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Stylus (Rio J.) ; (31): 53-62, out. 2015.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-67387

RESUMO

A partir do amor de transferência, o analista é convocado a ocupar a posição de semblante de objeto a como o lugar daquele que contém o agalma, objeto precioso que irá inaugurar o lugar onde o desejo do sujeito é posto em causa. Este lugar só é possível de ser ocupado a partir do desejo do analista. No percurso de uma análise, o analisante empreende uma busca por um saber sobre a sua verdade, pois o desejo se revela à medida que nada se sabe. No entanto, entre saber e verdade há uma disjunção em função da barreira do gozo, de modo que o sujeito se depara com o muro de linguagem que representa a própria castração e a inacessibilidade da verdade. O trabalho de análise contém uma aposta de acesso ao real, isto é, de transposição do muro, que só pode ocorrer pela via da fantasia fundamental. Em L'étourdit (1972), Lacan propõe a psicanálise como um aturdimento que endereça o sujeito ao equívoco ab-senso, colocando em questão o regime discursivo de lalíngua que opera para além da função fálica, de modo a tocar o Outro gozo. Essa possibilidade aponta para o que Lacan nos diz quando afirma que devemos ir além do inconsciente pelo equívoco no Seminário L'insu que sait de l'une bévue s'aile à mourre (1976-77). Este trabalho interroga acerca dessa aposta de transposição do muro de linguagem, em que saber, verdade e gozo estão articulados. Esta questão nos endereça à hipótese de que é possível valer-se do princípio da inexistência da relação sexual para essa travessia, de modo a produzir ou escrever uma carta/letra de amor ao final de uma análise que considere a ressonância do desejo. Talvez essa seja a via para a emergência de um desejo totalmente inédito, que é o desejo do analista.

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