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Rio de Janeiro; s.n; s.n; 2016. 25 p. tab., graf..
Tese em Português | Coleciona SUS | ID: biblio-1100138

RESUMO

O câncer de esôfago é a oitava neoplasia mais freqüente no mundo. Corresponde à sexta causa de óbito por câncer em homens e à 9ª causa em mulheres, e tem apresentado melhora discreta em sobrevida nas últimas décadas devido ao diagnóstico tardio na maioria dos casos. O manejo da doença localmente avançada é tema controverso e estes pacientes constituem um grupo heterogêneo. Para os candidatos à cirurgia, o tratamento trimodal, combinando quimioterapia (Carboplatina e Paclitaxel) e radioterapia (com dose de 41.4Gy) seguidas de cirurgia, apresenta resultados superiores em termos de sobrevida global. No caso de pacientes com doença irressecável ou não candidatos à cirurgia, a combinação de quimioterapia com Cisplatina + 5-Fluoracil e radioterapia com dose de 50.4Gy é considerada como tratamento de escolha. Recentemente, alguns estudos retrospectivos têm demonstrado a eficácia de tratamento definitivo com quimiorradioterapia usando Carboplatina e Paclitaxel, associado à melhor perfil de toxicidade. Foi realizado estudo observacional, retrospectivo, com análise de pacientes com neoplasia de esôfago (escamoso e adenocarcinoma) com doença localmente avançada submetidos a tratamento com quimioterapia neoadjuvante com Carboplatina (AUC2) + Paclitaxel (50mg/m2) semanais e radioterapia. Todos os pacientes foram tratados no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013, com um follow-up de 4 anos (até janeiro/2016). Dados clínicos e patológicos foram revisados. Foram avaliados 46 pacientes, em maioria homens (78%), com ECOG/PS igual a 0 ou 1 (80%) e idade mediana de 62 anos (45-76 anos). O subtipo histológico mais comum foi carcinoma escamoso (83%) e 61% apresentavam estadiamento clínico T3N0. Aproximadamente 70% dos pacientes receberam 5 ou mais ciclos de quimioterapia e 89% fizeram radioterapia com doses entre 45Gy e 50.4Gy. Apenas 4 pacientes foram submetidos à tratamento combinado com quimiorradioterapia seguida de cirurgia, e destes, 50% apresentaram resposta patológica completa. O tempo médio entre término de quimioterapia e cirurgia foi de 4,5 meses (IC 1.5-7.5). As principais complicações grau 3 foram anemia (2%) e fadiga (13%). Não foram registradas toxicidades grau 4 ou óbitos associados ao tratamento. A sobrevida global mediana foi de 13,4 meses (IC 95%, 7.69 a 19.25) e sobrevida livre de doença foi de 9,5 meses (IC 95% 8.15 a 10.9). Concluímos, portanto, que o tratamento definitivo de quimiorradioterapia com Carbotaxol e radioterapia de 50.4Gy pode ser uma opção para pacientes com doença localmente avançada que não sejam candidatos cirúrgicos, uma vez que este regime foi associado com baixo perfil de toxicidade e controle locorregional durável, apresentando resultados comparáveis a estudos retrospectivos prévios na literatura. Porém, a observação de taxa tão reduzida de cirurgia neste período ressalta a necessidade de discussão do tratamento em equipe multidisciplinar. Uma pré-seleção e programação de tratamentos mais rigorosos são fundamentais para assegurar a intervenção cirúrgica destes pacientes na instituição após o tratamento combinado.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Neoplasias Esofágicas/tratamento farmacológico , Neoplasias Esofágicas/radioterapia , Terapêutica/métodos , Assistência ao Convalescente , Toxicidade/efeitos adversos , Quimiorradioterapia
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