RESUMO
RESUMEN Objetivo: realizar una revisión bibliográfica sobre la fisiología ano-rectal, el proceso de relajación y contracción del músculo liso del tracto digestivo y posibles materias primas y formulaciones que podrían incorporarse a formulaciones erocosméticas de uso tópico en la región ano-rectal. Métodos: la revisión bibliográfica se realizó utilizando diferentes descriptores y mediante la consulta en las bases de datos ScienceDirect, PubMed, Clinical Key, Google Scholar y Google Patents. Resultados: inicialmente la revisión de la literatura permite comprender la anatomía y fisiología ano-rectal y los mecanismos que modulan la continencia anal, el tono basal del esfínter anal interno y el reflejo inhibitorio rectoanal (RAIR). Posteriormente, se obtuvo información sobre ejemplos de afrodisíacos naturales y se analizaron formulaciones cosméticas utilizadas como lubricantes anales con el fin de estudiar a profundidad los ingredientes de origen natural e identificar su utilidad, mecanismos de acción tópicos y su función dentro de la formulación. Conclusiones: el entendimiento de la fisiología ano-rectal permite el estudio y desarrollo de formulaciones cosméticas con propiedades analgésicas, anestésicas y relajantes, como los lubricantes anales. Productos naturales como la manzanilla, árnica, Aloe vera y mentol han sido estudiados para su uso cosmético y tópico como analgésicos, anestésicos o relajantes, por lo que su utilidad comprobada los hace útiles en el desarrollo de productos erocosméticos destinados para ser utilizados en la región anogenital.
SUMMARY Aim: To review the anorectal physiology, the process of relaxation and contraction of the smooth muscle of the digestive tract, and possible raw materials and formulations that could be incorporated into erocosmetic formulations for topical use in the anorectal region. Methods: The bibliographic review was carried out using different descriptors and by consulting the databases ScienceDirect, PubMed, Clinical Key, Google Scholar and, Google Patents. Results: Initially, a literature review was carried out to understand anorectal anatomy and physiology and the mechanisms that modulate anal continence, the internal anal sphincter basal tone, and the recto-anal inhibitory reflex (RAIR). Subsequently, information related to natural aphrodisiacs examples was obtained, and cosmetic formulations used as anal lubricants were analyzed to study the natural ingredients and identify their usefulness, mechanisms of action, and function in the formulation. Conclusion: Understanding anorectal physiology allows the study and development of cosmetic formulations with analgesic, anesthetic, and relaxing properties, such as anal lubricants. Natural products such as chamomile, arnica, Aloe vera, and menthol have been studied for cosmetic and topical use as analgesics, anesthetics, and relaxants, so the evidence makes them helpful in developing erocosmetic products intended to be used in the anogenital region.
RESUMO Objetivo: revisar a fisiologia anorretal, o processo de relaxamento e contração da musculatura lisa do trato digestivo e possíveis matérias-primas e formulações que possam ser incorporadas em formulações erocosméticas de uso tópico na região anorretal. Métodos: a revisão bibliográfica foi realizada utilizando diferentes descritores e consultando as bases de dados ScienceDirect, PubMed, Clinical Key, Google Scholar e, Google Patents. Resultados: inicialmente, foi realizada uma revisão da literatura para entender a anatomia e fisiologia anorretal e os mecanismos que modulam a continência anal, o tônus basal do esfíncter anal interno e o reflexo inibitório retoanal (RAIR). Posteriormente, foram obtidas informações relacionadas aos exemplos de afrodisíacos naturais e analisadas formulações cosméticas usadas como lubrificantes anais para estudar os ingredientes naturais e identificar sua utilidade, mecanismos de ação e função na formulação. Conclusão: a compreensão da fisiologia anorretal permite o estudo e o desenvolvimento de formulações cosméticas com propriedades analgésicas, anestésicas e relaxantes, como os lubrificantes anais. Produtos naturais como camomila, arnica, Aloe vera e mentol foram estudados para uso cosmético e tópico como analgésicos, anestésicos e relaxantes, de modo que as evidências os tornam úteis no desenvolvimento de produtos erocosméticos destinados ao uso na região anogenital.
