RESUMO
Desmama é uma fase crítica na vida do suíno devido a separação materna e a introdução de uma dieta seca. A termografia infravermelha medida na região ocular se mostra como um indicador confiável para a condição de estresse pontual de suínos. O objetivo deste estudo foi determinar a relação entre medidas de termografia infravermelha da superfície ocular e de cortisol em situações de estresse em leitões na pós desmama. Foram avaliados 66 leitões, uma vez por semana, durante sete semanas, em dois períodos do dia (7h e 15h) com medidas de temperatura superficial ocular, temperatura superficial do dorso e amostras de saliva para determinação de cortisol salivar. A análise estatística contemplou os efeitos fixos de semana e período do dia e sua interação e correlações de Pearson para relação entre termografia ocular, temperatura superficial e cortisol a 5% de significância. Cortisol salivar não diferiu entre os períodos, mas foi superior nas três primeiras semanas após o desmame (P<0,05). Nas duas primeiras semanas após a desmama o cortisol apresentou correlação alta e positiva (P<0,05) com a temperatura ocular máxima (0,89) e a temperatura superficial do dorso (0,80). As duas temperaturas superficiais apresentaram uma associação moderada positiva (r=0,41; P<0,0001) durante todo o período experimental. Este estudo destaca que a temperatura de superfície ocular obtida por meio da termografia infravermelha pode ser um indicador de temperatura de superfície corporal e estado de bem-estar de leitões em fase de creche, além de ser um método não invasivo e de rápida mensuração. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para aprofundar a relação entre temperatura ocular e cortisol durante estresse crônico.(AU)
Weaning is a critical phase in pigs' life due to maternal separation and the introduction of a new diet. Infrared thermography measurement taken in the ocular region appears to be a reliable indicator of the stress condition of the pig. The aim of this study was to evaluate the relationship between ocular surface temperature by infrared thermography and cortisol in piglets post weaning. Sixty-six piglets were evaluated once a week, during 7 weeks, in two periods of the day (7am and 15pm) and ocular surface temperature and dorsal surface temperature were collected using a thermographic camera and a laser surface thermometer, respectively. Saliva was also collected to determine salivary cortisol. Statistical analysis included fixed effects of week and period of the day and their interaction, and relationship between thermography, dorsal surface temperature and cortisol were done by Pearson's correlations with 5% significance level. Salivary cortisol did not differ between periods, but it was higher in the first three weeks after weaning (P<0.05). During the first two weeks after weaning cortisol presented high and positive correlation (P<0.05) between ocular surface temperature (0.89) and dorsal surface temperature (0.80). The two superficial temperatures had a moderate and positive association (r=0.41; P<0.0001) during all experiment. This study highlights that the ocular surface temperature obtained through infrared thermography can be a superficial body temperature indicators, besides being a non-invasive and fast method of measurement. However, more research is needed to deepen the relationship between ocular surface temperature and cortisol during chronic stress.(AU)
Assuntos
Animais , Estresse Mecânico , Suínos/fisiologia , Temperatura Corporal , Hidrocortisona/análise , Termografia/veterinária , Raios Infravermelhos , Fenômenos Fisiológicos Oculares , Desmame , Bem-Estar do AnimalRESUMO
Desmama é uma fase crítica na vida do suíno devido a separação materna e a introdução de uma dieta seca. A termografia infravermelha medida na região ocular se mostra como um indicador confiável para a condição de estresse pontual de suínos. O objetivo deste estudo foi determinar a relação entre medidas de termografia infravermelha da superfície ocular e de cortisol em situações de estresse em leitões na pós desmama. Foram avaliados 66 leitões, uma vez por semana, durante sete semanas, em dois períodos do dia (7h e 15h) com medidas de temperatura superficial ocular, temperatura superficial do dorso e amostras de saliva para determinação de cortisol salivar. A análise estatística contemplou os efeitos fixos de semana e período do dia e sua interação e correlações de Pearson para relação entre termografia ocular, temperatura superficial e cortisol a 5% de significância. Cortisol salivar não diferiu entre os períodos, mas foi superior nas três primeiras semanas após o desmame (P<0,05). Nas duas primeiras semanas após a desmama, o cortisol apresentou correlação alta e positiva (P<0,05) com a temperatura ocular máxima (0,89) e a temperatura superficial do dorso (0,80). As duas temperaturas superficiais apresentaram uma associação moderada positiva (r=0,41; P<0,0001) durante todo o período experimental. Este estudo destaca que a temperatura de superfície ocular obtida por meio da termografia infravermelha pode ser um indicador de temperatura de superfície corporal e estado de bem-estar de leitões em fase de creche, além de ser um método não invasivo e de rápida mensuração. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para aprofundar a relação entre temperatura ocular e cortisol durante estresse crônico.(AU)
