RESUMO
We evaluated the epidemiological, hematological, and pathological data of Leishmania spp., Toxoplasma gondii, Platynosomum illiciens, feline immunodeficiency virus (FIV), and feline leukemia virus (FeLV) infections and the coinfections in stray cats of an endemic area for leishmaniasis. The diagnosis was performed by serological tests and necropsy. We described gross lesions and histopathological findings. We used immunohistochemistry and chromogenic in situ hybridization for L. infantum detection. We found infection in 27 out of 50 sampled cats, among them, 14 presented coinfections. A strong correlation between splenomegaly and lymphadenomegaly with FeLV, and an association between hepatic lesions and cachexia with parasitism due to P. illiciens were observed. Moreover, we found a significant increase in the monocyte count in the FeLV-infected and a decrease in the red blood cell count in the FIV-infected animals. Amastigote forms of Leishmania spp. and tissue changes were detected in lymphoid organs of an animal coinfected with P. illiciens, T. gondii, and FIV. Polyparasitism recorded in stray cats of the Brazilian Midwest should be considered in effective control strategies for public health diseases. Moreover, stray cats of Campo Grande may be a source of infection of FIV, FeLV and P. illiciens for populations of domiciled cats.(AU)
Foi avaliada a epidemiologia, hematologia e patologia das infecções por Leishmania spp., Toxoplasma gondii, Platynosomum illiciens, vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV) e das coinfecções em gatos não domiciliados em uma área endêmica para leishmaniose. O diagnóstico foi realizado por exames sorológicos e necropsia. Foram descritas lesões macroscópicas e achados histopatológicos. Usaram-se imuno-histoquímica e hibridização cromogênica in situ para detecção de L. infantum. Encontrou-se infecção em 27 dos 50 gatos amostrados, dentre eles, 14 apresentavam coinfecções. Foi observada forte correlação entre esplenomegalia e linfadenomegalia com FeLV, e associação entre lesões hepáticas e caquexia com parasitismo por P. illiciens. Além disso, foi encontrado um aumento significativo na contagem de monócitos nos animais infectados pelo FeLV e uma diminuição na contagem de hemácias nos animais infectados pelo FIV. Formas amastigotas de Leishmania spp. e alterações teciduais foram detectadas em órgãos linfoides de um animal coinfectado com P. illiciens, T. gondii e FIV. O poliparasitismo registrado em gatos errantes do Centro-Oeste brasileiro deve ser considerado nas estratégias de controle de zoonoses. Além disso, gatos errantes de Campo Grande podem ser fontes de infecção de FIV, FeLV e P. illiciens para populações de gatos domiciliados.(AU)
Assuntos
Animais , Doenças Parasitárias em Animais/patologia , Doenças Parasitárias em Animais/sangue , Doenças Parasitárias em Animais/epidemiologia , Toxoplasma , Brasil , Vírus da Imunodeficiência Felina , Vírus da Leucemia Felina , Dicrocoeliidae , LeishmaniaRESUMO
A Imunodeficiência Viral Felina (FIV) é uma patologia infecciosa, na qual o vírus está presente na saliva de gatos infectados, o que mostra transmissão direta por ferimentos causados por mordidas, além disso, pode ocorrer transmissão vertical. A doença renal crônica (DRC)é uma das patologias mais comumente observadas em gatos infectados com FIV. O objetivo do trabalho foi descrever um relato de caso clínico de um felino com DRC portador do FIV, enfatizando suas alterações laboratoriais e post-mortem. Foi atendido no Hospital Veterinário Adrisse, Fortaleza-CE, um felino, sem raça definida, de aproximadamente sete anos. Segundo a tutora, o felino havia fugido de casa, e quando retornou, apresentava vômitos esporádicos, diarreia e anorexia há quatro dias. No exame físico, apresentava quadro de ataxia, apatia, grau de desidratação em torno de 8%, dor abdominal, mioclonias, êmese, hipotermia, nistagmo bilateral, mucosas levemente ictéricas, desnutrição, urina concentrada, úlceras na boca e hálito urêmico. Foram solicitados como exames complementares: hemograma e dosagens bioquímicas (alanina aminotransferase, creatinina, aspartatoaminotransferase), sódio, potássio, fósforo, fosfatase alcalina, cálcio, ureia, sumário de urina, ultrassonografia abdominal e snap® teste FIV/FeLV. O diagnóstico foi conclusivo através do snap FIV/FelV e a DRC se confirmou pela ultrassonografia abdominal e necropsia, através de alterações compatíveis com os sintomas e achados laboratoriais. Pode-se concluir que em felinos acometidos por FIV, são imprescindíveis a avaliação clínica e o diagnóstico de complicações renais, visto que há uma ação viral no desencadeamento de lesões renais, os quais podem ser identificados por meio de exames laboratoriais, ultrassonográficos e necroscópicos.(AU)
Feline Viral Immunodeficiency (FIV) is an infectious pathology, in which the virus is present in the saliva of infected cats, which shows direct transmission through injuries caused by bites, in addition, vertical transmission can occur. Chronic kidney disease (CKD) is one of the pathologies most commonly seen in cats infected with IVF. The objective of the study was to describe a clinical case report of a feline with CKD with IVF, emphasizing his laboratory and post-mortem changes. At the Veterinary Hospital Adrisse, Fortaleza-CE, a feline, of mixed breed, of approximately seven years was attended. According to the tutor, the cat had run away from home, and when he returned, he had sporadic vomiting, diarrhea and anorexia for four days. On physical examination, he presented ataxia, apathy, degree of dehydration around 8%, abdominal pain, myoclonus, emesis, hypothermia, bilateral nystagmus, slightly jaundiced mucous membranes, malnutrition, concentrated urine, mouth ulcers and uremic breath. Complementary tests were requested: blood count and biochemical measurements (alanine aminotransferase, creatinine, aspartate aminotransferase), sodium, potassium, phosphorus, alkaline phosphatase, calcium, urea, urine summary, abdominal ultrasound and snap® FIV/FeLV test. The diagnosis was conclusive through the FIV/FelV snap and CKD was confirmed by abdominal ultrasound and necropsy, through alterations compatible with the symptoms and laboratory findings. It can be concluded that in cats affected by FIV, clinical evaluation and diagnosis of kidney complications are essential, since there is a viral action in the triggering of kidney injuries, which can be identified through laboratory, ultrasound and necroscopic exams.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Doenças do Gato , Insuficiência Renal Crônica/veterinária , Vírus da Imunodeficiência Felina , Técnicas de Laboratório Clínico/veterináriaRESUMO
A Imunodeficiência Viral Felina (FIV) é uma patologia infecciosa, na qual o vírus está presente na saliva de gatos infectados, o que mostra transmissão direta por ferimentos causados por mordidas, além disso, pode ocorrer transmissão vertical. A doença renal crônica (DRC)é uma das patologias mais comumente observadas em gatos infectados com FIV. O objetivo do trabalho foi descrever um relato de caso clínico de um felino com DRC portador do FIV, enfatizando suas alterações laboratoriais e post-mortem. Foi atendido no Hospital Veterinário Adrisse, Fortaleza-CE, um felino, sem raça definida, de aproximadamente sete anos. Segundo a tutora, o felino havia fugido de casa, e quando retornou, apresentava vômitos esporádicos, diarreia e anorexia há quatro dias. No exame físico, apresentava quadro de ataxia, apatia, grau de desidratação em torno de 8%, dor abdominal, mioclonias, êmese, hipotermia, nistagmo bilateral, mucosas levemente ictéricas, desnutrição, urina concentrada, úlceras na boca e hálito urêmico. Foram solicitados como exames complementares: hemograma e dosagens bioquímicas (alanina aminotransferase, creatinina, aspartatoaminotransferase), sódio, potássio, fósforo, fosfatase alcalina, cálcio, ureia, sumário de urina, ultrassonografia abdominal e snap® teste FIV/FeLV. O diagnóstico foi conclusivo através do snap FIV/FelV e a DRC se confirmou pela ultrassonografia abdominal e necropsia, através de alterações compatíveis com os sintomas e achados laboratoriais. Pode-se concluir que em felinos acometidos por FIV, são imprescindíveis a avaliação clínica e o diagnóstico de complicações renais, visto que há uma ação viral no desencadeamento de lesões renais, os quais podem ser identificados por meio de exames laboratoriais, ultrassonográficos e necroscópicos.