RESUMO
Abstract Objective Several techniques are used to repair the anal sphincter following injury. The aim of the present study is to comprehensively analyze the short- and long-term outcomes of overlap repair following anal sphincter injury. Methods A search was conducted in the PubMed, Medline, Embase, Scopus and Google Scholar databases between January 2000 and January 2020. Studies that described the outcomes that are specific to overlap sphincter repair for fecal incontinence with a minimum follow-up period of one year were selected. Results A total of 22 studies described the outcomes of overlap sphincter repair. However, 14 studies included other surgical techniques in addition to overlap repair, and were excluded from the analysis. Finally, data from 8 studies including 429 repairs were analyzed. All studies used at least one objective instrument; however, there was significant heterogeneity among them. Most patients were female (n=407; 94.87%) and the mean age of the included individuals was 44.6 years. The majority of the procedures were performed due to obstetric injuries (n=384; 89.51%). The eight included studies described long-term outcomes, and seven of them demonstrated statistically significant improvements regarding the continence; one study described poor outcomes in terms of overall continence. The long-term scores were significantly better compared with the preoperative scores. However, compared with the shortterm scores, a statistically significant deterioration was noted in the long-term. Conclusion The majority of the studies described good long-term outcomes in terms of anal continence after overlap sphincter repair. However, further studies are needed
Resumo Objetivo Diversas técnicas são usadas no reparo do esfíncter anal após lesões. O objetivo deste estudo é fazer uma análise completa dos desfechos nos curto e longo prazos do reparo por sobreposição após lesão do esfíncter anal. Métodos Realizou-se uma busca nas bases de dados PubMed, Medline, Embase, Scopus e Google Scholar entre janeiro de 2000 e janeiro de 2020. Estudos que descreviam desfechos específicos do reparo de esfíncter por sobreposição para incontinência fecal, com um mínimo de 1 ano de seguimento, foram selecionados. Resultados No total, 22 estudos descreviam os desfechos do reparo de esfíncter por sobreposição. No entanto, 14 estudos incluíam outras técnicas cirúrgicas além do reparo por sobreposição, e foram excluídos da análise. Por fim, dados de 8 estudos que incluíam 429 reparos foram analisados. Todos os estudos usaram pelo menos um instrumento objetivo, mas havia uma heterogeneidade significativa entre eles. A maioria dos pacientes era do sexo feminino (n=407; 94,87%), e a idade média dos indivíduos incluídos foi de 44,6 anos. A maioria das cirurgias foi realizada devido a lesões obstétricas (n=384; 89,51%). Os oito estudos incluídos descreveram os desfechos no longo prazo, e sete deles demonstraram melhoras estatisticamente significativas com relação à continência; um estudo descreveu resultados ruins em termos gerais com relação à continência. As pontuações no longo prazo foram significativamente melhores em comparação com as pontuações no pré-operatório. No entanto, em comparação com as pontuações no curto prazo, percebeu-se uma piora estatisticamente significativa no longo prazo. Conclusão A maioria dos estudos descrevia bons resultados no longo prazo em termos de continência anal depois do reparo do esfíncter por sobreposição. Entretanto mais estudos são necessários para que se identifiquem os fatores associados aos desfechos ruins para auxiliar na seleção de pacientes para o reparo por sobreposição.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Canal Anal/cirurgia , Canal Anal/lesões , Doenças Retais/cirurgia , Incontinência Fecal/etiologiaRESUMO
Abstract Objective To describe and evaluate the use of a simple, low-cost, and reproducible simulator for teaching the repair of obstetric anal sphincter injuries (OASIS). Methods Twenty resident doctors in obstetrics and gynecology and four obstetricians participated in the simulation. A fourth-degree tear model was created using lowcost materials (condom simulating the rectal mucosa, cotton tissue simulating the internal anal sphincter, and bovine meat simulating the external anal sphincter). The simulator was initially assembled with the aid of anatomical photos to study the anatomy and meaning of each component of the model. The laceration was created and repaired, using end-to-end or overlapping application techniques. Results The model cost less than R$ 10.00 and was assembled without difficulty, which improved the knowledge of the participants of anatomy and physiology. The sutures of the layers (rectal mucosa, internal sphincter, and external sphincter) were performed in keeping with the surgical technique. All participants were satisfied with the simulation and felt it improved their knowledge and skills. Between 3 and 6 months after the training, 7 participants witnessed severe lacerations in their practice and reported that the simulation was useful for surgical correction. Conclusion The use of a simulator for repair training in OASIS is affordable (low-cost and easy to perform). The simulation seems to improve the knowledge and surgical skills necessary to repair severe lacerations. Further systematized studies should be performed for evaluation.
