RESUMO
O extrato alcoólico (EUFO) das folhas da espécie nativa Eugenia pyriformis Cambess (Myrtaceae), popularmente conhecida como uvaia, uvalha ou uvaieira, foi avaliado no presente trabalho quanto às atividades citotóxicas, antioxidantes, antibacterianas e anticolinesterásicas, e quanto à constituição fitoquímica. O extrato EUFO mostrou baixa toxicidade pelo bioensaio de letalidade frente à náuplios de Artemia salina Leach (CL50 > 1000 µg mL-1), não sendo considerado citotóxico. As propriedades antioxidantes foram investigadas in vitro pelo método de DPPH e foram consideradas bastante significativas (IC50 = 2,8 µg mL-1), com valor bem próximo ao obtido para o controle positivo quercetina (IC50 = 1,1 µg mL-1). EUFO não mostrou atividade anticolinesterásica pelo ensaio enzimático de inibição de acetilcolinesterase, nem atividade antimicrobiana frente às bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Estes resultados sugerem que as folhas E. pyriformis apresentam baixa toxicidade e possuem componentes com elevado potencial antioxidante, especialmente taninos e flavonoides, podendo ser indicadas em terapias de doenças relacionadas com a presença de radicais livres.
The alcoholic extract (EUFO) of leaves from the native species Eugenia uvalha Cambess (Myrtaceae), popularly known in Brazil as uvaia, uvalha or uvaieira, were evaluated in this study for the cytotoxic, antioxidant, antibacterial and anticholinesterase activities and phytochemical characterization. Its EUFO extract showed low toxicity by the lethality bioassay using Artemia salina Leach (LC50> 1000µg mL-1) and it did not show cytotoxicity. The antioxidant properties were investigated by in-vitro DPPH method and found to be very significant (CI50 = 2.8 µg mL-1), very close to the value obtained for the positive control quercetin (CI50 = 1.1 µg mL-1). The EUFO did not show anticholinesterase activity by enzyme assay of acetylcholinesterase inhibition, or antimicrobial activity against Escherichia coli and Staphylococcus aureus. These results suggest that E. uvalha leaves present low toxicity and have presence of high potential antioxidant components, particularly tannins and flavonoids, which may be indicated in disease therapies associated with the presence of free radicals. This is the first report for the antioxidant activity of E. uvalha.
Assuntos
Myrtaceae , Eugenia , AntioxidantesRESUMO
Descrevem-se os dados epidemiológicos, sinais clínicos e lesões de uma enfermidade de ovinos caracterizada por apatia, sialorréia, ranger de dentes, andar em círculos, cegueira, incoordenação motora, opistótono e convulsões, geralmente seguidos de morte. A doença ocorreu nos meses de fevereiro e março de 2009 a 2013, nas regiões Oeste e Planalto do Estado de Santa Catarina e está associada à queda dos frutos da "uvaieira" (Eugenia uvalha Cambess). Nas propriedades onde ocorreram os surtos havia grande quantidade de frutos caídos ao chão e os ovinos os consumiam avidamente. Os que sobreviveram permaneceram com convulsões intermitentes. Não foram observadas alterações macroscópicas ou histológicas. No entanto, foram encontrados frutos inteiros ou fragmentados, misturados ao conteúdo dos pré-estômagos e intestinos. A doença foi reproduzida a partir do fornecimento de frutos maduros de uvaia à três ovinos, nas doses diárias de 45,45g/kg, 68,18g/kg e 82,35g/kg por até seis dias. A principal forma de diagnóstico de intoxicação por "uvaia" é a observação do quadro clínico e epidemiológico, associado à presença de frutos e sementes no trato gastrointestinal.(AU)
