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Psicol. rev ; 30(1): 102-119, jun. 2021.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1395814

RESUMO

Este artigo, partindo de uma reflexão acerca da abordagem e das singularidades existentes na condução do manejo psicanalítico associado à neurose obsessiva, perscruta os impasses relacionados à questão propriamente nosográfica que permanece como elemento problemático em toda a clínica psicanalítica. A partir de uma retomada crítica das categorizações da neurose formuladas por Sigmund Freud, e retrabalhadas e expandidas nos trabalhos de Jacques Lacan, propõe-se aqui uma abordagem que tensione qualquer tentativa nosográfica dentro da clínica em transferência. De fato, o enfoque em categorias preestabelecidas que se colocam como anteriores ao encontro com o paciente aparece cada vez mais comum ao longo do espectro de abordagens do campo da Psicologia, que muitas vezes se coloca à frente da própria singularidade do sujeito em busca de tratamento. Assim, na interseção entre a técnica e a teoria, pretende-se aqui desenvolver a ideia de como um diagnóstico estrutural é capaz de reintegrar a ideia de uma neurose obsessiva que não se apresente como categoria estanque e apriorística, e sim que se complexifique dentro do horizonte da clínica em transferência.


This article, based on a reflection about the approach and singularities existing in the conduction of psychoanalytic management associated with obsessive neurosis, scrutinizes the deadlocks related to the properly nosographic issue that remains a problematic element throughout psychoanalytic clinic. Starting from a critical reappraisal of neurosis categorizations formulated by Sigmund Freud, which were reworked and expanded by Jacques Lacan, we propose an approach that brings tension to any nosographic attempt within the transference practice. As a matter of fact, the focus on pre-established categories set before the encounter with the patient appears increasingly common along the spectrum of approaches in the field of Psychology, which often puts itself ahead of the subject's uniqueness. Thus, at the intersection between practice and theory, we intend to develop the idea of ​​how a structural diagnosis is capable to reintegrate the idea of ​​an obsessional neurosis that does not present itself as a rigid category, but one that is complex within the horizon of the transference in clinical practice.


Desde el punto de vista de una reflexión sobre el enfoque y las singularidades existentes en relación al manejo psicoanalítico de la neurosis obsesiva, este artículo examina los inconvenientes relacionados al problema más específicamente nosográfico que sigue siendo un elemento problemático dentro de la práctica psicoanalítica en su totalidad. Partiendo de una reevaluación crítica de las categorizaciones de neurosis formuladas por Sigmund Freud, que fueron reelaboradas y ampliadas por Jacques Lacan, proponemos aquí un énfasis que trae tensión a cualquier intento nosográfico dentro de la práctica de transferencia. De hecho, el enfoque en categorías preestablecidas colocadas antes del encuentro con el paciente es cada vez más común en todo el espectro de enfoques dentro del campo de la psicología, que a menudo viene antes de la singularidad del sujeto que busca tratamiento. Por lo tanto, en la intersección entre técnica y teoría, el objetivo aquí es desarrollar la idea de cómo un diagnóstico estructural es capaz de reintegrar el concepto de una neurosis obsesiva que no se presenta como una categoría rígida y a priori, sino que se desarrolla de manera compleja en el horizonte de la práctica de transferencia.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Psicanálise/métodos , Transtornos Neuróticos/diagnóstico , Sujeitos da Pesquisa , Diagnóstico
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