Intersetorialidade e saúde nas políticas estaduais de segurança pública e de prevenção à violência no Brasil / Intersectorality and health in state public security and violence prevention policies in Brazil

Resumo O presente estudo tem como objetivo compreender de que forma os Planos Estaduais de Segurança Pública (PSP) incorporam a perspectiva da prevenção da violência e da intersetorialidade, com especial atenção para o papel do setor Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo que utilizou as técnicas de análise documental e de conteúdo, tendo como material empírico os PSP implementados ou em fase de formulação. Foram identificados 14 PSP. Todos os planos incorporam as concepções de prevenção da violência, intersetorialidade e participação do setor saúde. A concepção de prevenção da violência decorre do conceito de segurança cidadã, mas ações específicas de prevenção são mencionadas de forma genérica. A incorporação da intersetorialidade é heterogênea e insuficiente, na medida em que a participação dos setores na fase de planejamento não é a regra. A participação do setor saúde nem sempre é ativa, ou seja, desde a fase de planejamento das ações, as quais, na maioria das vezes, são pontuais e assistenciais. O setor saúde assume, ainda, um papel secundário, sem que suas experiências e potencialidades sejam reconhecidas. Concepções de prevenção da violência, intersetorialidade e participação do setor saúde, estão presentes nos planos de forma incipiente. Ressalta-se a importância de novos estudos.

Abstract The scope of this study is to understand how State Public Security Plans (PSP) incorporate the perspective of violence prevention and intersectorality, with special attention to the role of the health sector. It is a qualitative study that used the techniques of document and content analysis, having the PSP either implemented or in the formulation stage as empirical material. A total of 14 PSP were identified. All plans incorporate the concepts of violence prevention, intersectorality and participation of the health sector. The concept of violence prevention stems from the concept of citizen security, but specific prevention actions are mentioned in a generic way. The incorporation of intersectorality is heterogeneous and insufficient, to the extent that the participation of sectors in the planning phase is not the rule. The participation of the health sector is not always active, that is, from the planning phase of the actions, which, most of the time, are timely and care-based. The health sector also assumes a secondary role, without its experience and potential being recognized. Conceptions of violence prevention, intersectorality and participation of the health sector are present in the plans in an incipient way. The importance of new studies is emphasized.

Conhecimentos e práticas de gerentes e profissionais da ESF na prevenção das violências com adolescentes / Know-how and techniques of Family Health Strategy managers and professionals in the prevention of violence against adolescents

Resumo Este estudo objetivou identificar fatores potencializadores das ações da Estratégia Saúde da Família (ESF) no enfrentamento das violências contra adolescentes. A amostra foi aleatória de 61 equipes da ESF de três municípios. Utilizou-se questionários tabulados pelo programa EpiINFO 7.0, com análises bivariadas: qui-quadrado, Fisher e "árvore de classificação", para análise das experiências nessa temática e das seguintes questões - vínculo, tempo de formado, capacitação, conhecimento de políticas públicas, entre outras. Há o reconhecimento da vulnerabilidade dos adolescentes às violências, porém apenas duas equipes possuem experiências de prevenção com continuidade. Predomina a opinião de que tais atividades não competem à ESF. O estudo identifica variáveis interdependentes que aumentam a probabilidade da prevenção das violências e a promoção de cultura de paz entre adolescentes.

Abstract The scope of this study was to identify empowering factors for the actions of the Family Health Strategy (FHS) in coping with violence among adolescents. The sample was random from 61 teams of the Family Health Strategy of three municipalities. Questionnaires tabulated by EpiINFO 7.0, with bivariate analyses were used. Chi-square, Fisher and the "classification tree" were then used to analyze the experiences in this theme and the following issues: bonding, time since training completed, qualification, knowledge of public policies among others. There is acknowledgement of adolescents' vulnerability to violence, however, only two teams have ongoing prevention experiences. The prevailing opinion is that such activities are not the responsibility of the FHS. The study identifies interdependent variables that increase the likelihood of preventing violence and the promoting of a culture of peace among adolescents.

