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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(2): e00134222, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421029

RESUMO

Este estudo teve como objetivos avaliar a viabilidade de aplicação do método de estimativa da incidência de câncer nas regiões do Estado de São Paulo, Brasil, a partir de dados reais (ou seja, não estimados), e comparar, retrospectivamente, os resultados obtidos com as estimativas oficiais. Utilizou-se método baseado na mortalidade e nas razões de incidência e mortalidade (I/M), segundo sexo, idade e localização do tumor. No numerador da I/M, utilizaram-se casos novos de câncer dos registros populacionais de Jaú e São Paulo de 2006 a 2010; no denominador estão os óbitos de 2006 a 2010 nas respectivas áreas, extraídos do sistema de mortalidade nacional. As estimativas resultaram da multiplicação das I/M pelo número de óbitos por câncer em 2010 em cada região. Dados populacionais do Censo Demográfico de 2010 foram usados para o cálculo de taxas de incidência. Para o ajuste por idade, utilizou-se a população padrão mundial. Calculamos diferenças relativas entre as taxas brutas de incidência estimadas neste estudo e as oficiais. As taxas de incidência de câncer ajustadas por idade foram de 260,9/100 mil em homens e de 216,6/100 mil em mulheres. O câncer de próstata foi o mais incidente no sexo masculino, e no feminino o câncer de mama. As diferenças entre as taxas deste estudo e as oficiais foram de 3,3% e 1,5% em cada sexo. A incidência estimada mostrou-se compatível com o perfil estadual apresentado oficialmente, indicando que a aplicação de dados reais não alterou o perfil de morbidade, mas indicou a magnitudes de riscos distintos. Apesar da super representatividade do registro de câncer de maior cobertura populacional, o método selecionado mostrou-se viável para apontar diferentes padrões intraestaduais.


This study aims to evaluate the feasibility of applying a method of estimating the incidence of cancer to regions of the state of São Paulo, Brazil, from real data (not estimated) and retrospectively comparing the results obtained with the official estimates. A method based on mortality and on the incidence to mortality (I/M) ration was used according to sex, age, and tumor location. In the I/M numerator, new cases of cancer were used from the population records of Jaú and São Paulo from 2006-2010; in the denominator, deaths from 2006-2010 in the respective areas, extracted from the national mortality system. The estimates resulted from the multiplication of I/M by the number of cancer deaths in 2010 for each region. Population data from the 2010 Demographic Census were used to estimate incidence rates. For the adjustment by age, the world standard population was used. We calculated the relative differences between the gross incidence rates estimated in this study and the official ones. Age-adjusted cancer incidence rates were 260.9/100,000 for men and 216.6/100,000 for women. Prostate cancer was the most common in males, whereas breast cancer was most common in females. Differences between the rates of this study and the official rates were 3.3% and 1.5% for each sex. The estimated incidence was compatible with the officially presented state profile, indicating that the application of real data did not alter the morbidity profile, while it did indicate different risk magnitudes. Despite the over-representativeness of the cancer registry with greater population coverage, the selected method proved feasible to point out different patterns within the state.


Este estudio tuvo por objetivo evaluar la viabilidad de aplicar un método para estimar la incidencia de cáncer en las regiones del estado de São Paulo, Brasil, a partir de datos reales (no estimados) y comparar retrospectivamente los resultados obtenidos con las estimaciones oficiales. Se aplicó un método que se basa en la mortalidad y las razones de incidencia y mortalidad (I/M) según sexo, edad y localización del tumor. En el numerador de la I/M se pusieron los casos nuevos de cáncer de los registros de población de Jaú y São Paulo entre 2006 y 2010; y en el denominador, las defunciones en 2006-2010 en las respectivas áreas, extraída la información del sistema nacional de mortalidad. Las estimaciones provienen de multiplicar las I/M por el número de muertes por cáncer en 2010 en cada región. Los datos poblacionales del Censo Demográfico de 2010 se utilizaron para calcular las tasas de incidencia. Para el ajuste por edad se utilizó la población estándar mundial. Se calcularon la diferencia relativa entre la tasa bruta de incidencia estimada en este estudio y la oficial. Las tasas de incidencia de cáncer ajustadas por edad fueron 260,9/100.000 en hombres y 216,6/100.000 en mujeres. El cáncer de próstata fue el más frecuente en varones, y el cáncer de mama en mujeres. Las diferencias entre las tasa de este estudio y la oficial fueron del 3,3% y el 1,5% para cada género. La incidencia estimada fue compatible con el perfil del estado presentado oficialmente, lo que indica que la aplicación de datos reales no modificó el perfil de morbilidad, pero apuntó magnitudes de riesgo diferentes. A pesar de la sobrerrepresentación del registro de cáncer con mayor cobertura poblacional, el método seleccionado demostró ser viable para identificar diferentes patrones entre estados.