Feline Viral Immunodeficiency (FIV) is an infectious pathology, in which the virus is present in the saliva of infected cats, which shows direct transmission through injuries caused by bites, in addition, vertical transmission can occur. Chronic kidney disease (CKD) is one of the pathologies most commonly seen in cats infected with IVF. The objective of the study was to describe a clinical case report of a feline with CKD with IVF, emphasizing his laboratory and post-mortem changes. At the Veterinary Hospital Adrisse, Fortaleza-CE, a feline, of mixed breed, of approximately seven years was attended. According to the tutor, the cat had run away from home, and when he returned, he had sporadic vomiting, diarrhea and anorexia for four days. On physical examination, he presented ataxia, apathy, degree of dehydration around 8%, abdominal pain, myoclonus, emesis, hypothermia, bilateral nystagmus, slightly jaundiced mucous membranes, malnutrition, concentrated urine, mouth ulcers and uremic breath. Complementary tests were requested: blood count and biochemical measurements (alanine aminotransferase, creatinine, aspartate aminotransferase), sodium, potassium, phosphorus, alkaline phosphatase, calcium, urea, urine summary, abdominal ultrasound and snap® FIV/FeLV test. The diagnosis was conclusive through the FIV/FelV snap and CKD was confirmed by abdominal ultrasound and necropsy, through alterations compatible with the symptoms and laboratory findings. It can be concluded that in cats affected by FIV, clinical evaluation and diagnosis of kidney complications are essential, since there is a viral action in the triggering of kidney injuries, which can be identified through laboratory, ultrasound and necroscopic exams.
Assuntos
Animais , Gatos , Doenças do Gato , Insuficiência Renal Crônica/veterinária , Técnicas de Laboratório Clínico/veterinária , Vírus da Imunodeficiência FelinaRESUMO
A colângio-hepatite é considerada uma causa frequente de insuficiência hepática em gatos e é classificada em neutrofílica, linfocítica e esclerosante. Os objetivos deste estudo foram determinar a frequência de colângio-hepatite em gatos diagnosticados na Região Metropolitana de Porto Alegre, descrever seus aspectos anatomopatológicos e estabelecer uma associação com as infecções por Escherichia coli, vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV). No período de janeiro de 2000 a julho de 2016 o Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul realizou 1915 necropsias de gatos, destes, 32 foram diagnosticados com colângio-hepatite, representando 1,7% dos casos. Destes, a colângio-hepatite linfocítica (CHL) foi diagnosticada em 68,7% (22/32), a neutrofílica (CHN) em 21,9% (7/32) e a esclerosante (CHE) com 9,4% (3/32). A idade variou de quatro meses a 16 anos, com a mediana de seis anos, acometendo predominantemente gatos sem raça definida. Somente na CHN observou-se predisposição por machos, verificado em 85,7% (6/7) dos casos. Enterite e pancreatite foram identificadas concomitantemente com a colângio-hepatite em 56,2% (18/32) dos casos, cada, e a formação de tríade foi identificada em 46,9% (15/32) dos gatos. Através da imuno-histoquímica, 68,2% (15/22) dos gatos com CHL, foram positivos para FIV, 40,9% (9/22) para FeLV e 31,8% (7/22) marcação para ambos os retrovírus. Na CHN, 85,7% (6/7) positivos para FIV, 57,1% (4/7) para FeLV e 42,8% (3/7) imunorreação para os dois retrovírus. Na CHE, 100% (3/3) dos casos apresentaram marcação para FeLV, 33,3% (1/3) para FIV e 33,3% (1/3) para ambos. Imunomarcação para E. coli foi observada em 27,3% (6/22) dos casos da CHL, 28,6% (2/7) da CHN e em 33,3% (1/3) da CHE. E. coli, Enterococcus sp. e Klebsiella pneumoniae foram os micro-organismos mais frequentes isolados no exame bacteriológico...(AU)
Cholangiohepatitis is considered a frequent cause of liver failure in cats, and are classified as neutrophilic, lymphocytic and sclerosing. The aims of this study was to determine the frequency of cholangiohepatitis in cats diagnosed in the metropolitan region of Porto Alegre, to describe the anatomopathological aspects and to establish an association with Escherichia coli, feline immunodeficiency virus (FIV) and feline leukemia virus (FeLV). From January 2000 to July 2016, the Department of Veterinary Pathology of the Universidade Federal do Rio Grande do Sul performed 1915 cat necropsies, of which 32 were diagnosed with cholangiohepatitis, representing 1.7% of the cases. Of these, lymphocytic cholangiohepatitis (LCH) was diagnosed in 68.7% (22/32), neutrophilic (NCH) in 21.9% (7/v) and sclerosing cholangiohepatitis (SCH) with 9.4% (3/32) of the cases. In general, age ranged from four months to 16 years, with the median age of six years, and predominantly affected cats with mixed breed. Only in NCH demonstrated male predisposition, verified in 85.7% (6/7) of this cases. Enteritis and pancreatitis were identified concomitantly with cholangiohepatitis in 56.2% (18/32) cases, each, and triad formation was identified in 46.9% (15/32) of cats. In the immunohistochemistry, we observed that 68.2% (15/22) of the cats with LCH were positive for FIV, 40.9% (9/22) for FeLV, and 31.8% (7/22) positive for both retroviruses. In NCH, 85.7% (6/7) was positive for FIV, 57.1% (4/7) for FeLV, and 42.8% (3/7) immunoreactions for the two retroviruses. In SCH, 100% (3/3) of the cases presented FeLV marking, 33.3% (1/3) for FIV and 33.3% (1/3) for both. Immunostaining for E. coli was observed in 27.3% (6/22) of LCH, 28.6% (2/7) of NCH, and 33.3% (1/3) of SCH. E. coli, Enterococcus sp. and Klebsiella pneumoniae were the most frequently microorganisms isolated in the bacteriological examination. The visualization of E. coli by the immunohistochemistry in the hepatobiliary system...(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Gatos/anormalidades , Colangite/diagnóstico , NoxasRESUMO
