RESUMO
ABSTRACT Objective: To evaluate the skill of orthodontists and oral/maxillofacial surgeons (OMFS) in providing a prognosis of mandibular third molars spontaneously erupted, through follow-up panoramic analysis. Methods: 22 orthodontic patients treated without extraction, presenting spontaneously erupted mandibular third molars (n = 44) were analyzed through panoramic serial radiographs. The first panoramic radiograph was obtained just after orthodontic treatment (PR1), in patients aging from 13 to 19 years. A second panoramic radiograph (PR2), was obtained in average two years later. The radiographs were randomly analyzed by 54 specialists, 27 orthodontists and 27 OMFS, to obtain the opinion about the approach to be adopted to these teeth in PR1. Then, another opinion was collected by adding a serial radiograph (PR1+2). Results: The concordance of the answers was moderate for OMFS (Kappa 0.44; p< 0.0001) and significant for orthodontists (Kappa 0.39; p< 0.0001). In the analysis of the first radiograph (PR1) of the spontaneously erupted molars, OMFS indicated extraction in 44.5% of cases, while orthodontists indicated in 42%, with no difference between groups (p= 0.22). In PR1+2 analysis, orthodontists maintained the same level of extraction indication (45.6%, p= 0.08), while surgeons indicated more extractions (63.2%, p< 0.0001). Conclusions: Orthodontists and OMFS were not able to predict the eruption of the third molars that have erupted spontaneously. Both indicated extractions around half of the third molars. A follow-up analysis, including one more radiograph, did not improve the accuracy of prognosis among orthodontists and worsened for OMFS.
RESUMO Objetivo: Avaliar a habilidade de ortodontistas e cirurgiões bucomaxilofaciais (CBMF) em propor um prognóstico para terceiros molares inferiores. Métodos: Foram analisados 22 pacientes tratados ortodonticamente sem extração, cujos terceiros molares inferiores irrompidos espontaneamente (n= 44) foram avaliados por meio de radiografias panorâmicas seriadas. A primeira radiografia foi obtida logo após o tratamento ortodôntico (RX1), entre 13 e 19 anos de idade. A segunda radiografia (RX2) foi avaliada dois anos depois, em média. As radiografias foram analisadas aleatoriamente por 54 especialistas, 27 ortodontistas e 27 CBMFs, para obter sua opinião sobre a abordagem a ser adotada na RX1. Em seguida, outra opinião foi coletada adicionando-se a segunda radiografia seriada (RX1+2). Resultados: A concordância das respostas foi moderada para os CBMFs (Kappa = 0,44; p< 0,0001) e significativa para os ortodontistas (Kappa = 0,39; p< 0,0001). Após analisar apenas a primeira radiografia (RX1) dos molares antes deles irromperem espontaneamente, os CBMFs indicaram extração em 44,5% dos casos; enquanto os ortodontistas, em 42%, sem diferença entre os grupos (p= 0,22). Na análise de RX1+2, os ortodontistas mantiveram o mesmo nível de indicação de extração (45,6%, p= 0,08), enquanto os cirurgiões passaram a indicar mais extrações (63,2%, p< 0,0001). Conclusões: Ortodontistas e CBMFs não foram capazes de predizer a erupção de terceiros molares por meio da análise de uma única radiografia panorâmica, indicando extrações em cerca da metade dos terceiros molares examinados. Uma análise de acompanhamento, incluindo mais uma radiografia, não melhorou a precisão do prognóstico entre os ortodontistas, e piorou entre os CBMFs.