RESUMO
Justificativa e objetivos: A embolização da artéria uterina é um procedimento que pode causar dor intensa. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da analgesia por via peridural em infusão ou bolo, associada a dipirona e cetoprofeno no tratamento da dor após embolização da artéria uterina. Método: Foram investigadas 26 pacientes ASA-I ou II submetidas a anestesia peridural. Após embolização as pacientes do G-1 receberam por via peridural, bolo de 5 ml de solução (bupivacaína 0,1% e fentanila 10 mg.mL-1) a cada 4 horas, e as do G-2 infusão de 2,5 mL.h-1 de solução (bupivacaína 0,1% e fentanila 5 mg.mL-1) por meio de bomba de infusão. Todas receberam cetoprofeno (100 mg/8 h IV), dipirona (1 g/4 horas IV) e dose complementar de solução analgésica peridural (bupivacaína a 0,1% e fentanila 10 mcg/mL) até 2 vezes/4 horas; havendo necessidade recebiam tramadol (100 mg) por via venosa. Durante 36 horas foram avaliados intensidade da dor através de escala analógica visual, quantidade de analgésico complementar e efeitos colaterais. Resultados: Foram excluídas duas pacientes, uma de cada grupo, por perda de cateter. As médias da intensidade da dor pela escala analógica visual foram nos momentos M4, M6, M8, M16, M20, M24, M28, M32 e M36, foram semelhantes com diferença em M10 e M12. Não houve diferença no número de complementações por via peridural e com tramadol. Ocorreram náusea, vômito, prurido e dificuldade para urinar. Conclusões: A eficácia de bolo ou infusão de solução (bupivacaína associada a fentanila) por via peridural, associada a dipirona e cetoprofeno por via venosa, foi semelhante para analgesia após embolização de artéria uterina para mioma.