resultados: notou-se que os participantes, cursando Medicina com ensino remoto, que tinham mais motivação e tempo livre praticavam mais atividade física, enquanto os participantes que tinham menos motivação e tempo livre diminuíram a prática no período analisado. Discussão: Os estudantes compreendem que a prática de atividade física é benéfica, mesmo ela sendo impedida por cargas horárias extenuantes, até mesmo devido à educação que recebem durante a graduação. Conclusão: constatou-se que acadêmicos de Medicina que possuem aulas de educação remota durante o período estabelecido de isolamento social, consideraram apresentar mais tempo livre para a prática de atividade física. Entretanto, nem todos dedicaram esse tempo para a realização de exercícios [au]
Introduction: the context of the SARS-CoV-2 pandemic led to a scenario of social isolation, hindering the practice of regular physical activity. In addition, medical students still have a very high workload. The objective of this study was to assess the quality of life and the prevalence of physical activity and its effects among medical students during the pandemic period. Methods: cross-sectional observational study conducted through the application of the questionnaire "Engagement in physical activity among medical students during the pandemic" in 286 students of both genders, from all course periods. Results: it was found that the participants on remote medical training who had more motivation and free time exercised more, while the participants who had less motivation and free time decreased their practice of exercises in the analyzed period. Discussion: Students understand that physical activity is beneficial, even though it is hindered by strenuous workloads, due to the education they receive in the course. Conclusion: it was found that medical students who had remote classes during the period of social isolation considered they had more free time for the practice of exercises. However, not all of the dedicated this time to physical activity [au]
RESUMO
RESUMEN Introducción: El metilfenidato es un fármaco del grupo de las anfetaminas que mejora el aspecto cognitivo y atrae a personas que buscan potencializar su rendimiento. Objetivo: Con el fin de analizar la incidencia del uso no prescrito de metilfenidato entre los estudiantes de Medicina. Materiales y Métodos: Estudio cuantitativo, observacional, de corte transversal, en el cual se obtuvo informaciones a partir de un cuestionario aplicado a los alumnos del 1° al 5° año de la Carrera de Medicina de la Universidad Internacional Tres Fronteras - UNINTER - Paraguay. Resultados: El 12% de los alumnos hacen uso del metilfenidato por prescripción médica, 33% afirman utilizarla en forma indiscriminada sin prescripción médica y 66% no la utilizan. Se observó un porcentaje mayor de consumo entre el primer año, 21%, y en el segundo año 32% en comparación al 18% tercero, 14%, cuarto y quinto año 14%. En cuanto a los efectos colaterales relatados, 35% manifestaron sentir taquicardia, 18% pérdida de apetito, 23% temblores en las manos, 12% boca seca y 47% dicen sentir otros efectos. Conclusión: Se percibe que un porcentaje considerable de estudiantes de medicina hacen uso sin prescripción médica del metilfenidato, por lo tanto existe la necesidad de comprender mejor los factores que interfieren para eso y así poder ayudar en la prevención del uso inadecuado del metilfenidato.
ABSTRACT Introduction: Methylphenidate is a drug in the amphetamine groups that potentiates the cognitive performance and attracts healthy people who seek to improve their performance. Objective: To analyze the incidence of non-prescribed use of methylphenidate among medical students. Methodology: A cross-sectional study in which information was obtained from a questionnaire applied to students from the 1st to 5th year of the course of Medicine of the International University Three Frontiers - UNINTER-PY. Results: 12% of students use prescription, 33% reported having indiscriminate use of methylphenidate and 66% answered that they did not use the drug. A higher percentage of drug use was observed between the first 21% and second 32% years compared to the third 18%, fourth year 14% and fifth year 14%. Regarding the reported side effects, 35% said they felt tachycardia, 18% felt a loss of appetite, 23% had hand tremors, 12% reported feeling good dryness, 47% said they felt other effects. Conclusion: It is perceived that a considerable percentage of medical students use without medical prescription methylphenidate, therefore there is a need to better understand the factors that interfere with that and to help in the prevention of the misuse of methylphenidate.