2.
Acta bioquím. clín. latinoam ; Acta bioquím. clín. latinoam;48(1): 0-0, mar. 2014. tab
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: lil-734217

RESUMO

La Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) es un serio problema de salud. El objetivo de este estudio fue medir su incidencia y los factores de riesgo asociados en una cohorte de trabajadores hospitalarios de la ciudad de Posadas, Misiones, desde el año 2001 al 2012. Se reclutaron 391 empleados, 295 mujeres y 96 varones sin diabetes al inicio del periodo. Se realizaron encuestas personales, mediciones antropométricas, de presión arterial y extracciones sanguíneas para las determinaciones bioquímicas. La tasa de incidencia fue de 0,49 (IC: 0,28-0,78)/100 personas-año. Se utilizó el modelo de riesgos proporcionales de Cox, usando como variable dependiente la aparición de DM2. Las variables independientes fueron analizadas en forma individual y multivariada. En el análisis individual se observó edad (cuantitativa, años), Hazard Ratio (HR)=1,06 p:0,030; antecedentes familiares HR=2,00 p:0,159; Índice de masa corporal (IMC) (categorías obeso HR=20,77 p:0,004, sobrepeso HR=9,64 p:0,033, normal-categoría de referencia); síndrome metabólico HR=4,14 p:0,003; inactividad física HR=0,67 (p:0,402); tabaquismo HR=0,95 p:0,921) y glucemia en ayunas alterada HR=2,89, p:0,037. Por regresión múltiple únicamente el IMC permaneció asociado significativamente (HRsobrepeso=8,21, p:0,049, HRobeso=12,51 p:0,025). Estos hallazgos servirán de sustento a las autoridades de salud pública para fortalecer los programas de salud dirigidos hacia esta población.


Diabetes Mellitus type 2(DM2) is a serious health problem. The aim of this study was to measure Diabetes Mellitus type 2 incidence (DM2) and associ-ated risk factors in a cohort of hospital workers in Posadas city, Misiones, from 2001 to 2012. A total of 391 employees were recruited, 295 female, 96 male without diabetes at the beginning of the period. Personal quiz, anthropometric measures, blood pressure data, and blood sampling for biochemical determinations were performed. Incidence rate was 0.49 (IC: 0.28-0.78)/100 people/year; Cox proportional risk model was chosen, using DM2 appearance as dependent variable. The independent variables were analyzed individually and multivariate. In the individual analysis, age (quantitative, years) Hazard Ratio(HR)=1.06 p:0.030; family records HR=2.00 p:0.159; body mass in-dex-BMI (categories obesity HR=20.77 p:0.004, overweight HR=9.64 p:0.033, normal-category reference); metabolic syndrome HR= 4.14 p:0.003; physical activity HR=0.67 (p:0.402); smoking HR=0.95 p:0.921 and impaired fasting glycemia HR=2.89 p:0.037 were observed. Only BMI remained significantly associated by multiple regression (HRoverweight=8.21 p:0.049, HRobese=12.51 p:0.025). These fndings will be helpful to support public health authorities to strengthen health programs addressed to this population group.