A colângio-hepatite é considerada uma causa frequente de insuficiência hepática em gatos e é classificada em neutrofílica, linfocítica e esclerosante. Os objetivos deste estudo foram determinar a frequência de colângio-hepatite em gatos diagnosticados na Região Metropolitana de Porto Alegre, descrever seus aspectos anatomopatológicos e estabelecer uma associação com as infecções por Escherichia coli, vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV). No período de janeiro de 2000 a julho de 2016 o Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul realizou 1915 necropsias de gatos, destes, 32 foram diagnosticados com colângio-hepatite, representando 1,7% dos casos. Destes, a colângio-hepatite linfocítica (CHL) foi diagnosticada em 68,7% (22/32), a neutrofílica (CHN) em 21,9% (7/32) e a esclerosante (CHE) com 9,4% (3/32). A idade variou de quatro meses a 16 anos, com a mediana de seis anos, acometendo predominantemente gatos sem raça definida. Somente na CHN observou-se predisposição por machos, verificado em 85,7% (6/7) dos casos. Enterite e pancreatite foram identificadas concomitantemente com a colângio-hepatite em 56,2% (18/32) dos casos, cada, e a formação de tríade foi identificada em 46,9% (15/32) dos gatos. Através da imuno-histoquímica, 68,2% (15/22) dos gatos com CHL, foram positivos para FIV, 40,9% (9/22) para FeLV e 31,8% (7/22) marcação para ambos os retrovírus. Na CHN, 85,7% (6/7) positivos para FIV, 57,1% (4/7) para FeLV e 42,8% (3/7) imunorreação para os dois retrovírus. Na CHE, 100% (3/3) dos casos apresentaram marcação para FeLV, 33,3% (1/3) para FIV e 33,3% (1/3) para ambos. Imunomarcação para E. coli foi observada em 27,3% (6/22) dos casos da CHL, 28,6% (2/7) da CHN e em 33,3% (1/3) da CHE. E. coli, Enterococcus sp. e Klebsiella pneumoniae foram os micro-organismos mais frequentes isolados no exame bacteriológico. A visualização da E. coli, através da IHQ no sistema hepatobiliar de gatos diagnosticados com colângio-hepatite associados à inflamação, sugere que a doença se desenvolveu secundariamente à infecção bacteriana ascendente.(AU)
Cholangiohepatitis is considered a frequent cause of liver failure in cats, and are classified as neutrophilic, lymphocytic and sclerosing. The aims of this study was to determine the frequency of cholangiohepatitis in cats diagnosed in the metropolitan region of Porto Alegre, to describe the anatomopathological aspects and to establish an association with Escherichia coli, feline immunodeficiency virus (FIV) and feline leukemia virus (FeLV). From January 2000 to July 2016, the Department of Veterinary Pathology of the Universidade Federal do Rio Grande do Sul performed 1915 cat necropsies, of which 32 were diagnosed with cholangiohepatitis, representing 1.7% of the cases. Of these, lymphocytic cholangiohepatitis (LCH) was diagnosed in 68.7% (22/32), neutrophilic (NCH) in 21.9% (7/v) and sclerosing cholangiohepatitis (SCH) with 9.4% (3/32) of the cases. In general, age ranged from four months to 16 years, with the median age of six years, and predominantly affected cats with mixed breed. Only in NCH demonstrated male predisposition, verified in 85.7% (6/7) of this cases. Enteritis and pancreatitis were identified concomitantly with cholangiohepatitis in 56.2% (18/32) cases, each, and triad formation was identified in 46.9% (15/32) of cats. In the immunohistochemistry, we observed that 68.2% (15/22) of the cats with LCH were positive for FIV, 40.9% (9/22) for FeLV, and 31.8% (7/22) positive for both retroviruses. In NCH, 85.7% (6/7) was positive for FIV, 57.1% (4/7) for FeLV, and 42.8% (3/7) immunoreactions for the two retroviruses. In SCH, 100% (3/3) of the cases presented FeLV marking, 33.3% (1/3) for FIV and 33.3% (1/3) for both. Immunostaining for E. coli was observed in 27.3% (6/22) of LCH, 28.6% (2/7) of NCH, and 33.3% (1/3) of SCH. E. coli, Enterococcus sp. and Klebsiella pneumoniae were the most frequently microorganisms isolated in the bacteriological examination. The visualization of E. coli by the immunohistochemistry in the hepatobiliary system of cats diagnosed with cholangiohepatitis suggests that the disease developed secondary to ascending bacterial infection.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Gatos/anormalidades , Colangite/diagnóstico , NoxasRESUMO
ABSTRACT: Cholangiohepatitis is considered a frequent cause of liver failure in cats, and are classified as neutrophilic, lymphocytic and sclerosing. The aims of this study was to determine the frequency of cholangiohepatitis in cats diagnosed in the metropolitan region of Porto Alegre, to describe the anatomopathological aspects and to establish an association with Escherichia coli, feline immunodeficiency virus (FIV) and feline leukemia virus (FeLV). From January 2000 to July 2016, the Department of Veterinary Pathology of the Universidade Federal do Rio Grande do Sul performed 1915 cat necropsies, of which 32 were diagnosed with cholangiohepatitis, representing 1.7% of the cases. Of these, lymphocytic cholangiohepatitis (LCH) was diagnosed in 68.7% (22/32), neutrophilic (NCH) in 21.9% (7/v) and sclerosing cholangiohepatitis (SCH) with 9.4% (3/32) of the cases. In general, age ranged from four months to 16 years, with the median age of six years, and predominantly affected cats with mixed breed. Only in NCH demonstrated male predisposition, verified in 85.7% (6/7) of this cases. Enteritis and pancreatitis were identified concomitantly with cholangiohepatitis in 56.2% (18/32) cases, each, and triad formation was identified in 46.9% (15/32) of cats. In the immunohistochemistry, we observed that 68.2% (15/22) of the cats with LCH were positive for FIV, 40.9% (9/22) for FeLV, and 31.8% (7/22) positive for both retroviruses. In NCH, 85.7% (6/7) was positive for FIV, 57.1% (4/7) for FeLV, and 42.8% (3/7) immunoreactions for the two retroviruses. In SCH, 100% (3/3) of the cases presented FeLV marking, 33.3% (1/3) for FIV and 33.3% (1/3) for both. Immunostaining for E. coli was observed in 27.3% (6/22) of LCH, 28.6% (2/7) of NCH, and 33.3% (1/3) of SCH. E. coli, Enterococcus sp. and Klebsiella pneumoniae were the most frequently microorganisms isolated in the bacteriological examination. The visualization of E. coli by the immunohistochemistry in the hepatobiliary system of cats diagnosed with cholangiohepatitis suggests that the disease developed secondary to ascending bacterial infection.