Resumo Objetivo Descrever e avaliar a utilização de um simulador simples, de baixo custo e reprodutível para o ensino de sutura de lacerações perineais de 4° grau. Métodos Participaram da simulação 20 residentes de ginecologia e obstetrícia e quatro profissionais especialistas. Um modelo de laceração de 4° grau foi criado com materiais de baixo custo (preservativo simulando a mucosa retal, tecido de algodão simulando o esfíncter anal interno e carne bovina simulando o esfíncter anal externo). O simulador foi inicialmente montado com ajuda de fotos anatômicas, para estudar a anatomia e o significado de cada componente do modelo. A laceração foi criada e suturada, utilizando técnicas de borda a borda e de sobreposição do esfíncter anal. Resultados O modelo custou menos de R$ 10,00 e foi montado sem dificuldade, aprimorando os conhecimentos dos participantes sobre anatomia e fisiologia. As suturas das camadas (mucosa retal, esfíncter interno e esfíncter externo) foram realizadas seguindo a técnica cirúrgica. Todos os participantes ficaram satisfeitos coma simulação e consideraram que estamelhorou seus conhecimentos e habilidades. Entre 3 a 6 meses após o treinamento, 7 participantes presenciaram em sua prática lacerações graves e relataram que a simulação foi útil para a correção cirúrgica. Conclusão A utilização de um simulador para treinamento de sutura de lacerações obstétricas graves é acessível (baixo custo e fácil execução). A simulação parece aprimorar conhecimentos e habilidades cirúrgicas para sutura de lacerações graves. Mais estudos sistematizados devem ser realizados para avaliação.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Canal Anal/cirurgia , Canal Anal/lesões , Procedimentos Cirúrgicos Obstétricos/educação , Técnicas de Sutura/educação , Custos e Análise de Custo , Lacerações/cirurgia , Treinamento por Simulação/economia , Ginecologia/educação , Complicações do Trabalho de Parto/cirurgia , Obstetrícia/educação , Autorrelato , Modelos AnatômicosRESUMO
Abstract Objective Perineal trauma is a negative outcome during labor, and until now it is unclear if the maternal position during the second stage of labormay influence the risk of acquiring severe perineal trauma. We have aimed to determine the prevalence of perineal trauma and its risk factors in a low-risk maternity with a high incidence of upright position during the second stage of labor. Methods A retrospective cohort study of 264 singleton pregnancies during labor was performed at a low-risk pregnancymaternity during a 6-month period. Perineal trauma was classified according to the Royal College of Obstetricians and Gynecologists (RCOG), and perineal integrity was divided into three categories: no tears; first/ second-degree tears + episiotomy; and third and fourth-degree tears. A multinomial analysis was performed to search for associated factors of perineal trauma. Results From a total of 264 women, there were 2 cases (0.75%) of severe perineal trauma, which occurred in nulliparous women younger than 25 years old. Approximately 46% (121) of the women had no tears, and 7.95% (21) performed mediolateral episiotomies. Perineal trauma was not associated with maternal position (p = 0.285), health professional (obstetricians or midwives; p = 0.231), newborns with 4 kilos or more (p = 0.672), and labor analgesia (p = 0.319). The multinomial analysis showed that white and nulliparous presented, respectively, 3.90 and 2.90 times more risk of presenting perineal tears. Conclusion The incidence of severe perineal trauma was low. The prevalence of upright position during the second stage of labor was 42%. White and nulliparous women were more prone to develop perineal tears.