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a concordância diagnóstica para realizar o "Teste do Olhinho" (TO) entre acadêmicos de medicina e pediatras de uma maternidade pública de Curitiba. Definir as variáveis que influenciam na execução do exame. Estudar a curva de aprendizagem semiológica do teste. MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo, observacional e analítico na maternidade do Hospital do Trabalhador (HT) em Curitiba-PR. A amostra consistiu na análise dos exames de 240 recém nascidos (RN) realizados por 4 acadêmicos de medicina (E1, E2, E3 e E4). Cada acadêmico examinou 60 crianças cada e tiveram seus resultados comparados com os diagnósticos dos médicos pediatras. Os dados coletados por cada examinador foram analisados em intervalos de 20 RN (T1, T2 e T3). RESULTADOS: foram examinados 240 crianças e 480 olhos. Não foram encontradas diferenças significativas entre a curva de aprendizagem de cada aluno e não houve diferença estatística entre os estudantes na quantidade de acertos totais (p>0,05). A dificuldade mais prevalente (70%) foi relacionada às variáveis semiológicas presentes no momento do exame físico. Alterações qualitativas para interpretar o reflexo retiniano foram detectadas em 5 casos ao todo, representando 18,5% das ocorrências. Ao todo, 27 exames (11,2%) não foram concordantes entre os estudantes e os pediatras De toda a amostra, apenas três crianças (1,25%) foram encaminhadas pelo pediatra ao acompanhamento especializado. Destes casos, houve concordância com os alunos em dois exames. CONCLUSÃO: o estudo sugere que estudantes de medicina demonstram boa concordância para avaliar o Teste do Olhinho ao comparar seus desempenhos com Pediatras. As principais dificuldades encontradas para se realizar os exames foram semiológicas, devido à irritabilidade dos neonatos no momento da avaliação. Ainda, houve uma tendência de melhorar a curva de aprendizagem com o aumento da prática
OBJECTIVE: Evaluate the diagnostic agreement to perform the "Red Reflex" (RR) exam between medical students and pediatricians of a public hospital's maternity in the city of Curitiba-Brazil, and to define the variables that influences in the execution of the exam and to study the semiological learning curve of the test. METHOD: a prospective, observational and analytical study was performed at the Hospital do Trabalhador (HT) maternity in Curitiba-Brazil. The sample consisted in he analysis of the exams from 240 newborns (NB) performed by four medical students (E1, E2, E3 and E4). Each medical student examined 60 children, and their results were then compared with the pediatrician's diagnoses. The data collected by each examiner were analyzed at intervals of 20 NBs (T1, T2 and T3) RESULTS: at the end of the study, 240 children and 480 eyes were examined. Each participating medical student evaluated 60 children. No significant differences were found between the learning curve of each student and there was no statistical difference between the students in the number of total hits (p> 0,05). The most prevalent difficulty (70%) was related to the semiological variables present at the time of physical examination. Qualitative changes to interpret the retinal reflex were detected in 5 cases, representing 18,5% of the non-concordant group of exam. In all, 27 exams (11,2%) were not concordant among students and pediatricians. Of the whole sample, only three children (1,25%) were referred by the pediatrician to the specialized attendance. In these cases, there was agreement with the students in two exams. CONCLUSION: the study suggests that medical students demonstrate good agreement to evaluate the "Red Reflex" axam when comparing their performances with pediatricians. The main difficulties found to perform the exams were essentially semiological, due to the irritability of the newborns at the time of the evaluation. Still, there was a tendency to improve the learning curve with increasing practice
RESUMO
Objetivo: Determinar a prevalência e os fatores de risco para hipertensão arterial em acadêmicos do primeiro e oitavo períodos da Faculdade de Medicina de Barbacena. Metodologia: Foram utilizados questionários e aferição de pressão arterial para obtenção dos resultados. Valores maiores ou iguais a 140 mmHg para a pressão sistólica e/ou 90 mmHg para a pressão diastólica em pelo menos duas aferições realizadas em momentos diferentes foram considerados como risco do desenvolvimento da HA. Nos questionários foram obtidas informações sociodemográficas e acerca dos fatores de risco para a doença estudada. Resultados: A amostra foi constituída de 110 estudantes, dos quais 80 aceitaram participar da pesquisa. As variáveis relacionadas com o risco do desenvolvimento da HA foram: ICQ (índice cintura quadril), PAD (pressão arterial diastólica), tabagismo e etilismo. Conclusão: A prevalência de HA e de seus fatores de risco entre os acadêmicos de Medicina foi baixa, entretanto, observou-se que os que cursavam o oitavo período tiveram maior prevalência de fatores de risco, como tabagismo e etilismo.