RESUMO: A colângio-hepatite é considerada uma causa frequente de insuficiência hepática em gatos e é classificada em neutrofílica, linfocítica e esclerosante. Os objetivos deste estudo foram determinar a frequência de colângio-hepatite em gatos diagnosticados na Região Metropolitana de Porto Alegre, descrever seus aspectos anatomopatológicos e estabelecer uma associação com as infecções por Escherichia coli, vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV). No período de janeiro de 2000 a julho de 2016 o Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul realizou 1915 necropsias de gatos, destes, 32 foram diagnosticados com colângio-hepatite, representando 1,7% dos casos. Destes, a colângio-hepatite linfocítica (CHL) foi diagnosticada em 68,7% (22/32), a neutrofílica (CHN) em 21,9% (7/32) e a esclerosante (CHE) com 9,4% (3/32). A idade variou de quatro meses a 16 anos, com a mediana de seis anos, acometendo predominantemente gatos sem raça definida. Somente na CHN observou-se predisposição por machos, verificado em 85,7% (6/7) dos casos. Enterite e pancreatite foram identificadas concomitantemente com a colângio-hepatite em 56,2% (18/32) dos casos, cada, e a formação de tríade foi identificada em 46,9% (15/32) dos gatos. Através da imuno-histoquímica, 68,2% (15/22) dos gatos com CHL, foram positivos para FIV, 40,9% (9/22) para FeLV e 31,8% (7/22) marcação para ambos os retrovírus. Na CHN, 85,7% (6/7) positivos para FIV, 57,1% (4/7) para FeLV e 42,8% (3/7) imunorreação para os dois retrovírus. Na CHE, 100% (3/3) dos casos apresentaram marcação para FeLV, 33,3% (1/3) para FIV e 33,3% (1/3) para ambos. Imunomarcação para E. coli foi observada em 27,3% (6/22) dos casos da CHL, 28,6% (2/7) da CHN e em 33,3% (1/3) da CHE. E. coli, Enterococcus sp. e Klebsiella pneumoniae foram os micro-organismos mais frequentes isolados no exame bacteriológico. A visualização da E. coli, através da IHQ no sistema hepatobiliar de gatos diagnosticados com colângio-hepatite associados à inflamação, sugere que a doença se desenvolveu secundariamente à infecção bacteriana ascendente.
RESUMO
A infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) em gatos domésticos é caracterizada por distúrbios imunológicos, que geralmente se manifestam tardiamente na doença. Semelhante à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em humanos, a infecção pelo FIV geralmente está associada a infecções oportunistas e ao desenvolvimento progressivo de nefropatia. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações histopatológicas em rins de 10 gatos experimentalmente infectados pelo FIV submetidos a eutanásia 60 meses após a inoculação viral. Nos rins de 100% dos gatos infectados pelo FIV foram visualizadas lesões glomerulares e tubulointersticiais. As lesões glomerulares eram caracterizadas principalmente por espessamento global ou segmentar da membrana basal glomerular (glomerulonefrite membranosa). Glomeruloesclerose e, em dois casos, proliferação de células epiteliais intraglomerulares (crescente glomerular), também foram observados. Nefrite intersticial linfoplasmocítica foi a alteração tubulointersticial mais frequente, visualizada em diferentes intensidades nos rins de 100% dos gatos. Os resultados do presente estudo demonstram que o tempo prolongado entre a infecção e a avaliação histopatológica pode ter sido decisivo para o surgimento das lesões renais em todos os gatos infectados pelo FIV e para o agravamento dessas lesões em alguns gatos.(AU)
The feline immunodeficiency virus (FIV) infection in domestic cats is characterized by immunological disorders that commonly manifest in a later stage of the disease. Similarly to the human immunodeficiency virus (HIV) infection in humans, FIV infection is commonly associated with opportunistic infections and progressive development of nephropathies. Therefore, the aim of the present study was to perform histological evaluation of the kidneys of 10 cats experimentally infected with FIV and euthanized at 60 months after viral inoculation. In the kidneys of 100% of the cats infected with FIV, glomerular and tubulointerstitial lesions were seen. The glomerular lesions were mainly characterized by global or segmental thickening of the glomerular basement membrane (membranous glomerulonephritis). Glomerulosclerosis, and in two cases, proliferation of intraglomerular epithelial cells (glomerular crescent) were also observed. The intersticial lymphoplasmacytic nephritis was the tubulointerstitial alteration most frequent and was observed in different intensity levels in 100% of the cats. The results of the present study demonstrate that the prolonged time between infection and histopathological evaluation may have been decisive for the arising of renal lesions in all cats infected with FIV and for the increase of these lesions in some cats.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Gatos/imunologia , Gatos/virologia , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida Felina/induzido quimicamente , Rim/anatomia & histologia , Injúria Renal Aguda/veterinária , Nefropatias/veterinária , Glomerulonefrite/veterináriaRESUMO
A infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) em gatos domésticos é caracterizada por distúrbios imunológicos, que geralmente se manifestam tardiamente na doença. Semelhante à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em humanos, a infecção pelo FIV geralmente está associada a infecções oportunistas e ao desenvolvimento progressivo de nefropatia. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações histopatológicas em rins de 10 gatos experimentalmente infectados pelo FIV submetidos a eutanásia 60 meses após a inoculação viral. Nos rins de 100% dos gatos infectados pelo FIV foram visualizadas lesões glomerulares e tubulointersticiais. As lesões glomerulares eram caracterizadas principalmente por espessamento global ou segmentar da membrana basal glomerular (glomerulonefrite membranosa). Glomeruloesclerose e, em dois casos, proliferação de células epiteliais intraglomerulares (crescente glomerular), também foram observados. Nefrite intersticial linfoplasmocítica foi a alteração tubulointersticial mais frequente, visualizada em diferentes intensidades nos rins de 100% dos gatos. Os resultados do presente estudo demonstram que o tempo prolongado entre a infecção e a avaliação histopatológica pode ter sido decisivo para o surgimento das lesões renais em todos os gatos infectados pelo FIV e para o agravamento dessas lesões em alguns gatos...
