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Saúde Soc ; 32(4): e230423pt, 2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1530403

RESUMO

Resumo Este artigo foi originalmente publicado em 1981. Ele discute questões éticas e metodológicas envolvidas no trabalho de campo com pessoas da mesma sociedade da antropóloga, mas de grupos subalternos, indagando: o que legitima os métodos científicos de investigação da vida dos outros, fazendo com que pareçam aceitáveis, ao invés de questionáveis? O estudo baseia-se na análise de Foucault sobre regimes de saber-poder nas ciências sociais, para entender o que molda diferentes metodologias de pesquisa e as práticas da autora. Considera que a pesquisa de campo é estruturada no contexto de um regime de produção de conhecimento científico que legitima relações de poder nas quais um pede para saber tudo e o outro se sente obrigado a dizer a verdade que, no entanto, só quem pergunta será capaz de revelar. O artigo argumenta que o que é apresentado como verdade ou em entrevistas ou no texto da análise é produto de uma certa relação, marcada por diferenças de poder e desigualdade social. Além disso, sugere que a relação de trabalho de campo é produtiva: o que é dito não existia antes para ser revelado, mas foi construído nessa relação desigual. Assim, a interpretação de dados de campo sempre tem que considerar as condições de sua produção.


Abstract This article was originally published in 1981. It addresses ethical and methodological questions involved in fieldwork among people from the anthropologist's own society, but from a subaltern social group. It asks: What does legitimate the scientific methods of investigating other people's lives, making them appear as acceptable instead of as object of resistance? It uses Foucault's analysis of social sciences' regimes of power-truth to understand what frames different methodologies of research and the author's practices. It considers that field research is structured in the context of a certain regime of production of scientific knowledge that legitimates relationships of power in which one asks to know everything and the others feel obliged to tell the truth that, however, only the questioner will be able to reveal. The article argues that what is presented as truth either in interviews or in the text of the analyst is the product of a certain relationship shaped by power imbalances and social inequality. Moreover, it suggests that the field relationship is productive: What is said did not exist before ready to be revealed, but was constructed in this uneven relationship. Therefore, the interpretation of field data must always consider the conditions of its production.


Assuntos
Métodos , Inquéritos e Questionários , Ética
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