[Ride out domestic isolation and quarantine]. / Häusliche Isolation und Quarantäne gut überstehen.

The novel coronavirus SARS-CoV­2 and the disease caused by it with the official name coronavirus disease 2019 (COVID-19) is forcing the implementation of drastic measures worldwide, which are aimed at containing the massive spread. The measures include domestic isolation of the population as far as possible. Domestic isolation and quarantine are, however, exceptional situations, which most people have not yet experienced. These set measures can have an effect on the psyche and be very debilitating for those affected. Clear behavioral measures and mental strategies, which have been scientifically researched and established in psychology, help to overcome this exceptional situation.

Pesquisa-ação e práticas restaurativas para a prevenção da violência escolar: percepções dos professores / Action research and restorative practices for the prevention of school violence: teachers' perceptions

A violência escolar é um fenômeno complexo, dinâmico e multicausal, que envolve estudantes, professores, famílias e comunidade, como protagonistas e/ou vítimas da violência. Entende-se que a escola não é a única responsável pela produção da violência. No entanto, dependendo da maneira como a instituição lida com os problemas e conflitos instalados nesse contexto pode gerar as situações de violência escolar. Trata-se de um fenômeno que também tem suas raízes em questões de ordem sociais e econômicas, exigindo, programas de prevenção multidimensionais, com ações intersetoriais. A justiça restaurativa é uma estratégia para o enfrentamento da violência escolar, utilizada em diversos ambientes regidos pelas interações sociais, pois possibilita maneiras de resolução de conflitos no ambiente escolar. Esse estudo qualitativo, em que foi utilizado o método da pesquisa-ação, teve como objetivo compreender as percepções dos professores de uma escola pública da rede estadual de educação básica de Ribeirão Preto/SP sobre violência escolar, e desenvolver uma ação educativa para sua prevenção. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola, que está inserida em um complexo contexto socioeconômico e cultural, com histórico de violência e dificuldades na condução do processo de ensino-aprendizagem. Participaram dessa pesquisa 10 professores do ensino fundamental e do ensino médio. Como instrumento de coleta de dados, optou-se pela observação participante, grupo focal e questionário. Os dados coletados, foram submetidos à análise temática indutiva e apresentados em duas etapas: momento investigativo e momento educativo. Reconheceu-se dificuldades e problemas prevalentes no ambiente escolar, experiências de violência escolar entre professores e estudantes e as estratégias que eles utilizavam para a prevenção da violência escolar. A partir dos problemas identificados foi realizado o Círculo de Cultura, como ação educativa. Essa ação foi elaborada baseada no modelo dialógico de Paulo Freire, que permitiu abordar a compreensão dos professores sobre os conceitos de conflitos e de violência escolar, promovendo reflexões sobre as habilidades direcionadas à gestão construtiva de conflitos e prevenção da violência escolar. Discute-se com base nestes resultados qualitativos a relevância do desenvolvimento de ações intersetoriais, visando a implementação de mecanismos de enfrentamento da violência escolar. Entende-se que não existe um recurso simplista para a prevenção da violência escolar, pois cada sociedade possui características e conflitos próprios, sendo necessária uma investigação ampla para saber qual seria a melhor atuação em determinada realidade escolar, na perspectiva de uma abordagem global com implicações na estrutura escolar. Mas é importante destacar o papel da escola no ensino/aprendizagem da transformação positiva do conflito, possibilitando a aprendizagem de formas de resolução não-violentas e, consequentemente, contribuindo para a melhoria das relações humanas