The feline immunodeficiency virus (FIV) infection in domestic cats is characterized by immunological disorders that commonly manifest in a later stage of the disease. Similarly to the human immunodeficiency virus (HIV) infection in humans, FIV infection is commonly associated with opportunistic infections and progressive development of nephropathies. Therefore, the aim of the present study was to perform histological evaluation of the kidneys of 10 cats experimentally infected with FIV and euthanized at 60 months after viral inoculation. In the kidneys of 100% of the cats infected with FIV, glomerular and tubulointerstitial lesions were seen. The glomerular lesions were mainly characterized by global or segmental thickening of the glomerular basement membrane (membranous glomerulonephritis). Glomerulosclerosis, and in two cases, proliferation of intraglomerular epithelial cells (glomerular crescent) were also observed. The intersticial lymphoplasmacytic nephritis was the tubulointerstitial alteration most frequent and was observed in different intensity levels in 100% of the cats. The results of the present study demonstrate that the prolonged time between infection and histopathological evaluation may have been decisive for the arising of renal lesions in all cats infected with FIV and for the increase of these lesions in some cats...
Assuntos
Animais , Gatos , Gatos/imunologia , Gatos/virologia , Injúria Renal Aguda/veterinária , Rim/anatomia & histologia , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida Felina/induzido quimicamente , Glomerulonefrite/veterinária , Nefropatias/veterináriaRESUMO
No Brasil existem poucos estudos sobre a ocorrência da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV), assim como a determinação dos subtipos circulantes, o que é indispensável para o desenvolvimento de vacinas e novos testes diagnósticos. O presente trabalho investigou a ocorrência da infecção pelo FIV entre os anos de 2010 e 2011 em gatos domésticos submetidos a atendimento clínico na cidade de Pelotas e região. Amostras de sangue total de 70 animais, incluindo suspeitos (28) ou não suspeitos (42) da infecção pelo FIV, foram submetidas à reação de PCR nested. Os resultados indicaram uma frequência de infecção de 15,7% (11/70) e a análise dos fatores associados (sexo, idade e condição clínica) evidenciou uma maior ocorrência em gatos com idade superior a 10 anos e acometidos por infecções crônicas e recidivantes. Oito amostras positivas na PCR nested foram submetidas a sequenciamento genômico e somente o subtipo B foi detectado na região estudada.(AU)
In Brazil there are few studies on the occurrence of the feline immunodeficiency virus (FIV) infection and its subtypes, which are essential for the development of vaccines and new diagnostic tests. The present study investigated the occurrence of the FIV infection between 2010 and 2011 in domestic cats submitted to medical attendance in the city of Pelotas and nearby area. Total blood samples of seventy cats, suspected (28) or not (42) of infection by FIV were analyzed by nested PCR in order to perform a diagnosis. The results pointed to a FIV infection frequency of 15.7% (11/70) and the analysis of the risk factors related to infection (sex, age and clinical condition) evidenced a greater occurrence in cats up to 10 years of age with chronic and recurrent infections. Eight samples found positive by nested PCR were submitted to DNA sequencing indicating that only the subtype B was detected in the studied region.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Reação em Cadeia da Polimerase , Animais Domésticos , Vacinas/farmacologia , Gatos/classificaçãoRESUMO
No Brasil existem poucos estudos sobre a ocorrência da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV), assim como a determinação dos subtipos circulantes, o que é indispensável para o desenvolvimento de vacinas e novos testes diagnósticos. O presente trabalho investigou a ocorrência da infecção pelo FIV entre os anos de 2010 e 2011 em gatos domésticos submetidos a atendimento clínico na cidade de Pelotas e região. Amostras de sangue total de 70 animais, incluindo suspeitos (28) ou não suspeitos (42) da infecção pelo FIV, foram submetidas à reação de PCR nested. Os resultados indicaram uma frequência de infecção de 15,7% (11/70) e a análise dos fatores associados (sexo, idade e condição clínica) evidenciou uma maior ocorrência em gatos com idade superior a 10 anos e acometidos por infecções crônicas e recidivantes. Oito amostras positivas na PCR nested foram submetidas a sequenciamento genômico e somente o subtipo B foi detectado na região estudada.
In Brazil there are few studies on the occurrence of the feline immunodeficiency virus (FIV) infection and its subtypes, which are essential for the development of vaccines and new diagnostic tests. The present study investigated the occurrence of the FIV infection between 2010 and 2011 in domestic cats submitted to medical attendance in the city of Pelotas and nearby area. Total blood samples of seventy cats, suspected (28) or not (42) of infection by FIV were analyzed by nested PCR in order to perform a diagnosis. The results pointed to a FIV infection frequency of 15.7% (11/70) and the analysis of the risk factors related to infection (sex, age and clinical condition) evidenced a greater occurrence in cats up to 10 years of age with chronic and recurrent infections. Eight samples found positive by nested PCR were submitted to DNA sequencing indicating that only the subtype B was detected in the studied region.
Assuntos
Animais , Gatos , Animais Domésticos , Reação em Cadeia da Polimerase , Vacinas/farmacologia , Gatos/classificaçãoRESUMO
A infecção dos felinos pelo Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) resulta no desenvolvimento da síndrome de imunodeficiência dos felinos. Gengivite, perda de peso, linfadenomegalia generalizada, anemia, insuficiência renal crônica, complicações neurológicas, diarréia crônica e infecções bacterianas são encontradas frequentemente. A fase aguda da infecção pode ser assintomática, retardando o estabelecimento do diagnóstico e a implantação de medidas profiláticas para restringir o contágio e a transmissão do agente aos felinos suscetíveis. Com a finalidade de estudar as características clínicas da fase aguda da infecção, dez felinos jovens, sem definição racial, com oito meses de idade foram inoculados por via endovenosa com 1mL de sangue venoso de um gato portador do FIV subtipo B. A confirmação da infecção foi obtida através de teste sorológico em quatro e oito semanas pós-inoculação (p.i.) e por nested-PCR. Foram realizados hemogramas semanais, exame ultrassonográfico do abdômen quinzenais e exame oftalmológico mensal, durante doze semanas p.i. Discreta tendência a linfopenia na segunda semana p.i. e a neutropenia entre a quinta e sétima semana p.i., febre intermitente em alguns gatos, linfadenomegalia e hepato-esplenomegalia entre a quarta e a 12ª semana p.i. foram as alterações clínicas observadas. Apenas um gato apresentou uveíte unilateral direita. A fase aguda da infecção transcorreu com alterações clínicas inespecíficas. A linfadenomegalia e a hepato-esplenomegalia observadas no decorrer da infecção, refletindo hiperplasia linfóide, sugerem a necessidade de se realizar o teste sorológico para o FIV, em todos os gatos que se apresentarem com essas alterações, o que permitirá o diagnóstico precoce da infecção e a adoção de medidas profiláticas no sentido de minimizar a propagação da infecção.