Resumo Objetivo O trauma perineal é um desfecho negativo durante o parto, e é incerto, até omomento, se a posiçãomaternal durante o período expulsivo pode influenciar o risco de evoluir com trauma perineal severo. Nós objetivamos determinar a prevalência de trauma perineal e seus fatores de risco em uma maternidade de baixo risco com alta prevalência de posição vertical durante o período expulsivo. Métodos Um estudo de coorte retrospectivo de 264 gestações únicas durante o trabalho de parto foi realizado durante 6 meses consecutivos. O trauma perineal foi classificado de acordo com o Royal College of Obstetricianns and Gynecologists (RCOG). A integridade perineal foi dividida em três categorias: períneo íntegro; trauma perineal leve (primeiro e segundo graus + episiotomia); e trauma perineal severo (terceiro e quarto graus). Uma análise multinomial foi realizada para buscar variáveis associadas ao trauma perineal. Resultados De um total de 264 mulheres, houve 2 casos (0,75%)de trauma perineal severo m nulíparas com menos de 25 anos. Aproximadamente 46% (121) das mulheres não tiveram trauma perineal e 7,95% (21) realizaram episiotomias mediolaterais. Não houve correlação do trauma perineal com a posição de parto (p = 0,285), tipo de profissional que realizou o parto (p = 0,231), recém-nascidos com 4.000 gramas ou mais (p = 0,672), e presença de analgesia de parto (p = 0,319). Uma análise multinomial evidenciou que mulheres brancas e nulíparas apresentaram, respectivamente, um risco 3,90 e 2,90 vezes maior de apresentar trauma perineal. Conclusão A incidência de trauma perineal severo foi baixa. A prevalência de parto vertical durante o período expulsivo foi de 42%. Mulheres brancas e nulíparas foram mais suscetíveis a apresentar trauma perineal.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Períneo/lesões , Segunda Fase do Trabalho de Parto , Lacerações/etiologia , Posicionamento do Paciente/métodos , Posicionamento do Paciente/estatística & dados numéricos , Complicações do Trabalho de Parto/etiologia , Prevalência , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , Estudos de Coortes , Medição de Risco , Lacerações/epidemiologia , Complicações do Trabalho de Parto/epidemiologiaRESUMO
Purpose: Sphincter repair is the primary management for fecal incontinence especially in traumatic causes. Regardless of progression in the method and material of sphincter repair, the results are still disappointing. This study evaluates the efficacy of using amniotic membrane during sphincteroplasty regarding its effects in healing of various tissues. Methods: Rabbits undergone sphincterotomy and after three weeks end to end sphincteroplasty was done. Animals divided to three groups: classic sphincteroplasty, sphincteroplasty with fresh amniotic membrane and sphincteroplasty with decellularized amniotic membrane. Three weeks after sphincteroplasty animals were sacrificed and sphincter complex was sent for histopathologic evaluation. Sphincter muscle diameter and composition of sphincter was evaluated. Before sphincterotomy, before and after sphincteroplasty electromyography of sphincter at the site of repair were recorded. Results: No statistical significant difference was seen between groups even in histopathology or electromyography. Conclusion: Although amniotic showed promising effects in the healing of different tissue in animal and human studies it was not effective in healing of injured sphincter.
Objetivo: Reparo do esfíncter é o tratamento primário para casos de incontinência fecal, especialmente em causas traumáticas. Independentemente da progressão no método e do material de reparo do esfíncter, os resultados são ainda desapontadores. Esse estudo avalia a eficácia do uso da membrana amniótica durante a esfincteroplastia, com relação aos seus efeitos na cura de diversos tecidos. Métodos: Coelhos foram submetidos a um procedimento de esfincterotomia e, depois de transcorridas três semanas, foi realizada uma esfincteroplastia término-terminal. Os animais foram divididos em três grupos: esfincteroplastia clássica, esfincteroplastia com membrana amniótica fresca, e esfincteroplastia com membrana amniótica descelularizada. Três semanas após a realização da esfincteroplastia, os animais foram sacrificados e o complexo esfinctérico foi encaminhado para avaliação histopatológica. O diâmetro do músculo esfinctérico e a composição do esfíncter foram avaliados. Antes da esfincterotomia, e antes e depois da esfincteroplastia, foi registrada a eletromiografia do esfíncter no local do reparo. Resultados: Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos, mesmo na histopatologia, ou na eletromiografia. Conclusão: Embora a membrana amniótica tenha demonstrado efeitos promissores em termos da cicatrização dos diferentes tecidos em estudos com animais e em humanos, não foi observada eficácia na cura do esfíncter lesionado.
