RESUMO
Introdução: A sedimentação do Programa de Stewardship de Antimicrobianos (ATMs), além de reduzir a indução da resistência bacteriana, assegura maior segurança aos pacientes. Este estudo teve por objetivo descrever o perfil de sensibilidade do Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase negativo (S. CON) nas unidades de internação adulta do hospital para instrumentalizar as equipes e realizar o gerenciamento de ATMs. Métodos: Este estudo retrospectivo foi realizado através de busca em prontuário eletrônico de culturas laboratoriais com S. aureus e S. CON, independentemente do foco, dos anos de 2017, 2018 e 2019, das unidades de internação adultas não críticas e UTI adulto. Para análise, foi realizado o cálculo de coeficiente de sensibilidade absoluto e de médias. As variáveis qualitativas foram apresentadas em relação ao agente etiológico, antibiótico e local de isolamento, com posterior identificação de variabilidade e possibilidades terapêuticas disponíveis. Resultados: Apesar de ocorrer similaridade na distribuição das cepas de Staphylococcus spp. nos locais analisados do hospital, observou-se divergência entre os perfis de sensibilidade do S. aureus e S. CON. Existe superioridade no perfil de sensibilidade do S. aureus em comparação com o S. CON em relação a todos ATMs. A sensibilidade do S. aureus à oxacilina, ainda, possibilita tratamento com ß-lactâmicos; entretanto, a escolha de outras classes de ATMs torna-se necessária em casos de infecções complexas e graves. Conclusão: A análise periódica do perfil de sensibilidade aos ATMs é uma estratégia a ser alcançada para um eficaz programa de gerenciamento de ATMs, com fundamentação de protocolos e melhor assistência dos pacientes.
Introduction: The sedimentation of the antimicrobial stewardship program (ASP) reduces the induction of bacterial resistance and ensures greater patient safety. This study aimed to describe the sensitivity profile of Staphylococcus aureus and negative-coagulase Staphylococcus (CoNS) in adult inpatient units of the hospital to instrumentalize the teams and perform ASP management. Methods: This retrospective study was conducted by searching electronic medical records for laboratory cultures with S. aureus and CoNS, regardless of the focus, from 2017, 2018, and 2019, from the adult non-critical inpatient units and adult ICU. For the analysis, the study calculated the absolute sensitivity coefficient and means. Qualitative variables were related to the etiologic agent, antibiotic, and isolation site, with subsequent identification of variability and available therapeutic possibilities. Results: Although similarity occurred in the distribution of Staphylococcus spp. strains in the analyzed hospital sites, divergence was observed between the sensitivity profiles of S. aureus and CoNS. There is superiority in the sensitivity profile of S. aureus over CoNS concerning all ASP. The sensitivity of S. aureus to oxacillin still allows treatment with ß-lactams. However, the choice of other classes of ASP becomes necessary in cases of complex and severe infections. Conclusion: Periodic analysis of the ASP sensitivity profile is a strategy to achieve an effective ASP management program to support protocols and better patient care.