A violência escolar é um fenômeno complexo, dinâmico e multicausal, que envolve estudantes, professores, famílias e comunidade, como protagonistas e/ou vítimas da violência. Entende-se que a escola não é a única responsável pela produção da violência. No entanto, dependendo da maneira como a instituição lida com os problemas e conflitos instalados nesse contexto pode gerar as situações de violência escolar. Trata-se de um fenômeno que também tem suas raízes em questões de ordem sociais e econômicas, exigindo, programas de prevenção multidimensionais, com ações intersetoriais. A justiça restaurativa é uma estratégia para o enfrentamento da violência escolar, utilizada em diversos ambientes regidos pelas interações sociais, pois possibilita maneiras de resolução de conflitos no ambiente escolar. Esse estudo qualitativo, em que foi utilizado o método da pesquisa-ação, teve como objetivo compreender as percepções dos professores de uma escola pública da rede estadual de educação básica de Ribeirão Preto/SP sobre violência escolar, e desenvolver uma ação educativa para sua prevenção. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola, que está inserida em um complexo contexto socioeconômico e cultural, com histórico de violência e dificuldades na condução do processo de ensino-aprendizagem. Participaram dessa pesquisa 10 professores do ensino fundamental e do ensino médio. Como instrumento de coleta de dados, optou-se pela observação participante, grupo focal e questionário. Os dados coletados, foram submetidos à análise temática indutiva e apresentados em duas etapas: momento investigativo e momento educativo. Reconheceu-se dificuldades e problemas prevalentes no ambiente escolar, experiências de violência escolar entre professores e estudantes e as estratégias que eles utilizavam para a prevenção da violência escolar. A partir dos problemas identificados foi realizado o Círculo de Cultura, como ação educativa. Essa ação foi elaborada baseada no modelo dialógico de Paulo Freire, que permitiu abordar a compreensão dos professores sobre os conceitos de conflitos e de violência escolar, promovendo reflexões sobre as habilidades direcionadas à gestão construtiva de conflitos e prevenção da violência escolar. Discute-se com base nestes resultados qualitativos a relevância do desenvolvimento de ações intersetoriais, visando a implementação de mecanismos de enfrentamento da violência escolar. Entende-se que não existe um recurso simplista para a prevenção da violência escolar, pois cada sociedade possui características e conflitos próprios, sendo necessária uma investigação ampla para saber qual seria a melhor atuação em determinada realidade escolar, na perspectiva de uma abordagem global com implicações na estrutura escolar. Mas é importante destacar o papel da escola no ensino/aprendizagem da transformação positiva do conflito, possibilitando a aprendizagem de formas de resolução não-violentas e, consequentemente, contribuindo para a melhoria das relações humanas

Violence against physicians and nurses in a hospital: How does it happen? A mixed-methods study.

BACKGROUND: Violence against medical personnel is unexpected in hospitals which are devoted to healing, and yet, it is frequent and of concern in the health system. Little is known about the factors that lead to hospital violence, and even less is known about the interactions among these factors. The aim of the study was to identify and describe the perceptions of staff and patients regarding the factors that lead to violence on the part of patients and those accompanying them. METHODS: A mixed-methods study in a large, general, university tertiary hospital. A self-administered survey yielding 678 completed questionnaires, comprising 34% nurses and 66% physicians (93% response rate). Eighteen in-depth interviews were conducted separately with both victims and perpetrators of violent episodes, and four focus-groups (N = 20) were undertaken separately with physicians, staff nurses, head-nurses, and security personnel. RESULTS: Violence erupts as a result of interacting factors encompassing staff behavior, patient behavior, hospital setting, professional roles, and waiting times. Patients and staff reported similar perceptions and emotions regarding the episodes of violence in which they were involved. Of 4,047 statements elicited in the staff survey regarding the eruption of violence, 39% referred to staff behavior; 26 % to patient/visitor behavior; 17% to organizational conditions, and 10% to waiting times. In addition, 35% of the staff respondents reported that their own behavior contributed to the creation of the most severe violent episode in which they were involved, and 48% stated that staff behavior contributed to violent episodes. Half of the reasons stated by physicians and nurses for violence eruption were related to patient dissatisfaction with the quality of service, the degree of staff professionalism, or an unacceptable comment of a staff member. In addition, data from the focus groups pointed to lack of understanding of the hospital system on the part of patients, together with poor communication between patients and providers and expectations gaps. CONCLUSIONS: Our various and triangulated data sources show that staff and patients share conditions of overload, pressure, fatigue, and frustration. Staff also expressed lack of coping tools to prevent violence. Self-conscious awareness regarding potential interacting factors can be used to develop interventions aimed at prevention of and better coping with hospital violence for both health systems' users and providers.