As a result of FIV infection of cats, feline immunodeficiency syndrome might be seen in the latter phase of infection. Gengivitis, weight loss, spread enlargement lymph nodes, anemia, chronic renal failure, neurological disturbances, chronic diarrhea, and oportunistic bacterial infections are commonly found. The acute phase of the infection might be unnoticed, making the diagnosis difficult and delaying the adoption of profilatic measures, in order to reduce FIV transmission for other susceptible cats. Aiming to study the clinical characteristics of the acute phase of FIV infection, ten young eight month old cats mixed breed were succesfully inoculated by intravenous route with one mL of blood obtained from one FIV-B positive cat. The infection was confirmed by ELISA test four and eight weeks p.i and nested-PCR. CBC counting, abdominal ultrasonography and ophtalmologic exams were done weekly, fortnightly and monthly during twelve weeks p.i. Mild tendency to lymphopenia at second week and neutropenia between fifth and seventh weeks p.i., fever in a few cats and lymph nodes, spleen and hepatic enlargements were the main clinical alterations found. The latters became evident starting on fourth week and remained throughout the twelve weeks observation period. Only one cat showed unilateral rigt uveitis. The acute phase of FIV infection elapsed with inespecific clinical manifestations. Lymph node, hepatic and spleen enlargements seen, though, suggest the needs for indication of tests for the diagnosis of FIV infection in all cats presenting those signs, thus allowing early diagnosis of FIV infection and the adoption of prophylatic measures.
Assuntos
Animais , Gatos/classificação , Vírus da Imunodeficiência Felina/patogenicidade , Infecções/microbiologia , UltrassonografiaRESUMO
A infecção dos felinos pelo Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) resulta no desenvolvimento da síndrome de imunodeficiência dos felinos. Gengivite, perda de peso, linfadenomegalia generalizada, anemia, insuficiência renal crônica, complicações neurológicas, diarréia crônica e infecções bacterianas são encontradas frequentemente. A fase aguda da infecção pode ser assintomática, retardando o estabelecimento do diagnóstico e a implantação de medidas profiláticas para restringir o contágio e a transmissão do agente aos felinos suscetíveis. Com a finalidade de estudar as características clínicas da fase aguda da infecção, dez felinos jovens, sem definição racial, com oito meses de idade foram inoculados por via endovenosa com 1mL de sangue venoso de um gato portador do FIV subtipo B. A confirmação da infecção foi obtida através de teste sorológico em quatro e oito semanas pós-inoculação (p.i.) e por nested-PCR. Foram realizados hemogramas semanais, exame ultrassonográfico do abdômen quinzenais e exame oftalmológico mensal, durante doze semanas p.i. Discreta tendência a linfopenia na segunda semana p.i. e a neutropenia entre a quinta e sétima semana p.i., febre intermitente em alguns gatos, linfadenomegalia e hepato-esplenomegalia entre a quarta e a 12ª semana p.i. foram as alterações clínicas observadas. Apenas um gato apresentou uveíte unilateral direita. A fase aguda da infecção transcorreu com alterações clínicas inespecíficas. A linfadenomegalia e a hepato-esplenomegalia observadas no decorrer da infecção, refletindo hiperplasia linfóide, sugerem a necessidade de se realizar o teste sorológico para o FIV, em todos os gatos que se apresentarem com essas alterações, o que permitirá o diagnóstico precoce da infecção e a adoção de medidas profiláticas no sentido de minimizar a propagação da infecção.(AU)
As a result of FIV infection of cats, feline immunodeficiency syndrome might be seen in the latter phase of infection. Gengivitis, weight loss, spread enlargement lymph nodes, anemia, chronic renal failure, neurological disturbances, chronic diarrhea, and oportunistic bacterial infections are commonly found. The acute phase of the infection might be unnoticed, making the diagnosis difficult and delaying the adoption of profilatic measures, in order to reduce FIV transmission for other susceptible cats. Aiming to study the clinical characteristics of the acute phase of FIV infection, ten young eight month old cats mixed breed were succesfully inoculated by intravenous route with one mL of blood obtained from one FIV-B positive cat. The infection was confirmed by ELISA test four and eight weeks p.i and nested-PCR. CBC counting, abdominal ultrasonography and ophtalmologic exams were done weekly, fortnightly and monthly during twelve weeks p.i. Mild tendency to lymphopenia at second week and neutropenia between fifth and seventh weeks p.i., fever in a few cats and lymph nodes, spleen and hepatic enlargements were the main clinical alterations found. The latters became evident starting on fourth week and remained throughout the twelve weeks observation period. Only one cat showed unilateral rigt uveitis. The acute phase of FIV infection elapsed with inespecific clinical manifestations. Lymph node, hepatic and spleen enlargements seen, though, suggest the needs for indication of tests for the diagnosis of FIV infection in all cats presenting those signs, thus allowing early diagnosis of FIV infection and the adoption of prophylatic measures.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos/classificação , Vírus da Imunodeficiência Felina/patogenicidade , Infecções/microbiologia , UltrassonografiaRESUMO
Feline Immunodeficiency Virus is a worldwide infection and is considered a significant pathogen. The diagnosis of FIV infections is mainly based on commercially available rapid tests that are highly expensive in Brazil, hence it is rarely performed in the country. Furthermore, lentiviruses grow slowly and poorly in tissue cultures, making the production of viral antigen by classic means and thus the establishment of FIV immunodiagnosis impracticable. In order to deal with this, recombinant DNA techniques were adopted to produce the protein p24, a viral capsid antigen. The protein's reactivity evaluation analyzed by Western blot indicated that this recombinant antigen can be a useful tool for the immunodiagnostic of FIV infections.(AU)
O vírus da imunodeficiência felina tem distribuição mundial e é considerado um patógeno significativo. No Brasil, a prática diagnóstica é baseada principalmente em teste rápidos, importados e de custo elevado, disponíveis comercialmente. Devido ao seu custo proibitivo em nosso país, o diagnóstico da infecção pelo FIV é raramente realizado. Ademais, os lentivírus se multiplicam lenta e pobremente em cultura de células, o que torna a produção de antígeno por meios clássicos e o estabelecimento do imunodiagnóstico impraticável. Com o objetivo de lidar com esta questão, técnicas de DNA recombinante foram utilizadas para produção de um antígeno do capsídeo viral, a proteína p24. A avaliação da reatividade realizada por Western blot indicou que este antígeno recombinante pode ser útil para o imunodiagnóstico de infecções pelo FIV.(AU)
Assuntos
Vírus da Imunodeficiência Felina , Isopropiltiogalactosídeo/administração & dosagem , Isopropiltiogalactosídeo/biossíntese , Lentivirus , CapsídeoRESUMO
Feline Immunodeficiency Virus is a worldwide infection and is considered a significant pathogen. The diagnosis of FIV infections is mainly based on commercially available rapid tests that are highly expensive in Brazil, hence it is rarely performed in the country. Furthermore, lentiviruses grow slowly and poorly in tissue cultures, making the production of viral antigen by classic means and thus the establishment of FIV immunodiagnosis impracticable. In order to deal with this, recombinant DNA techniques were adopted to produce the protein p24, a viral capsid antigen. The protein's reactivity evaluation analyzed by Western blot indicated that this recombinant antigen can be a useful tool for the immunodiagnostic of FIV infections.