A Diabetes Melito tipo 2(DM2) é um serio problema de saúde. O objetivo deste estudo foi medir a sua in-cidência e os fatores de risco associados, numa coorte de trabalhadores de hospital na cidade de Posadas, Misiones, desde 2001 até 2012. Foram recrutados 391 empregados, 295 do sexo feminino e 96 do sexo masculino sem diabetes no início do período. Foram feitas entrevistas pessoais, medições antropométricas, da pressão arterial e coleta de sangue para as determinações bioquímicas. A taxa de incidência foi de 0,49 (IC: 0,28-0,78)/100 pessoas-ano. O modelo dos riscos proporcionais de Cox foi o utilizado, tendo como vari-ável dependente o aparecimento de DM2. As variáveis independentes foram analisadas de forma individual e multivariada. Na análise individual observou-se idade (quantitativa, anos), Hazard Ratio (HR)=1,06 p:0,030; histórico familiar HR=2,00 p:0,159; índice de massa corporal (IMC) (categoria obeso HR=20,77 p:0,004, sobrepeso HR=9,64 p:0,033, normal-categoria de referencia); síndrome metabólica HR=4,14 p:0,003; ina-tividade física HR=0,67 (p:0,402); tabagismo HR=0,95 p:0,921 e glicemia em jejum alterada HR=2,89 p:0,037. Por regressão múltipla apenas o IMC se manteve associado significativamente (HR SOBREPESO=8,21 p:0,049, HR OBESO=12,51 p:0,025). Estes achados vão servir para apoiar as autoridades da saúde pública no fortalecimento dos programas de saúde encaminhados para esta população.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Diabetes Mellitus Tipo 2 , Pessoal de Saúde , Fatores de Risco , Incidência
3.
Rev. para. med ; 26(4)out.-dez. 2012. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-670714

RESUMO

Objetivo: este estudo objetivou o seguinte: 1) avaliar a taxa de incidência em mulheres comAIDS no Estado do Pará e no Brasil entre os anos de 1999 a 2009; 2) avaliar no Estado do Pará,se há relação da taxa de incidência com faixa etária, densidade e mobilidade demográfica.Método:1) avaliou-se a taxa de incidência em mulheres com AIDS no Estado do Pará duranteos anos de 1999 a 2009, comparando-as com as taxas brasileiras, de acordo com faixas etárias;2) correlacionou-se a taxa de incidência no Estado com a densidade demográfica, taxa demobilidade populacional e faixa etária. Resultados: as taxas de incidência no Pará forammenores que as do Brasil e revelaram tendência de crescimento ao longo doas anos, enquantoque as taxas de incidência no Brasil permaneceram estáveis durante os últimos sete anos. O picomodal da incidência no Pará foi entre 30 a 39 anos, menor do que o pico modal nacional (40 a49 anos). Além do mais, as taxas de incidência não se correlacionaram com a densidadedemográfica, porém correlacionaram-se com a mobilidade populacional. As mais elevadas taxasde incidência foram encontradas nas regiões Sudeste, Sudoeste e Baixo Amazonas,provavelmente, devido à maior taxa de mobilidade que estas regiões apresentam. Conclusão: asmulheres com faixas etárias mais avançadas são merecedoras em especial de campanhas deprevenção e diagnóstico de HIV/AIDS, visto que a taxa de incidência em mulheres nesta faixaetária tende ao crescimento ao longo dos anos


Objective: the present study aimed to i) evaluate the incidence rate of AIDS in women in theState of Pará and in Brazil in years 1999 to 2009, ii) evaluate in the State of Pará if theincidence rate is related to demographic density, mobility rate and age. Methodology: this studyi) evaluated the incidence rate of AIDS in women in the State of Pará in years 1999-2009,comparing it with the Brazilian rates, according to age; ii) correlated the incidence rate in Paráwith demographic density, mobility rate and age. Results: the incidence rates in Pará werelower than the Brazilian ones and showed a trend to increase with the time, while the Brazilianincidence rates remained stable over the last seven years. The modal peak of incidence in Paráwas between 30 and 39 years, lower than the national modal peak (40 to 49 years). Moreover,the incidence rates did not correlate with demographic density but correlated with populationalmobility. The highest incidence rates were observed in Southeast, Southwest and BaixoAmazonas Mesoregions, probably due to their higher populational mobility. Conclusion:advanced aged women deserve more intensive prevention programs and HIV/AIDS diagnostic,since the incidence rate in these women tends to increase over the years

