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Rev. psicol. Plur ; 19(31): 103-138, jan.-jun. 2010.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-50214

RESUMO

A publicação do DSM-III em 1980 constitui uma virada incontestável no discurso da psiquiatria. Para aqueles que o conceberam, a psiquiatria poderia ser introduzida na ciência. O preço a se pagar por isso seria tentar eliminar a subjetividade tanto do paciente quanto do clínico. Assim, seria possível, enfim, usar uma língua comum que permitisse obter uma grande fidelidade diagnóstica entre aqueles que estabelecem as cotas (inter-cotateurs). O sucesso do DSM-III e do DSM-IV se apoia em suas afinidades com os ideais cientificistas e em sua apropriação por uma clínica do medicamento. Ao privilegiar sintomas-alvo privados de todo dinamismo, eles os relacionam implicitamente com os disfuncionamentos do corpo. Vinte anos depois da introdução dessa perspectiva apresentada como ateórica, sua principal justificativa, a fidelidade diagnóstica, é verificada como não fundamentada, a ponto de os problemas de validade diagnóstica permanecerem eludidos. Os DSMs entraram em uma lógica da infinitização dos transtornos mentais e a continuidade disso implica computadorizar a psiquiatria. Os DSMs produzem o empobrecimento das entrevistas clínicas, negligenciam a eventual reticência do paciente e geram ideais normativos implícitos. Mesmo entre seus promotores, alguns começam a perceber que eles constituem uma desvantagem para os avanços da pesquisa em psiquiatria(AU)

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