Weaning is a critical phase in pigs life due to maternal separation and the introduction of a new diet. Infrared thermography measurement taken in the ocular region appears to be a reliable indicator of the stress condition of the pig. The aim of this study was to evaluate the relationship between ocular surface temperature by infrared thermography and cortisol in piglets post weaning. Sixty-six piglets were evaluated once a week, during 7 weeks, in two periods of the day (7am and 15pm) and ocular surface temperature and dorsal surface temperature were collected using a thermographic camera and a laser surface thermometer, respectively. Saliva was also collected to determine salivary cortisol. Statistical analysis included fixed effects of week and period of the day and their interaction, and relationship between thermography, dorsal surface temperature and cortisol were done by Pearsons correlations with 5% significance level. Salivary cortisol did not differ between periods, but it was higher in the first three weeks after weaning (P<0.05). During the first two weeks after weaning cortisol presented high and positive correlation (P<0.05) between ocular surface temperature (0.89) and dorsal surface temperature (0.80). The two superficial temperatures had a moderate and positive association (r=0.41; P<0.0001) during all experiment. This study highlights that the ocular surface temperature obtained through infrared thermography can be a superficial body temperature indicators, besides being a non-invasive and fast method of measurement. However, more research is needed to deepen the relationship between ocular surface temperature and cortisol during chronic stress.(AU)
Assuntos
Animais , Suínos , Termografia/métodos , Termografia/veterinária , Hidrocortisona/análise , Saliva , Olho , Temperatura Cutânea , Bem-Estar do Animal , DesmameRESUMO
Foi realizado um ensaio com o objetivo de avaliar o uso de mananoligossacarídeo (MOS) em dietas para leitões na fase de creche, quanto ao desempenho, incidência de diarreia e parâmetros sanguíneos. Foram comparados diferentes níveis de MOS (0, 0,1 e 0,2%) em dietas para leitões desmamados aos 21 dias de idade com peso de 5,28±0,90 kg, sendo utilizados 72 animais da linhagem comercial Topigs (36 machos castrados e 36 fêmeas). Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso para controlar diferenças iniciais de peso. Os resultados demonstraram que a inclusão de MOS nas dietas de leitões recém desmamados não promoveu melhoras no ganho diário de peso, no consumo diário de ração e na conversão alimentar. Embora tenha sido observada redução na incidência de diarreia nos animais alimentados com dieta contendo 0,2% de MOS, a adição deste prebiótico não proporcionou melhores desempenho e resposta imunológica dos leitões. Com estes resultados, não é possível recomendar a adição de nenhum nível do produto avaliado.
An assay was carried out to evaluate the use of mannanoligosaccharide (MOS) in piglet diets on performance, diarrhea incidence and blood parameters. Different levels of MOS inclusion (0, 0.1 and 0.2%) for pig diets were compared. A total of 72 piglets of Topigs lineage weaned at 21 days of age with 5.28±0.90 kg of live weight were used. It was used a randomized block design to control differences between initial weights of replicates. The results show that MOS inclusion in weaning pig diets did not promote better results on daily weight gain, daily feed intake and feed conversion. Although reduction in diarrhea incidence was observed in animals fed with 0.2% MOS diet, this prebiotic did not improve the immune response of piglets. Any level of MOS evaluated is recommended for piglets.
Assuntos
Animais , Dieta/veterinária , Suínos/classificação , Aumento de Peso/fisiologia , DesmameRESUMO
Foi realizado um ensaio com o objetivo de avaliar o uso de mananoligossacarídeo (MOS) em dietas para leitões na fase de creche, quanto ao desempenho, incidência de diarreia e parâmetros sanguíneos. Foram comparados diferentes níveis de MOS (0, 0,1 e 0,2%) em dietas para leitões desmamados aos 21 dias de idade com peso de 5,28±0,90 kg, sendo utilizados 72 animais da linhagem comercial Topigs (36 machos castrados e 36 fêmeas). Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso para controlar diferenças iniciais de peso. Os resultados demonstraram que a inclusão de MOS nas dietas de leitões recém desmamados não promoveu melhoras no ganho diário de peso, no consumo diário de ração e na conversão alimentar. Embora tenha sido observada redução na incidência de diarreia nos animais alimentados com dieta contendo 0,2% de MOS, a adição deste prebiótico não proporcionou melhores desempenho e resposta imunológica dos leitões. Com estes resultados, não é possível recomendar a adição de nenhum nível do produto avaliado.(AU)
An assay was carried out to evaluate the use of mannanoligosaccharide (MOS) in piglet diets on performance, diarrhea incidence and blood parameters. Different levels of MOS inclusion (0, 0.1 and 0.2%) for pig diets were compared. A total of 72 piglets of Topigs lineage weaned at 21 days of age with 5.28±0.90 kg of live weight were used. It was used a randomized block design to control differences between initial weights of replicates. The results show that MOS inclusion in weaning pig diets did not promote better results on daily weight gain, daily feed intake and feed conversion. Although reduction in diarrhea incidence was observed in animals fed with 0.2% MOS diet, this prebiotic did not improve the immune response of piglets. Any level of MOS evaluated is recommended for piglets.(AU)