Assuntos
Animais , Coelhos , Canal Anal/cirurgia , Esfincterotomia/métodos , Âmnio , Canal Anal/patologia , Modelos Animais , Experimentação Animal , Eletromiografia , Incontinência Fecal/cirurgia , Âmnio/cirurgiaRESUMO
O objetivo deste artigo foi relatar as intercorrências após ressecção cirúrgica de carcinoma de células escamosas (CCE) em uma égua e as medidas de tratamento adotadas no pós operatório. Foi atendida no Setor de Cirurgia de Grandes Animais do Campus Jataí - UFG, uma fêmea equina de cinco anos de idade, com a presença de nódulo na região perianal e peri-vulvar, cuja avaliação histopatológica revelou tratar-se de CCE. Dois dias após a remoção do tumor, o animal entrou em quadro de cólica, cuja sintomatologia persistiu por 20 dias, sendo adotado tratamento clínico e remoção manual de fezes, pois havia dificuldade de defecação, em virtude de prováveis lesões na musculatura adjacente, bem como no esfíncter anal. A insistência no tratamento proposto foi efetivo, pois assim que a ferida cirúrgica cicatrizou e o animal restabeleceu a capacidade de movimentação do esfíncter, o trânsito intestinal normalizou.
RESUMO
Introdução: De acordo com a OMS Qualidade de Vida (QL) é "a percepção do ser humano de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações". A literatura internacional mostra que tanto a colostomia definitiva quanto a preservação esfincteriana têm impactos negativos sobre a QL. Objetivo: Este projeto de pesquisa teve como objetivo comparar a qualidade de vida de pacientes em tratamento de câncer de reto com preservação esfincteriana versus pacientes com colostomia definitiva. Material e Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal comparativo com uma abordagem quantitativa. A pesquisa foi desenvolvida no Ambulatório do Núcleo de Tumores Colorretais do A. C. Camargo Cancer Center com 125 pacientes, os quais foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão, com amostra de conveniência após consulta médica. A coleta de dados aconteceu no período de abril de 2012 a julho de 2013 através dos questionários WHOQOL-bref, EORTC QLQ-C30 e QLQ-CR29 e um formulário complementar sociodemográfico. Também foi preenchido um formulário clínico através de consulta em prontuário. Para a análise dos resultados o teste não paramétrico de Mann-Whitney foi utilizado para comparar os escores dos domínios dos questionários WHOQOL-Bref, EORTC QLQ-C30 e QLQ-CR29 entre os grupos de pacientes com preservação esfincteriana e com colostomia definitiva. Resultados: Os resultados mostraram que a saúde e a qualidade de vida global foram semelhantes entre os dois grupos, no entanto, os pacientes com colostomia definitiva apresentaram maiores escores para Escala de Função Emocional (p = 0,016) e Cognitiva (p = 0,017), significando uma melhor função. Para Escala de Sintomas os pacientes com preservação esfincteriana apresentaram maiores escores, ou seja, mais sintomas para frequência das fezes (p < 0,001), constipação (p = 0,005), incontinência fecal (p = 0,001), dor na nádega (p = 0,023) e náusea e vômito (p = 0,036), enquanto que os pacientes com colostomia definitiva apresentaram escores mais altos para disúria (p = 0,033). Conclusão: Não houve diferença significativa na Qualidade de Vida Global entre os pacientes com preservação esfincteriana e colostomia definitiva. Porém, as diferenças estatisticamente significativas na Escala Funcional favoreceram os pacientes com colostomia definitiva, isso também aconteceu na Escala de Sintomas para incontinência fecal, frequência das fezes, constipação e dor em nádegas.
