RESUMO
Defeitos de esmalte saÌo alteraçoÌes comuns que podem ocorrer tanto na dentiçaÌo deciÌdua quanto na permanente. Um dos defeitos de esmalte que tem sido amplamente estudado nos uÌltimos anos, em funçaÌo de sua crescente prevaleÌncia, eÌ a HipomineralizaçaÌo Molar-Incisivo (HMI). A HMI eÌ um defeito de esmalte com causa sisteÌmica, caracterizado por uma alteraçaÌo na sua translucidez, podendo acometer um ou ateÌ mesmo os quatro primeiros molares permanentes, associados ou naÌo a alteraçaÌo dos incisivos. Clinicamente, o dente afetado pela HMI apresenta-se com uma aÌrea de coloraçaÌo branca, amarela ou marrom, com niÌtida definiçaÌo entre esmalte sadio e alterado, entretanto a superfiÌcie do esmalte eÌ lisa e naÌo haÌ alteraçaÌo de espessura. Por apresentar baixo conteuÌdo mineral, o esmalte hipomineralizado eÌ poroso, o que o torna mais suscetiÌvel aÌ fratura devido aÌs forças mastigatoÌrias, deixando a dentina exposta, favorecendo o desenvolvimento de lesaÌo cariosa. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisaÌo de literatura sobre HMI, de modo a possibilitar ao cirurgiaÌo-dentista um melhor esclarecimento e entendimento sobre a referida doença, seus fatores etioloÌgicos, diagnoÌstico diferencial e tratamento, de forma que fundamente suas decisoÌes na atuaçaÌo cliÌnica odontoloÌgica. Diante da literatura revisada, pode-se concluir que a HMI tem sido grande desafio na praÌtica cliÌnica atual, tanto pelas suas consequeÌncias, quanto pelas dificuldades no manejo do paciente e no tratamento. Sua etiologia eÌ complexa, por apresentar-se, nos diversos estudos, como multifatorial, e ainda, com possibilidade de suscetibilidade geneÌtica. O cirurgiaÌo-dentista deve estar capacitado para o correto diagnoÌstico desta alteraçaÌo, com a finalidade de estabelecer um plano de tratamento adequado aÌ necessidade do caso.