RESUMO
Introdução: Devido às características geográficas e ecológicas, existem, no Brasil, condições ideias para manutenção e entrada de novas arboviroses. Com o primeiro diagnóstico de doença neuroinvasiva pelo vírus do Nilo Ocidental no Brasil em 2014, faz-se necessário obter mais informações sobre essa infecção. Objetivos: Elaborar revisão de literatura narrativa sobre a infecção pelo vírus do Nilo Ocidental; e elaborar revisão de literatura sistemática sobre manifestações neurológicas da infecção pelo vírus do Nilo Ocidental. Métodos: Bases de dados eletrônicas (LILACS e PubMed) foram consultadas, utilizando os seguintes descritores: 'West Nile Fever', West Nile Virus' e 'West Nile Fever Encephalitis' (MESH) e 'Febre do Nilo Ocidental' e 'Encefalite' (DecS). Revisão Narrativa: A introdução do VNO nas Américas em 1999 e sua distribuição por todo o continente é devido à presença de aves migratórias, que fazem suas rotas, durante o inverno, para a América do Sul. As manifestações clínicas da infecção são variadas, podendo haver apenas doença febril até doença neurológica grave. Não existe tratamento específico e o mesmo deve ser de suporte. Sequelas importantes estão associada, principalmente à forma neuroinvasiva da doença. Revisão Sistemática: Foram avaliados 71 artigos, onde eram relatadas manifestações clínicas neurológicas em pacientes sem imunossupressão. Casos de encefalite e paralisia flácida aguda foram os mais encontrados. Febre foi o sintoma mais prevalente. Conclusões: O risco de se tornar uma doença endêmica no Brasil existe. Deve-se ficar atento para casos de doenças virais inespecíficas e, principalmente, para casos de encefalite para que se possa pensar no diagnóstico