How did the Good School Toolkit reduce the risk of past week physical violence from teachers to students? Qualitative findings on pathways of change in schools in Luwero, Uganda.

Violence against children is a serious violation of children's rights with significant impacts on current and future health and well-being. The Good School Toolkit (GST) is designed to prevent violence against children in primary schools through changing schools' operational cultures. Conducted in the Luwero District in Uganda between 2012 and 2014, findings from previous research indicate that the Toolkit reduced the odds of past week physical violence from school staff (OR = 0.40, 95%CI 0.26-0.64, p < 0.001), corresponding to a 42% reduction in risk of past week physical violence. This nested qualitative study involved 133 interviews with students, teachers, school administration, and parents, and two focus group discussion with teachers. Interviews were conducted using semi-structured tools and analysed using thematic analysis complemented by constant comparison and deviant case analysis techniques. Within a context of normative acceptance of corporal punishment this qualitative paper reports suggestive pathways related to teacher-student relationships through which reductions in violence operated. First, improved student-teacher relationships resulted in improved student voice and less fear of teachers. Second, the intervention helped schools to clarify and encourage desired behaviour amongst students through rewards and praise. Third, many teachers valued positive discipline and alternative discipline methods, including peer-to-peer discipline, as important pathways to reduced use of violence. These shifts were reflected in changes in the views, use, and context of beating. Although the GST is effective for reducing physical violence from teachers to students, violence persisted, though at significantly reduced levels, in all schools with reductions varying across schools and individuals. Much of the success of the Toolkit derives from the support it provides for fostering better student-teacher relationships and alternative discipline options. Such innovation could usefully be incorporated in teacher training syllabi to equip teachers with knowledge and skills to maintain discipline without the use of fear or physical punishment.

[Violence against elderly people. Recognize--Sensitize--Act!]. / Gewalt gegen alte Menschen. Erkennen--Sensibilisieren--Handeln!

Elder abuse is--especially in view of the demographic development--a topic that is still neglected socially and in health policy, but also in terms of scientific research. There are different definitions of violence and these can be difficult to formulate, depending on the field. In gerontology, a rather broad frame is usually used to describe the phenomenon of violence. Its shapes are multilayered and diverse (e.g., physical, psychological, restriction of freedom, neglect, financial exploitation, and structural and cultural). In principle, any act of violence is also a breach of the law. Violence can occur in public places and in family and institutional settings (e.g., hospital and outpatient and inpatient care for the elderly). The statistical occurence in family settings is around 25% and in institutional settings between 11 and 24%. Acts of violence are usually an expression of helplessness, shame, overwork, poor support and lack of knowledge of alternatives. Often there is a pathological relationship, in which the roles of "perpetrators" and "victims" can change. Acts of violence have massive consequences for those affected. Preventative measures to reduce violence have various points of departure (e.g., company, region, institution, professional). So far, there are hardly any points of contact and professional assistance for elderly victims.

Challenges of Bystander Intervention in Male-Dominated Professional Sport: Lessons From the Australian Football League.

Programs aimed at preventing violence against women have increasingly adopted bystander approaches, yet large gaps remain in our knowledge about what drives bystanders to act or not, particularly in settings where there is an increased risk of violence against women occurring. This article contributes to this gap by examining data from research with professional male athletes from the Australian Football League. Drawing from a mixed methods approach, including a survey and interviews with football players, we outline some of the challenges to bystander intervention faced by professional athletes and discuss some of the possible similarities and differences between these and other groups of men.

[Violence prevention in childhood and adolescence--a brief overview]. / Gewaltprävention im Kindes- und Jugendalter im Kurzüberblick.