We describe the epidemiological, clinical signs and lesions of a disease of sheep characterized by apathy, sialorrhoea, teeth grinding, circling, blindness, incoordination, seizures and opisthotonos usually followed by death. The disease occurred in February and March 2009 of 2013, in the West highlands and mountanous regions of Santa Catarina State and was associated with the falling fruits of "uvaieira" (Eugenia uvalha Cambess). In farms where outbreaks occurred had loads of fruit fallen to the ground and the sheep ate them hungrily. Those who survived remained with intermittent seizures. No gross or histological changes were observed. However, the whole fruits or their fragments mixed in the content of the pre-stomachs and bowels were found. The disease was reproduced providing the uvaia ripe fruits to three sheep, in daily doses of 45,45 g/kg, 68,18 g/kg and 82,35 g/kg each, for until six days. The main way to diagnose the uvaia poisoning is the observation of the clinical and epidemiological data, associated with the presence of fruits and seeds in the gastrointestinal tract.(AU)
Assuntos
Animais , Ovinos , Intoxicação por Plantas/epidemiologia , Myrtaceae/intoxicação , Myrtaceae/toxicidade , Intoxicação/diagnóstico , Sintomas Toxicológicos , Sintomas Toxicológicos/administração & dosagem , Convulsões/induzido quimicamente , Convulsões/veterináriaRESUMO
Descrevem-se os dados epidemiológicos, sinais clínicos e lesões de uma enfermidade de ovinos caracterizada por apatia, sialorréia, ranger de dentes, andar em círculos, cegueira, incoordenação motora, opistótono e convulsões, geralmente seguidos de morte. A doença ocorreu nos meses de fevereiro e março de 2009 a 2013, nas regiões Oeste e Planalto do Estado de Santa Catarina e está associada à queda dos frutos da "uvaieira" (Eugenia uvalha Cambess). Nas propriedades onde ocorreram os surtos havia grande quantidade de frutos caídos ao chão e os ovinos os consumiam avidamente. Os que sobreviveram permaneceram com convulsões intermitentes. Não foram observadas alterações macroscópicas ou histológicas. No entanto, foram encontrados frutos inteiros ou fragmentados, misturados ao conteúdo dos pré-estômagos e intestinos. A doença foi reproduzida a partir do fornecimento de frutos maduros de uvaia à três ovinos, nas doses diárias de 45,45g/kg, 68,18g/kg e 82,35g/kg por até seis dias. A principal forma de diagnóstico de intoxicação por "uvaia" é a observação do quadro clínico e epidemiológico, associado à presença de frutos e sementes no trato gastrointestinal.
We describe the epidemiological, clinical signs and lesions of a disease of sheep characterized by apathy, sialorrhoea, teeth grinding, circling, blindness, incoordination, seizures and opisthotonos usually followed by death. The disease occurred in February and March 2009 of 2013, in the West highlands and mountanous regions of Santa Catarina State and was associated with the falling fruits of "uvaieira" (Eugenia uvalha Cambess). In farms where outbreaks occurred had loads of fruit fallen to the ground and the sheep ate them hungrily. Those who survived remained with intermittent seizures. No gross or histological changes were observed. However, the whole fruits or their fragments mixed in the content of the pre-stomachs and bowels were found. The disease was reproduced providing the uvaia ripe fruits to three sheep, in daily doses of 45,45 g/kg, 68,18 g/kg and 82,35 g/kg each, for until six days. The main way to diagnose the uvaia poisoning is the observation of the clinical and epidemiological data, associated with the presence of fruits and seeds in the gastrointestinal tract.