Objective: The aim of this study was to evaluate the prevalence of High blood pressure (HBP) and the hypertension risk factors in medical students of the first and eighth semester of Barbacena`s Medical School. Methodology: The blood pressure was measured twice in different times and values over or equal to 140 mm Hg for systolic pressure and / or 90 mmHg to diastolic blood pressure were considered as risk for the development of HBP. Besides, questionnaires for sociodemographic and risk factors were applied. Results: The sample consisted of 110 students, but only 80 agreed to participate. The variables that were directly related to the risk of developing HBP were: waist hip ratio (WHR), diastolic blood pressure (DBP), smoking and alcohol consumption. Conclusion: The present study showed low prevalence of high blood pressure and its risk factors among medical students. However, the risk factors for HBP such as alcoholic and smoke were more prevalent among medical students of the eighth semester.
Assuntos
Humanos , Doenças Cardiovasculares , Hipertensão/epidemiologia , Estudantes de Medicina , Tabagismo/etiologia , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Alcoolismo/etiologiaRESUMO
Introdução: A automedicação é uma prática frequente e com consequências importantes para o perfil de saúde da sociedade, seja contribuindo para que o sistema de saúde não fique sobrecarregado de consultas médicas por sintomas de fácil resolução ou dificultando o diagnóstico de uma possível patologia de base por mascarar seus sintomas. Métodos: Estudo transversal descritivo realizado com 609 estudantes de medicina de 2 universidades, sendo uma instituição pública e outra privada, da cidade de Pelotas, RS que busca caracterizar a automedicação entre os acadêmicos. Resultado: A pesquisa aponta para uma altíssima taxa de automedicação entre esses acadêmicos (90%). A prática foi mais comum entre as mulheres e sua frequência aumentou conforme o acadêmico estivesse mais avançado no curso. Analgésicos, anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) e antitérmicos foram as classes mais utilizadas sem orientação médica. Conclusão: A alta taxa de automedicação encontrada no presente estudo reforça a necessidade de a correção dessa problemática através de uma mudança do ensino médico, uma vez que o curso não aborda o tema de maneira a criar um senso de conscientização que o acadêmicos possam futuramente orientar seus pacientes de maneira crítica quanto ao uso racional e responsável das medicações.
Introduction: Self-medication is a common practice and with important consequences for societys health profile, whether by contributing for the health system not to be overloaded with medical consultations for easily resolved symptoms or by hindering the diagnosis of a possible underlying pathology by masking its symptoms. Methods: A descriptive cross-sectional study of 609 medical students from two universities, a public and a private institution, in the city of Pelotas, south Brazil, seeking to characterize self-medication among undergraduate students. Results: The study points to a high rate of self-medication among these students (90%). The practice was more common among women and its frequency increased as the student was more advanced in the course. Pain killers, NSAIDs and antipyretics were the most often drug classes used without medical supervision. Conclusion: The high rate of self-medication in the present study reinforces the need for correcting this problem by changing the current medical education, since the medicine course does not address the issue in order to create a sense of awareness, so that academics can eventually guide their patients critically about the rational and responsible use of medications.
Assuntos
Humanos , Adulto Jovem , Automedicação , Estudantes de Medicina , BrasilRESUMO
ABSTRACT Objective Ascertain the prevalence of depressive and anxiety symptoms in medical students, considering data in the literature that indicate higher vulnerability to emotional disorders in this population. Methods A descriptive cross-sectional study with a sample of 657 (98%) students. The instruments used were: questionnaire of socioeconomic-demographic characteristics, Beck Depression Inventory and Beck Anxiety Inventory. Results Predominance of the female gender (61%), aged between 17 and 30 years (98%), Catholic religion (64.2%) from the city of São Paulo (40.7%) and other cities in the state (35.7%); 30% presented depressive symptoms and 21% anxiety symptoms. Female students had higher scores both for depression (34.8%) and for anxiety (26.8%). As regards the course year, the highest rates were found in the 5th year (40.7%) for depression and in the 2nd year for anxiety (28.8%). Conclusion The data obtained in this study (30%) agreed with the literature regarding the prevalence of depressive symptoms in medical students, but this index was higher compared to the population in general (15.1% to 16.8%), and related to people in São Paulo city (18.5%). Concerning anxiety the rates found were slightly lower than those in specific literature but higher than those in literature for the population in general (8% to 18%) and in city São Paulo (16.8%). These indices indicate that the school of medicine may play a role as a predisposing and/or triggering factor in some students. The results suggest that more attention should be directed to 5th year students, who are beginning the internship period.
