RESUMO
This article aims to examine the internationalization actions of Brazilian Postgraduate Programs. Data were used from the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES) and the Ministry of Education (MEC), which perform an evaluation of postgraduate courses every three years. Recently, the period was changed to four years. The data reported in the Indicators Booklet of productions of each program, selected according to 8 criteria, allowed the grouping of activities. The comments made on the Evaluation Form were then examined. This showed that internationalization actions are varied and are overwhelmingly present in the Brazilian programs (n= 49). It was verified that the evaluation valorizes production in international publications, often to the detriment of the various actions that effectively contribute to internationalization. It was concluded that, despite publication in international media being a relevant indicator, it does not definitively indicate participation in international knowledge production. The demand, on behalf of students and researchers, for the qualification that is provided in the country would be the most accurate indicator of internationalization. No courses, in the period examined, accommodated non-Portuguese speakers. Despite the efforts already made toward effective internationalization, there remains the important and urgent step: to make the National Postgraduate System a reference point in the international community. (AU)
Este artigo teve como objetivo examinar as ações de internacionalização dos Programas de Pós-graduação brasileiros. Utilizou dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Ministério da Educação (MEC), que trienalmente realiza a Avaliação dos cursos. Recentemente, a avaliação passou a ser quadrienal. Valeu-se dos dados declarados no Caderno de Indicadores de produções de cada Programa, que, selecionados de acordo com 8 critérios, permitiram o agrupamento das atividades. Em seguida, examinou os comentários realizados pela Ficha de Avaliação. Mostrou que ações de internacionalização são variadas e estão maciçamente presentes nos Programas brasileiros (n=49). Observou que a Avaliação privilegia a produção em publicações estrangeiras, quase sempre em detrimento das diversas ações que contribuem efetivamente para a internacionalização. Concluiu que, apesar da publicação em veículos internacionais ser um indicador relevante, não aponta em definitivo para a participação na produção internacional de conhecimento. A procura, por parte de alunos e pesquisadores, pela formação que é dada no país seria o indicador mais preciso de internacionalização. Nenhum curso, no período examinado, ofertava cursos que pudessem ser acompanhados por não falantes do português. Apesar dos esforços já realizados em direção a uma efetiva internacionalização, resta o importante e urgente passo: tornar a pós-graduação nacional um ponto de referência na comunidade internacional. (AU)