O vírus da imunodeficiência felina tem distribuição mundial e é considerado um patógeno significativo. No Brasil, a prática diagnóstica é baseada principalmente em teste rápidos, importados e de custo elevado, disponíveis comercialmente. Devido ao seu custo proibitivo em nosso país, o diagnóstico da infecção pelo FIV é raramente realizado. Ademais, os lentivírus se multiplicam lenta e pobremente em cultura de células, o que torna a produção de antígeno por meios clássicos e o estabelecimento do imunodiagnóstico impraticável. Com o objetivo de lidar com esta questão, técnicas de DNA recombinante foram utilizadas para produção de um antígeno do capsídeo viral, a proteína p24. A avaliação da reatividade realizada por Western blot indicou que este antígeno recombinante pode ser útil para o imunodiagnóstico de infecções pelo FIV.
Assuntos
Isopropiltiogalactosídeo/administração & dosagem , Isopropiltiogalactosídeo/biossíntese , Vírus da Imunodeficiência Felina , Capsídeo , LentivirusRESUMO
The occurrence of feline immunodeficiency virus (FIV) in Brazil has been previously described. This study aimed to investigate the frequency of FIV infection in 454 blood samples from healthy and sick domestic cats from 13 cities of São Paulo State, Brazil as well as to evaluate the risk factors associated with the infection. The results showed that 14.7 percent (67/454) of the cats were infected with FIV. The clinical evaluation showed that 29.2 percent of the FIV-positive animals were sick, while 7.3 percent did not show any type of clinical manifestation. In addition, the vast majority (23.1 percent) of positive cases corresponded to free-roaming owned cats. The incidence of FIV infection was higher in males (20.3 percent) than in females (9.7 percent). The results suggest that certain characteristics such as gender, health status and lifestyle may be associated with the risk of being infected with FIV in the population of cats studied.
No Brasil, a ocorrência da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) já foi descrita. Neste estudo, objetivou-se investigar a freqüência da infecção pelo FIV em 454 amostras de sangue de gatos domésticos doentes e sadios, oriundos de 13 cidades do Estado de São Paulo, assim como avaliar os fatores de risco associados à infecção pelo FIV. Os resultados demonstraram que 14,7 por cento (67/454) dos gatos estavam infectados pelo FIV. A avaliação clínica dos animais investigados mostrou que 29,2 por cento dos animais soropositivos para FIV estavam doentes, enquanto 7,3 por cento não apresentavam nenhuma manifestação clínica. Além disso, a vasta maioria dos animais positivos (23,1 por cento) vivia em residências e tinha livre acesso à rua. A incidência da infecção pelo FIV foi maior nos gatos machos (20,3 por cento) do que nas fêmeas (9,7 por cento). Os resultados sugerem que certas características como sexo, estilo de vida e estado de saúde podem estar associadas ao risco de contrair a infecção pelo FIV na população de gatos estudada.
Assuntos
Animais , Gatos , Vírus da Imunodeficiência Felina , Infecções por Lentivirus/epidemiologia , Infecções por Lentivirus/veterináriaRESUMO
The occurrence of feline immunodeficiency virus (FIV) in Brazil has been previously described. This study aimed to investigate the frequency of FIV infection in 454 blood samples from healthy and sick domestic cats from 13 cities of São Paulo State, Brazil as well as to evaluate the risk factors associated with the infection. The results showed that 14.7% (67/454) of the cats were infected with FIV. The clinical evaluation showed that 29.2% of the FIV-positive animals were sick, while 7.3% did not show any type of clinical manifestation. In addition, the vast majority (23.1%) of positive cases corresponded to free-roaming owned cats. The incidence of FIV infection was higher in males (20.3%) than in females (9.7%). The results suggest that certain characteristics such as gender, health status and lifestyle may be associated with the risk of being infected with FIV in the population of cats studied.
No Brasil, a ocorrência da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) já foi descrita. Neste estudo, objetivou-se investigar a freqüência da infecção pelo FIV em 454 amostras de sangue de gatos domésticos doentes e sadios, oriundos de 13 cidades do Estado de São Paulo, assim como avaliar os fatores de risco associados à infecção pelo FIV. Os resultados demonstraram que 14,7% (67/454) dos gatos estavam infectados pelo FIV. A avaliação clínica dos animais investigados mostrou que 29,2% dos animais soropositivos para FIV estavam doentes, enquanto 7,3% não apresentavam nenhuma manifestação clínica. Além disso, a vasta maioria dos animais positivos (23,1%) vivia em residências e tinha livre acesso à rua. A incidência da infecção pelo FIV foi maior nos gatos machos (20,3%) do que nas fêmeas (9,7%). Os resultados sugerem que certas características como sexo, estilo de vida e estado de saúde podem estar associadas ao risco de contrair a infecção pelo FIV na população de gatos estudada.
RESUMO
The occurrence of feline immunodeficiency virus (FIV) in Brazil has been previously described. This study aimed to investigate the frequency of FIV infection in 454 blood samples from healthy and sick domestic cats from 13 cities of São Paulo State, Brazil as well as to evaluate the risk factors associated with the infection. The results showed that 14.7% (67/454) of the cats were infected with FIV. The clinical evaluation showed that 29.2% of the FIV-positive animals were sick, while 7.3% did not show any type of clinical manifestation. In addition, the vast majority (23.1%) of positive cases corresponded to free-roaming owned cats. The incidence of FIV infection was higher in males (20.3%) than in females (9.7%). The results suggest that certain characteristics such as gender, health status and lifestyle may be associated with the risk of being infected with FIV in the population of cats studied.
