RESUMO
Background We examined the influence of companionship and the use of complementary therapies on adverse outcomes in parturients under regional analgesia. Methods This study is a single-center retrospective cohort of 986 term pregnant women, and it was based on data from medical records (hospitalization period: November 2012-November 2018). The women were in the active phase of labor under regional analgesia. A statistical program was used to search for an association between companionship and the use of complementary therapies with sample data. Bi- and multivariate logistic regressions based on significant associations were used to analyze the potential intervening variables in the adverse outcomes. Results Models were constructed for each of the maternal adverse outcomes. Childbirth complications were significantly associated with complementary therapies [adjusted odds ratio (AOR) = 0.42; 95% confidence interval (CI) = 0.28-0.63; P < 0.001] and companionship (AOR = 0.36; 95% CI = 0.22-0.57; P < 0.001). Prolonged maternal hospitalization was significantly associated with companionship (AOR = 0.57; 95% CI = 0.36-0.92; P < 0.05). Unplanned cesarean section showed a significant association with complementary therapies (AOR = 0.05; 95% CI = 0.01-0.47; P < 0.01). Conclusion The likelihood of childbirth complications and prolonged maternal hospitalization is reduced by companionship, whereas the likelihood of childbirth complications and cesarean section rates is reduced by the use of complementary therapies.
Assuntos
Terapias Complementares , Parto Obstétrico , Amigos/psicologia , Complicações do Trabalho de Parto , Adulto , Anestesia por Condução/métodos , Anestesia por Condução/estatística & dados numéricos , Anestesia Obstétrica/métodos , Anestesia Obstétrica/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Cesárea/métodos , Cesárea/estatística & dados numéricos , Terapias Complementares/métodos , Terapias Complementares/psicologia , Terapias Complementares/estatística & dados numéricos , Parto Obstétrico/métodos , Parto Obstétrico/estatística & dados numéricos , Feminino , Humanos , Tempo de Internação/estatística & dados numéricos , Complicações do Trabalho de Parto/prevenção & controle , Complicações do Trabalho de Parto/psicologia , Complicações do Trabalho de Parto/terapia , Avaliação de Processos e Resultados em Cuidados de Saúde , Gravidez , Saúde da MulherRESUMO
Evidências científicas apontam o excesso de intervenções prejudiciais na atenção às mulheres durante o parto, causando desconforto e dor. O uso de métodos não invasivos e não farmacológicos para alívio da dor do parto implica na participação efetiva da equipe de enfermagem. Objetivo geral: transformar o cuidado de enfermagem às mulheres durante o parto, por meio da utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor. Objetivos específicos: sensibilizar profissionais de enfermagem para o cuidado à mulher com dor do parto; analisar a percepção das profissionais de enfermagem sobre o parto; descrever o conhecimento sobre o cuidado às mulheres por meio do uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor e construir coletivamente uma proposta de estratégias para a utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor do parto. Metodologia: estudo descritivo de natureza qualitativa utilizando a abordagem da pesquisa-ação participativa em saúde. Participaram do estudo 18 profissionais de enfermagem de um hospital na Bahia. Os dados foram organizados no software Atlas.ti, categorizados e analisados. Resultados: As participantes percebem o parto normal como experiência positiva; a dor do parto foi descrita como intensa, porém naturalizada; conhecem métodos não farmacológicos de alívio da dor e o definem como um cuidado qualificado. Bola, cavalinho, massagem, banho, deambulação, musicoterapia e aromaterapia foram os métodos mais citados e também utilizados pelas participantes. As dificuldades para realização do cuidado são insuficiência de pessoal; ambiente inadequado; despreparo de profissionais e de acompanhantes; e dificuldade na interação da equipe. As estratégias desenvolvidas foram: oficina de capacitação para o uso dos métodos não farmacológicos de alívio da dor, alocação de espaço destinado ao uso dos métodos pelas mulheres em trabalho de parto, elaboração e divulgação local de tecnologias educativas sobre estes métodos. Ao final da pesquisa, verificamos que o total de mulheres atendidas que utilizaram métodos não farmacológicos para alívio da dor dobrou, em relação à média dos seis meses anteriores, passando de 10% para 23%. Conclusão: A experiência evidencia a importância da utilização da abordagem participativa como mediadora de transformações nas práticas de cuidado em saúde, tanto do ponto de vista da melhoria da qualidade do cuidado prestado às mulheres, como na criação e fortalecimento de vínculos entre as profissionais. A pesquisa possibilitou, ainda, aprofundamento da integração ensino-serviço e maior inserção social do Programa de Pós-graduação em Enfermagem.(AU)
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Terapias Complementares , Enfermagem Materno-Infantil , Dor do Parto/enfermagem , Saúde Materna , Enfermagem Obstétrica , Manejo da DorRESUMO
Evidências científicas apontam o excesso de intervenções prejudiciais na atenção às mulheres durante o parto, causando desconforto e dor. O uso de métodos não invasivos e não farmacológicos para alívio da dor do parto implica na participação efetiva da equipe de enfermagem. Objetivo geral: transformar o cuidado de enfermagem às mulheres durante o parto, por meio da utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor. Objetivos específicos: sensibilizar profissionais de enfermagem para o cuidado à mulher com dor do parto; analisar a percepção das profissionais de enfermagem sobre o parto; descrever o conhecimento sobre o cuidado às mulheres por meio do uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor e construir coletivamente uma proposta de estratégias para a utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor do parto. Metodologia: estudo descritivo de natureza qualitativa utilizando a abordagem da pesquisa-ação participativa em saúde. Participaram do estudo 18 profissionais de enfermagem de um hospital na Bahia. Os dados foram organizados no software Atlas.ti, categorizados e analisados. Resultados: As participantes percebem o parto normal como experiência positiva; a dor do parto foi descrita como intensa, porém naturalizada; conhecem métodos não farmacológicos de alívio da dor e o definem como um cuidado qualificado. Bola, cavalinho, massagem, banho, deambulação, musicoterapia e aromaterapia foram os métodos mais citados e também utilizados pelas participantes. As dificuldades para realização do cuidado são insuficiência de pessoal; ambiente inadequado; despreparo de profissionais e de acompanhantes; e dificuldade na interação da equipe. As estratégias desenvolvidas foram: oficina de capacitação para o uso dos métodos não farmacológicos de alívio da dor, alocação de espaço destinado ao uso dos métodos pelas mulheres em trabalho de parto, elaboração e divulgação local de tecnologias educativas sobre estes métodos. Ao final da pesquisa, verificamos que o total de mulheres atendidas que utilizaram métodos não farmacológicos para alívio da dor dobrou, em relação à média dos seis meses anteriores, passando de 10% para 23%. Conclusão: A experiência evidencia a importância da utilização da abordagem participativa como mediadora de transformações nas práticas de cuidado em saúde, tanto do ponto de vista da melhoria da qualidade do cuidado prestado às mulheres, como na criação e fortalecimento de vínculos entre as profissionais. A pesquisa possibilitou, ainda, aprofundamento da integração ensino-serviço e maior inserção social do Programa de Pós-graduação em Enfermagem.