RESUMO Objetivo Verificar a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos em acadêmicos de Medicina, considerando-se dados da literatura que apontam maior vulnerabilidade para distúrbios emocionais nessa população. Métodos Estudo transversal descritivo com amostra de 657 (98%) alunos, realizado na cidade de Santos, região do litoral paulista. Instrumentos utilizados questionário de características socioeconômico-demográficas, Inventário para Depressão de Beck e Inventário de Ansiedade de Beck. Resultados Predominância do gênero feminino (61%), faixa etária entre 17 e 30 anos (98%), religião católica (64,2%), procedente da cidade de São Paulo (40,7%) e de outras cidades do interior do estado (35,7%); 30% apresentaram sintomas depressivos e 21%, sintomas ansiosos. O gênero feminino obteve escores mais elevados tanto para depressão (34,8%) quanto para ansiedade (26,8%). Em relação ao ano cursado, índices mais elevados para depressão foram constatados no 5º ano (40,7%) e para ansiedade no 2º ano (28,8%). Conclusão Os dados obtidos neste estudo (30%) foram concordantes quanto à prevalência de sintomas depressivos encontrados na literatura referentes a estudantes de Medicina e mais elevados em relação à população em geral (15,1% a 16,8%) e na cidade de São Paulo (18,5%). Quanto à ansiedade, foram verificados índices ligeiramente inferiores aos da literatura específica e superiores aos da literatura na população em geral (8% a 18%) e na cidade de São Paulo (16,8%). Tais índices indicam que a escola médica pode atuar como fator predisponente ou desencadeante em alguns alunos. Resultados sugerem maior atenção para com os alunos do 5º ano, período referente ao início do internato.
RESUMO
INTRODUÇÃO: O presente estudo teve como objetivo investigar a prevalência de sintomas depressivos em alunos de medicina da Universidade Federal de Goiás, comparando com a população em geral e verificando a possibilidade de determinado período do curso atuar como fator de risco. MÉTODO: Estudo transversal, descritivo, de amostra representativa de alunos regularmente matriculados na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Foram selecionados 287 alunos do primeiro ao sexto ano através de sorteio aleatório simples. Utilizou-se, para avaliação, o Inventário de Depressão de Beck e um questionário de identificação. RESULTADOS: Na população entrevistada, 26,8 por cento apresentaram sintomas depressivos de acordo com escores do Inventário de Depressão de Beck estabelecidos para este estudo. A prevalência de sintomas depressivos moderados e graves entre os entrevistados foi de 6,9 por cento, enquanto 19,9 por cento apresentaram sintomas leves. Em relação ao sexo, encontrou-se 33,5 por cento de mulheres e 19 por cento de homens com sintomas depressivos. Em relação ao ano em curso, houve maior prevalência entre os alunos do terceiro e do quarto ano. Tristeza, anedonia, baixa auto-estima, perfeccionismo, irritabilidade, desinteresse por pessoas, redução da capacidade de trabalho e cansaço excessivo foram os itens do Inventário de Depressão de Beck mais pontuados. CONCLUSÃO: A prevalência de sintomas depressivos encontrada neste estudo é superior à média encontrada na população em geral, havendo indicativo de que a escola médica possa ser um fator predisponente para tais sintomas.
INTRODUCTION: The objective of the present study was to assess the prevalence of depressive symptoms among medical students of Universidade Federal de Goiás, Brazil, comparing them to the general population and investigating the possibility of a certain period throughout the course being a risk factor. METHOD: A cross-sectional descriptive study of a representative sample of students regularly enrolled at the Medical School of Universidade Federal de Goiás was performed. A total of 287 students from the first to sixth year were selected using simple random drawing. The Beck Depression Inventory and an identification questionnaire were used for evaluation. RESULTS: In the interviewed population, 26.8 percent had depressive symptoms according to the Beck Depression Inventory scores established for this study. The prevalence of moderate and severe depressive symptoms among the interviewees was 6.9 percent, while 19.9 percent had mild symptoms. As to gender, 33.5 percent of the women and 19 percent of the men had depressive symptoms. There was higher prevalence between third- and fourth-year students. Sadness, anhedonia, low self-esteem, perfectionism, irritability, lack of interest for people, reduced work capacity, and excessive tiredness were the most punctuated items of the Beck Depression Inventory. CONCLUSION: The prevalence of depressive symptoms found in this study is higher than the average found in the general population, and there is an indication that the medical school can be one of the predisposing factors for these symptoms.