No Brasil, a ocorrência da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) já foi descrita. Neste estudo, objetivou-se investigar a freqüência da infecção pelo FIV em 454 amostras de sangue de gatos domésticos doentes e sadios, oriundos de 13 cidades do Estado de São Paulo, assim como avaliar os fatores de risco associados à infecção pelo FIV. Os resultados demonstraram que 14,7% (67/454) dos gatos estavam infectados pelo FIV. A avaliação clínica dos animais investigados mostrou que 29,2% dos animais soropositivos para FIV estavam doentes, enquanto 7,3% não apresentavam nenhuma manifestação clínica. Além disso, a vasta maioria dos animais positivos (23,1%) vivia em residências e tinha livre acesso à rua. A incidência da infecção pelo FIV foi maior nos gatos machos (20,3%) do que nas fêmeas (9,7%). Os resultados sugerem que certas características como sexo, estilo de vida e estado de saúde podem estar associadas ao risco de contrair a infecção pelo FIV na população de gatos estudada.
RESUMO
Investigou-se a ocorrência da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) e pelo vírus da leucemia felina (FeLV) em gatos domésticos, provenientes de dois abrigos, no município de Belo Horizonte. Amostras de sangue de 145 animais foram coletadas e testadas para detecção do FIV pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Destas amostras, 40 foram testadas para o antígeno p26 de FeLV por meio de ELISA. Observaram-se duas fêmeas (1,4 por cento) e quatro machos (2,8 por cento) positivos para FIV e nove fêmeas (22,5 por cento) e quatro machos (10,0 por cento) positivos para FeLV(AU)
The occurrence of the feline immunodeficiency virus (FIV) and feline leukemia virus (FeLV) was investigated in domestic cats from two shelters of Belo Horizonte. Samples from 145 cats were collected and tested for FIV by the polymerase chain reaction (PCR). Forty out of 145 samples were tested for FeLV p27 antigen by a commercial ELISA kit. Two females (1.4 percent) and four males (2.8 percent) were positive for FIV. For FeLV tests, 13 cats (32.5 percent) were positive, being nine females (22.5 percent) and four males (10.0 percent)(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Vírus da Imunodeficiência Felina/isolamento & purificação , Vírus da Leucemia Felina/isolamento & purificação , Reação em Cadeia da Polimerase/métodos , Ensaio de Imunoadsorção Enzimática/métodos , Gatos/sangue , Gatos/imunologiaRESUMO
Investigou-se a ocorrência da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) e pelo vírus da leucemia felina (FeLV) em gatos domésticos, provenientes de dois abrigos, no município de Belo Horizonte. Amostras de sangue de 145 animais foram coletadas e testadas para detecção do FIV pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Destas amostras, 40 foram testadas para o antígeno p26 de FeLV por meio de ELISA. Observaram-se duas fêmeas (1,4 por cento) e quatro machos (2,8 por cento) positivos para FIV e nove fêmeas (22,5 por cento) e quatro machos (10,0 por cento) positivos para FeLV
The occurrence of the feline immunodeficiency virus (FIV) and feline leukemia virus (FeLV) was investigated in domestic cats from two shelters of Belo Horizonte. Samples from 145 cats were collected and tested for FIV by the polymerase chain reaction (PCR). Forty out of 145 samples were tested for FeLV p27 antigen by a commercial ELISA kit. Two females (1.4 percent) and four males (2.8 percent) were positive for FIV. For FeLV tests, 13 cats (32.5 percent) were positive, being nine females (22.5 percent) and four males (10.0 percent)
Assuntos
Animais , Gatos , Ensaio de Imunoadsorção Enzimática , Gatos/imunologia , Gatos/sangue , Reação em Cadeia da Polimerase/métodos , Vírus da Imunodeficiência Felina/isolamento & purificação , Vírus da Leucemia Felina/isolamento & purificaçãoRESUMO
Feline immunodeficiency virus (FIV) infection is known as a lifelong infection of cats. The acute phase corresponds to the period of viral replication in the host organism, followed by a period of lower replication when the animal is asymptomatic. Some years later, at the final stage, an immunodeficiency syndrome subsides. Hypergammaglobulinemia or a polyclonal gammapathy might be seen in some, but not all affected cats, mainly in the chronic phase of infection. This is thought to be due to a disturbance of cytokines production as a result of T CD4 + cells infection. Nonetheless, little is known regarding serum protein, specifically, gammaglobulin concentration in the early phase of FIV infection. Aiming at clarifing this, serum protein concentrations were determined before and 4, 8 and 12 months after FIV infection of ten domestic short-haired, male or female, 7 months old cats (group I). Ten cats of same age were maintained as controls (group II). All cats were FIV-naive cats, as confirmed by ELISA test. After infection, both, ELISA and PCR became positive only for the cats belonging to the group I. Serum protein concentration was measured by biuret method and protein fractions were obtained by electrophoresis on cellulose acetate strips. An increase in the gammaglobulin concentration (2.01 ± 0.27g/dL, P 0.0001) could be observed 4 months p.i. in the group I. Twelve months after infection, no differences could be found on protein concentrations between both groups of cats.
A infecção pelo vírus da imunodeficiência dos felinos (VIF) apresenta um curso prolongado, caracterizado por uma fase aguda, em que ocorre a replicação viral no organismo hospedeiro, seguida de um período de menor replicação, no qual o animal é praticamente assintomático. Anos depois, no estádio final da infecção, desenvolve-se a síndrome da imunodeficiência dos felinos. Alguns animais infectados podem desenvolver hipergamaglobulinemia do tipo policlonal, principalmente na fase crônica ou final da infecção. Este fato tem sido atribuído a um distúrbio na produção de citocinas, causado pela infecção viral de linfócitos T CD4+. Não obstante, pouco se sabe a respeito das concentrações de proteínas séricas, especificamente gamaglobulinas, na fase aguda da infecção pelo VIF. Objetivando esclarecer isto, procedeu-se à determinação das proteínas séricas de dez felinos, SRD de ambos os sexos, infectados aos 7 meses de idade com o VIF (clade B), antes da infecção e 4, 8 e 12 meses após. A infecção pelo VIF foi confirmada pela soroconversão, com a presença de anticorpos específicos, pesquisados por meio da técnica de imunoadsorção enzimática (ELISA) e pela demonstração de material genético do vírus (PCR). Outros dez felinos VIF-, da mesma faixa etária foram mantidos como controle. Previamente à infecção experimental, todos os felinos eram negativos ao VIF, fato comprovado pela ausência de anticorpos específicos. A proteína sérica total foi determinada pelo método do buireto e as frações protéicas foram obtidas por eletroforese em tiras de acetato de celulose lidas por densitometria. Verificou-se aumento de gamaglobulinas (2,01 ±0,27g dL-1, P 0,0001) quatro meses após a infecção nos animais infectados. Doze meses após a infecção, não foram observadas diferenças nas concentrações das frações protéicas entre os felinos infectados e os controles.