Aggressive and violent behaviour in children and adolescents can be associated with physical and psychological health effects continuing into adulthood. Early programs for violence prevention in childhood and adolescence are intended to prevent or reduce aggressive behaviour in order to decrease the risk for short- and long-term developmental impairments. In a literature review, research findings on prevalence, typical courses of development, and predictors of violent behavior in childhood are first summarized and compared with findings on the frequency, developmental course, and consequences of youth violence. International and German programs for violence prevention in children and adolescents are presented in the context of various settings (family, school, community), target groups (primary vs. secondary prevention) as well as target variables (universal vs. specific). Empirical findings on efficacy testing of violence prevention programs are described and discussed. The presented findings stress the relevance and potential of services for violence prevention for children and adolescents, but also demonstrate the challenges and gaps.

What is the potential for interventions designed to prevent violence against women to reduce children's exposure to violence? Findings from the SASA! study, Kampala, Uganda.

Intimate partner violence (IPV) and child maltreatment often co-occur in households and lead to negative outcomes for children. This article explores the extent to which SASA!, an intervention to prevent violence against women, impacted children's exposure to violence. Between 2007 and 2012 a cluster randomized controlled trial was conducted in Kampala, Uganda. An adjusted cluster-level intention to treat analysis, compares secondary outcomes in intervention and control communities at follow-up. Under the qualitative evaluation, 82 in-depth interviews were audio recorded at follow-up, transcribed verbatim, and analyzed using thematic analysis complemented by constant comparative methods. This mixed-methods article draws mainly on the qualitative data. The findings suggest that SASA! impacted on children's experience of violence in three main ways. First, quantitative data suggest that children's exposure to IPV was reduced. We estimate that reductions in IPV combined with reduced witnessing by children when IPV did occur, led to a 64% reduction in prevalence of children witnessing IPV in their home (aRR 0.36, 95% CI 0.06-2.20). Second, among couples who experienced reduced IPV, qualitative data suggests parenting and discipline practices sometimes also changed-improving parent-child relationships and for a few parents, resulting in the complete rejection of corporal punishment as a disciplinary method. Third, some participants reported intervening to prevent violence against children. The findings suggest that interventions to prevent IPV may also impact on children's exposure to violence, and improve parent-child relationships. They also point to potential synergies for violence prevention, an area meriting further exploration.

Revisão sistemática da produção acadêmica brasileira sobre causas externas e violências contra a pessoa idosa / Systematic review of the Brazilian academic production about external causes and violence against the elderly

Apresenta-se revisão sistemática sobre violência contra a pessoa idosa no período de 2000 a 2009. A base de dados para a pesquisa é o acervo de artigos, livros, capítulos de livros, manuais e planos de ação da Biblioteca Virtual em Violência e Saúde. Foram categorizados e analisados 115 documentos segundo os subtemas: quedas; causas externas e violência em geral; estudos epidemiológicos e socioepidemiológicos; prevenção da violência; violência e acidentes no contexto familiar; revisão conceitual e metodológica; ordem legal e denúncias; violência sob o olhar de quem a vivencia; serviços de saúde, profissionais e cuidadores; e construção e revalidação de instrumentos de pesquisa. Os resultados mostram relevante aumento da produção e aprimoramento metodológico nas áreas de saúde pública, serviço social, direito, fisioterapia, enfermagem, psicologia, otorrinolaringologia e na formulação de políticas e planos de ação. No entanto, há temas pouco aprofundados como acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, afogamentos e sufocações.

This article presents a review about violence against the elderly, covering the period of 2000 to 2009. The database used in this research was the collection of articles, books, book chapters, manuals and plans of action of the Virtual Library on Violence and Health. We analyzed 115 documents divided into the following categories: falls; external causes and violence in general; epidemiological and socio-epidemiological studies; prevention of violence; violence and accidents in the family; conceptual and methodological review; legal order and denunciation; violence from the elderly's point of view; health services, professionals and caretakers; and construction and validation of research instruments. The results show a relevant increase in production and methodological improvement in public health, social work, law, physiotherapy, nursing, psychology and otorhinolaryngology. However, there are issues that have not been sufficiently approached such as traffic accidents, homicides, suicides, drowning and suffocation.