Assuntos
Animais , Intoxicação/diagnóstico , Intoxicação por Plantas/epidemiologia , Myrtaceae/intoxicação , Myrtaceae/toxicidade , Ovinos , Sintomas Toxicológicos , Convulsões/induzido quimicamente , Convulsões/veterinária , Sintomas Toxicológicos/administração & dosagemRESUMO
This work was carried out in order to study different laboratory and field methods for estimating leaf area of wild fruit species, belonging to the Myrtaceae: "uvalha" plant (Eugenia uvalha Camb.), cattley guava plant (Psidium cattleyanum Sabine), feijoa plant (Feijoa sellowiana Berg) and Surinam cherry plant (Eugenia uniflora DC). Among the laboratory' methods utilized as "standard methods", good results were obtained with the use of an automatic leaf area meter, planimeter or by the gravimetric method (photocopy or Whatman paper). Among field methods, best results were obtained with linear regression. The estimation of leaf area y for all studied species could be obtained through the equations: y = 2,658 + 0,554 x for cattley guava plant; y = 0,75 x or y = 0,856 x - 2,115 for feijoa plant; y = 0,68 x for "uvalha" plant and y = 0,69 x or y = 0,503 + 0,643 x for Surinam cherry plant, where x = leaf length x leaf width.
Foi realizado um trabalho com o objetivo de estudar diferentes métodos de laboratório e de campo para a estimativa da área foliar de fruteiras silvestres, pertencentes à família Myrtaceae, a saber: uvalheira (Eugenia uvalha Camb.), aracazeiro (Psidium cattleyanum Sabine), goiabeira serrana (Feijoa sellowiana Berg.) e pitangueira (Eugenia uniflora DC). Entre os métodos de laboratório, também utilizados como "padrão", bons resultados foram obtidos utilizando-se um medidor automático de área foliar, planímetro ou através do método gravimétrico (fotocópia ou papel filtro). Dentre os métodos de campo, os melhores resultados foram obtidos por regressão linear. As estimativas das áreas foliares (y) para as quatro espécies estudadas podem ser tomadas a partir das equações: y = 2,658 + 0,554X, para o araçazeiro; y = 0.75X ou y = 0,856X - 2,115, para a goiabeira serrana; y = 0.68X, para a uvalheira e y = 0,69X ou y = 0,503 + 0,643X, para a pitangueira, sendo X = comprimento x largura da folha.
RESUMO
This work was carried out in order to study different laboratory and field methods for estimating leaf area of wild fruit species, belonging to the Myrtaceae: "uvalha" plant (Eugenia uvalha Camb.), cattley guava plant (Psidium cattleyanum Sabine), feijoa plant (Feijoa sellowiana Berg) and Surinam cherry plant (Eugenia uniflora DC). Among the laboratory' methods utilized as "standard methods", good results were obtained with the use of an automatic leaf area meter, planimeter or by the gravimetric method (photocopy or Whatman paper). Among field methods, best results were obtained with linear regression. The estimation of leaf area y for all studied species could be obtained through the equations: y = 2,658 + 0,554 x for cattley guava plant; y = 0,75 x or y = 0,856 x - 2,115 for feijoa plant; y = 0,68 x for "uvalha" plant and y = 0,69 x or y = 0,503 + 0,643 x for Surinam cherry plant, where x = leaf length x leaf width.
Foi realizado um trabalho com o objetivo de estudar diferentes métodos de laboratório e de campo para a estimativa da área foliar de fruteiras silvestres, pertencentes à família Myrtaceae, a saber: uvalheira (Eugenia uvalha Camb.), aracazeiro (Psidium cattleyanum Sabine), goiabeira serrana (Feijoa sellowiana Berg.) e pitangueira (Eugenia uniflora DC). Entre os métodos de laboratório, também utilizados como "padrão", bons resultados foram obtidos utilizando-se um medidor automático de área foliar, planímetro ou através do método gravimétrico (fotocópia ou papel filtro). Dentre os métodos de campo, os melhores resultados foram obtidos por regressão linear. As estimativas das áreas foliares (y) para as quatro espécies estudadas podem ser tomadas a partir das equações: y = 2,658 + 0,554X, para o araçazeiro; y = 0.75X ou y = 0,856X - 2,115, para a goiabeira serrana; y = 0.68X, para a uvalheira e y = 0,69X ou y = 0,503 + 0,643X, para a pitangueira, sendo X = comprimento x largura da folha.