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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2019. 169 f p. fig, tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1047585

RESUMO

As marcas deixadas pela violência causam dores que muitas vezes não parecem óbvias para quem as contam. Isso se deve particularmente ao trabalho do tempo (Das, 2007) que de alguma forma nos oportuniza recontar essas histórias com outras cores e intensidades. Esta tese busca adentrar as histórias de vida de oito mulheres transexuais a fim de contribuir à análise das violências às quais essas mulheres são submetidas, identificando a articulação das violências contra essa população com o processo de risco e vulnerabilidade social a que estão expostas. A partir do método de história de vida, buscou-se coletar informações sobre várias etapas de vida das participantes, da infância à vida adulta, e suas interações na família, na escola, no trabalho, nos relacionamentos amorosos, nos serviços assistenciais. Para isso, utilizou-se um roteiro de entrevista que produziu narrativas que foram gravadas, transcritas e analisadas. As análises dessas histórias foram propostas de duas formas: a primeira em que capturamos a história completa de quatro interlocutoras para em seguida tecermos interlocuções com as dores contadas por elas; a segunda onde cruzamos as falas das quatro narradoras, articulando um interminável espetáculo da violência. Autoras como Gail Mason (2002) e Rita Segato (2003) bem como o trabalho de vários pesquisadores subsidiaram as análises e contribuíram na ampliação desse debate sugerindo um olhar crítico para além de visões essencialistas sobre gênero e sexualidade. Sobre as interlocuções entre violência e dor, percebemos que a dor sentida no momento do evento, é recontada de forma diferente, chegando mesmo a não ser dor, e que às vezes é manobrada pelo silêncio e o esquecimento. As violências e as violações como um interminável espetáculo apontam que elas jamais deixarão de existir, mas a construção de estratégias de proteção e segurança pode auxiliar na redução do processo de vitimização das entrevistadas, fornecendo-lhes capacidades de enfrentamento e resistência mesmo em contextos sociais adversos


Assuntos
Humanos , Transexualidade , Violência , Brasil , Pesquisa Qualitativa , Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero
2.
BIS, Bol. Inst. Saúde (Impr.) ; 19(2): 86-97, Dez. 2018.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-ISPROD, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-ISACERVO | ID: biblio-1016648

RESUMO

O artigo traz a experiência acumulada pelo Ambulatório Transdisciplinar de identidade de Gênero e Orientação Sexual do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (AMTIGOS-IPq-HCFM/USP), que atualmente se volta para a atenção de crianças e adolescentes transexuais, com equipe multidisciplinar que inclui atenção familiar, psicológica e psiquiátrica, médica integral incluindo acompanhamento clínico e terapia hormonal , além orientação e realização da transexualização e a atenção ao longo período de espera da cirurgia. Apresenta como essa atenção em saúde vem contribuindo para o bem-estar e cidadania dessas pessoas e auxiliando seus familiares a integrá-los com suas necessidades específicas.


Assuntos
Humanos , Transexualidade , Adolescente , Saúde do Adolescente
3.
Texto & contexto enferm ; 26(3): e3710016, 2017. graf
Artigo em Espanhol | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-904263

RESUMO

RESUMEN Objetivo: examinar las experiencias vividas por los individuos auto-identificados como trans al accesar a los servicios de salud mental y, en particular, sus percepciones sobre las barreras de acceso. Método: este estudio cualitativo se realizó mediante el análisis interpretativo fenomenológico (IPA) y apoyado en la teoría Tanatopolítica de Giorgio Agamben. Se realizaron 11 entrevistas semiestructuradas entre diciembre de 2009 y enero de 2010. Resultados: en nuestro análisis, identificamos las siguientes principales barreras de acceso al sistema de salud: desempeño de los proveedores de servicios de salud y, la tanatopolítica de la invisibilización. A través de las experiencias analizadas, identificamos la existencia de un despotismo (psiquiátrico) panóptico liderado por instituciones sanitarias, proveedores de atención médica y políticas públicas. La psiquiatrización tanatopolítica y otras estrategias de invisibilización pasiva tienen un impacto acumulativo porque los trans-cuerpos no se cuentan o no se reconocen plenamente como individuos sanos con condiciones de salud específicas. Conclusión: los hallazgos muestran que si bien se han producido algunos avances en la materia, todavía quedan muchos desafíos por superar con relación a las barreras al acceso a los servicios de salud.


RESUMO Objetivo: examinar as experiências vivenciadas por parte de pessoas auto-identificadas como trans para acessar aos cuidados de saúde mental e, em particular, sua percepção de barreiras de acesso. Métodos: estudo qualitativo que utilizou a análise fenomenológica interpretativa (IPA) e a teoria Tanatopolítica de Giorgio Agamben como referencial teórico. Foram realizadas 11 entrevistas individuais e semi-estruturadas entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010. Resultados: em nossa análise, identificamos as seguintes principais barreiras em relação ao acesso aos sistemas de saúde: desempenho dos profissionais de saúde e; as politicas de invisibilização e apagamento. Através das experiências analisadas, identificamos a existência de um despotismo panóptico (psiquiátrico) liderado por instituições de saúde, prestadores de cuidados de saúde e políticas públicas. A psiquiatria tanatopolítica e outras estratégias de apagamento passivo têm um impacto cumulativo porque os trans-corpos não são contados nem reconhecidos como indivíduos saudáveis com condições de saúde específicas. Conclusão: os achados demostram que, embora tenha havido algum progresso com relação ao acesso aos serviços de saúde canadense, ainda existem inúmeros desafios para superar as barreiras de acesso.


ABSTRACT Objective: to examine the lived experiences of trans-identified individuals accessing mental health care, and in particular, their perceptions of barriers to access. Method: this qualitative study was conducted using interpretative phenomenological analysis and supported by Agamben's theory of Thanatopolitics. Eleven one-to-one, semi-structured interviews were conducted between December 2009 and January 2010. Results: in our analysis, we identified the following main barriers regarding access to the healthcare system: healthcare providers' performance; and thanatopolitics of erasure. Through the analyzed experiences, we identified the existence of a (psychiatric) panoptical despotism lead by healthcare institutions, healthcare providers and public policies. Thanatopolitical psychiatrization and other passive erasure strategies have a cumulative impact because trans-bodies are not counted or not recognized fully as healthy individuals with specific health conditions. Conclusion: the findings show that although there has been some progress, numerous challenges still remain in order to overcome the barriers to accessing healthcare services.


Assuntos
Humanos , Transexualidade , Saúde Pública , Pesquisa Qualitativa , Identidade de Gênero , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
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