RESUMO
Na prática clínica, o banho de leito faz parte dos procedimentos de rotina realizados em todo o ambiente hospitalar. Acredita-se que durante a sua realização ocorram modificações clínicas dos pacientes submetidos. Identificar a influência do banho de leito nos sinais vitais e parâmetros ventilatórios nos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva adulto. Métodos: Estudo observacional, realizado nas Unidades de Terapia Intensiva Adulto de um hospital geral e um hospital especializado em trauma de Porto Alegre. A coleta ocorreu de fevereiro a novembro de 2012, para pacientes em vigência de ventilação mecânica invasiva e/ou medicação vasoativa e/ou sedativa. Resultados: Foram incluídos 53 pacientes com idade de ± 20 anos, sendo 55% mulheres. Todos submetidos a ventilação mecânica invasiva. 26% utilizavam medicação vasoativa e 47% usavam medicação sedativa contínua. A pressão arterial média dos pacientes foi de 93±20 mmHg, sendo a pressão arterial sistólica de 131±26mmHg. A frequência cardíaca dos mesmos foi de 98±17bpm, tendo estes apresentado uma diminuição da mesma uma hora após o banho p<0,05. A Frequência respiratória destes foi de 21±6mpm, apresentando um aumento significativo da FR durante do banho, p<0,05. A temperatura foi de 36,7±0,8ºC, apresentando redução significativa da temperatura quando comparado o início para todos os demais momentos, p<0,005. A Saturação periférica de O2 foi de 98±3%, com queda durante o banho p<0,005. Durante a manipulação dos pacientes no procedimento banho de leito foram observadas alterações dos parâmetros hemodinâmicos, apresentando importância clínica com diminuição da temperatura e saturação periférica de O2 e aumento da frequência respiratória. Ao verificar uma hora após o procedimento identificou-se queda significativa da frequência cardíaca e da temperatura