4.
Rio de Janeiro; s.n; 2011. xii,69 p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-616671

RESUMO

Taxa e risco são conceitos epidemiológicos "tão básicos" que, muitas vezes, são utilizados sem o necessário rigor conceitual. O resultado é uma falta de precisão na terminologia empregada na literatura, o que culmina com incorretas interpretações dos resultados. De maneira geral, os modelos de Cox e Poisson são empregados em estudos de coorte, sendo que a medida de efeito estimada é a razão de hazard ou razo de taxas de incidência. Embora essas sejam as aplica~ções para as quais tais modelos foram desenvolvidos, alguns autores os utilizam para estimar razão de prevalência em estudos transversais e o risco relativo em estudos de coorte. Estetrabalho se propõe a apresentar conceitos epidemiológicos básicos como a denição de taxa e risco e suas medidas de efeito (razão de taxa e razão de risco/risco relativo).Também foram explorados os modelos estatísticos que podem ser usados para estimar essas medidas e em que condições tais modelos estão estimando uma ou outra medida de efeito específica. Para exemplificar essas situções, trabalharemos com dadosx reais provenientes de coorte de pacientes acompanhados no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Fiocruz e com dados simulados. Apresentaremos tamb em os comandos necess arios para a estimação desses modelos no programa estatístico R. Osresultados obtidos mostram que o uso dos modelos de Cox e Poisson são equivalentes quando o interesse é estimar o risco relativo. No entanto, quando o interesse está na estimação da razão da taxa de incidência , os dois modelos somente convergem para omesmo valor estimado quando a taxa de incidência puder ser considerada constante. Caso contrário, o modelo de Poisson estima a taxa de incidência média, enquanto que o modelo de Cox estima a taxa de incidência instantânea. Considerar um método robusto de ajuste de variância, ou usar o modelo quase-Poisson, foi essencial para construir intervalos de confianca mais adequados em situações onde as premissasfundamentais para aplicaçao dos modelos considerados não se mostraram válidas.


Assuntos
Humanos , Terapia Antirretroviral de Alta Atividade , Infecções por HIV , Infecções Oportunistas , Estudos de Coortes , Incidência , Modelos Lineares , Distribuição de Poisson , Análise de Sobrevida
5.
Cad. saúde pública ; Cad. Saúde Pública (Online);24(11): 2582-2592, nov. 2008. graf, mapas, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-496650

RESUMO

The objective of this article was to evaluate the epidemiology of cryptococcal meningitis in Rio de Janeiro State, Brazil, from 1994 to 2004. Six hundred and ninety-six cases of cryptococcal meningitis were reported, with a mean incidence of 0.45 per 100,000 inhabitants. Patients were predominantly male; mean age was 35.9 years; AIDS was practically the only underlying disease, reported in 61.2 percent of cases; case-fatality was 51.8 percent. No decline in incidence was observed during the study period. AIDS is the main predisposing condition for cryptococcal meningitis, and thus the profile of most patients mirrors that of HIV infection. Missing information prevented the evaluation of other underlying diseases.


Este artigo objetivou determinar o perfil epidemiológico da meningite criptocócica no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, no período de 1994 a 2004. Um total de 696 casos novos foi registrado, representando uma taxa de incidência média anual de 0,45 casos por 100 mil habitantes. Houve predominância do sexo masculino, a média de idade foi de 35,9 anos, a AIDS foi praticamente a única enfermidade preexistente registrada, estando presente em 61,2 por cento do total de pacientes, e a letalidade foi de 51,8 por cento. No período estudado, a taxa de incidência manteve-se estável. A AIDS ainda é a principal condição predisponente e, assim, o perfil da maioria dos pacientes acompanha o daqueles infectados pelo HIV. A avaliação de outras doenças preexistentes ficou prejudicada pela falta de informação.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Meningite Criptocócica/epidemiologia , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Brasil , Notificação de Doenças , Epidemiologia Descritiva , Incidência
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