Introduction: According to the WHO, Quality of Life (QL) is "the human being perception of the of his/her position in life in the contexts of culture and value systems in which he/she lives in relation to goals, expectations, patterns and concerns". The international literature shows that the definitive colostomy as well as the sphincter preservation has negative impacts on QL. Objective: The present study aims at comparing the quality of life of patients undergoing treatment for rectum cancer with sphincter preservation versus patients with definite colostomy. Material and Methods: this is a comparative, observational and cross section study with a quantitative approach. The study was conducted at the Outpatient's Center for Colorectal Tumors at A.C. Camargo Cancer Center with 125 patients who were selected according to inclusion criteria, with post medical checkup. Data collection was carried out during the period from April, 2012 to July, 2013 through the following questionnaires: WHOQOL-bref, EORTC QLQ-C30 and QLQ-CR29 and a complementary sociodemographic form. A clinic form was also filled out during medical appointment in file. For the analysis of the result the Mann-Whitney nonparametric test was used for comparing the score domains of the WHOQOL-bref, EORTC QLQ-C30 e QLQ-CR29 questionnaires among the groups of patients with sphincter preservation and definite colostomy. Results: The results showed that health and global quality of health were similar among the two groups, however, the patients with definite colostomy presented greater scores on the Emotional Function Scale (p = 0,016) and Cognitive (p = 0,017), meaning a better functioning. For the Symptom Scale the patients with sphincter preservation presented greater scores, thereto, more symptoms for stool frequency (p < 0,001), intestinal constipation (p = 0,005), faecal incontinence (p = 0,001), buttock pain(p = 0,023) and nausea and vomiting (p = 0,036), while the patients with definite colostomy presented higher scores for dysuria (p = 0,033). Conclusion: There was no significant difference in Global Quality of Life among the patients with sphincter preservation and definite colostomy. However, the statistically significant differences in the Functional Scale favored the patients with definite colostomy, this also happened with the Symptom Scale for faecal incontinence, stool frequency, intestinal constipation and buttock pain.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Canal Anal , Qualidade de Vida , Neoplasias Retais , Colostomia , AdenocarcinomaRESUMO
O objetivo deste artigo foi relatar as intercorrências após ressecção cirúrgica de carcinoma de células escamosas (CCE) em uma égua e as medidas de tratamento adotadas no pós operatório. Foi atendida no Setor de Cirurgia de Grandes Animais do Campus Jataí - UFG, uma fêmea equina de cinco anos de idade, com a presença de nódulo na região perianal e peri-vulvar, cuja avaliação histopatológica revelou tratar-se de CCE. Dois dias após a remoção do tumor, o animal entrou em quadro de cólica, cuja sintomatologia persistiu por 20 dias, sendo adotado tratamento clínico e remoção manual de fezes, pois havia dificuldade de defecação, em virtude de prováveis lesões na musculatura adjacente, bem como no esfíncter anal. A insistência no tratamento proposto foi efetivo, pois assim que a ferida cirúrgica cicatrizou e o animal restabeleceu a capacidade de movimentação do esfíncter, o trânsito intestinal normalizou.
RESUMO
OBJECTIVE: To evaluate clinical and manometric parameters of chronic anal fissure females undergoing lateral internal sphincterotomy (LIS). METHODS: A total of eight women with chronic anal fissure who underwent LIS were included in this study. The preoperative assessment was performed one week before surgery and included general and anorectal examination, anorectal manometry, and Jorge Wexner questionnaire. The post operative follow up was made every 15 days until complete healing. Jorge Wexner questionnaires and anorectal manometry were repeated at 1 month and 3 months after the surgery. Time to healing, manometric changes and complications were assessed. RESULTS: All patients had preoperative increased anal resting pressure. The resting pressures and anal canal length were significantly decreased 3 months after surgery. Patients' complaints of itching and bleeding were also reduced. Fissures healed in 7 patients and median healing time was 45 days. No complications were observed due to the procedure. One patient had transient incontinence to flatus. CONCLUSION: Lateral internal sphincterotomy provided clinical improvement and reduced resting pressure of the internal anal sphincter in women with chronic anal fissure. (AU)
OBJETIVO: Avaliar a evolução clínica e manométrica de mulheres com fissura anal crônica submetidas à esfincterotomia lateral interna subcutânea. MÉTODOS: Estudo prospectivo com oito pacientes. A avaliação inicial foi realizada por meio de questionários, exame físico e manometria anorretal na semana anterior ao procedimento cirúrgico. Durante o período pós-operatório, as pacientes foram avaliadas clinicamente a cada 15 dias, até a cicatrização completa. Os questionários e a manometria anorretal foram repetidos 1 mês e 3 meses após a operação. Foi avaliado o tempo para cicatrização da fissura, as alterações manométricas e as complicações decorrentes do procedimento. RESULTADOS: Todas as pacientes apresentavam hipertonia esfincteriana interna no período pré-operatório. Após 3 meses da operação, as pressões de repouso e o comprimento do canal anal funcional diminuíram de modo estatisticamente significante. Houve redução das queixas de prurido e sangramento. A cicatrização completa da fissura ocorreu em sete pacientes. A mediana do tempo de cicatrização foi de 45 dias. Não houve complicações decorrentes do procedimento. Uma paciente apresentou incontinência transitória para flatos. CONCLUSÕES: A esfincterotomia lateral interna subcutânea proporcionou melhora clínica e diminuição das pressões de repouso dos esfíncteres anais em mulheres com fissura anal crônica. (AU)