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1.
Psicol. USP ; 27(3): 395-403, set.-dez. 2016. ilus
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-835136

RESUMO

Este trabalho propõe um olhar sobre a obra de Arthur Bispo do Rosario, que secundariza a patologia e prioriza o vivido. É frequente o cotejamento com Marcel Duchamp por conta da similaridade formal sustentada por algumas de suas obras. Mas a heterogeneidade dos percursos desafia a recepção a uma reflexão mais detida sobre suas respectivas experiências. Em Arthur Bispo do Rosario, a condição de recluso notadamente incorre em fortes restrições materiais e contextualiza a obra...


Cet article propose un regard sur le travail d’Arthur Bispo do Rosario, en mettant la pathologie dans un second plan et priorisant l’expérience vécue. La comparaison avec Marcel Duchamp est fréquente en raison de la similitude formelle entre certaines de leurs œuvres. Mais l’hétérogénéité des leurs chemins défie la réception à une réflexion plus déténue sur leurs respectives expériences. Chez Arthur Bispo do Rosario, sa condition de reclus notamment entraîne de fortes restrictions matérielles et contextualise son ouvrage...


En este trabajo se propone a reflejar sobre la obra de Arthur Bispo do Rosario, dejando en segundo plano la patología y priorizando lo vivido. Es frecuente la comparación de su produción con la de Marcel Duchamp, debido a la similitud formal con base en algunas de sus obras. Sin embargo, la heterogeneidad de los caminos por ellos vividos desafía la interpretación a una reflexión más contenida sobre sus respectivas experiencias. En Arthur Bispo do Rosario, su condición de recluso notadablemente incurre en fuertes restricciones materiales y contextualiza su obra. En su inventivo e inusitado proyecto funda mucho menos una estética basada en la fealdad, y mucho más -por su fuerza de verdad- lo bello artístico no como ley formal y plástica, pero como resultado, éxito de una experiencia estética que se convierte en una experiencia artística...


This article proposes a perspective on Arthur Bispo do Rosario’s work that assigns a secondary role to the pathology and prioritizes his experience. The comparison with Marcel Duchamp is usually made due to the formal similarity among their works of art. However, the heterogeneity of their trajectories challenges the audience to reflect carefully about the experiences of each one. In Arthur Bispo do Rosario, his status as an inmate clearly entails heavy constraints of the material and contextualizes his work...


Assuntos
Humanos , Masculino , Arte , Estética
2.
Psicol. USP ; 27(3)set.-dez. 2016. ilus
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-70126

RESUMO

Este trabalho propõe um olhar sobre a obra de Arthur Bispo do Rosario, que secundariza a patologia e prioriza o vivido. É frequente o cotejamento com Marcel Duchamp por conta da similaridade formal sustentada por algumas de suas obras. Mas a heterogeneidade dos percursos desafia a recepção a uma reflexão mais detida sobre suas respectivas experiências. Em Arthur Bispo do Rosario, a condição de recluso notadamente incorre em fortes restrições materiais e contextualiza a obra. Em seu inventivo e inusitado projeto, funda tanto menos uma estética da feiura e tanto mais - por sua força de verdade - o belo artístico, não como lei formal e plástica, mas como resultado ou êxito de uma experiência estética que se torna experiência artística. Espera-se adotar um ponto de vista que, prescindindo dos caminhos usuais - como a reincidente aproximação entre esses dois artistas -, busque ver além dos limites discerníveis do volume das obras, evidenciando uma verdade interposta como “quase-sujeitos”, nos termos de Georges Didi-Huberman. Examinar a obra têxtil de Arthur Bispo do Rosario pelos vãos da percepção é assumir sua indeterminação e considerá-la na categoria de instável a que pertencem os objetos de arte mediadores de realidades vividas. Evidenciar sua magnitude é também evidenciar sua importância como um possível instrumento de descontaminação e despreconceitualização do olhar que categoriza e penaliza artistas e obras, diagnosticando-as. (AU)


Cet article propose un regard sur le travail d’Arthur Bispo do Rosario, en mettant la pathologie dans un second plan et priorisant l’expérience vécue. La comparaison avec Marcel Duchamp est fréquente en raison de la similitude formelle entre certaines de leurs œuvres. Mais l’hétérogénéité des leurs chemins défie la réception à une réflexion plus déténue sur leurs respectives expériences. Chez Arthur Bispo do Rosario, sa condition de reclus notamment entraîne de fortes restrictions matérielles et contextualise son ouvrage. Dans son inventif et incroyable projet, il fonde moins une esthétique de la laideur que bien plus encore - en raison de sa force de vérité - le beau artistique, non pas comme une loi formelle et plastique, mais comme le résultat ou la réussite d’une expérience esthétique qui devient l’expérience artistique. En adoptant un point de vue qui méprise les formules usuelles - comme le récurrent rapprochement entre ces deux artistes - nous cherchons voir au-delà des limites discernables du volume des œuvres, en montrant la vérité interposée comme «presque-sujets», concept proposé par Georges Didi-Huberman. Dans notre perspective, nous regardons l’œuvre textile d’Arthur Bispo do Rosario par les lacunes de la perception, en assumant son indétermination et la considérons dans la catégorie d’instable à laquelle appartient les objets d’art médiateurs des réalités vécues. Mettre en évidence sa magnitude est également prouvé son importance comme possible instrument de décontamination et comme moyen d’éradication des préjugés du regard qui catégorise et pénalise les artistes bruts et leurs œuvres, en les diagnostiquant. (AU)


En este trabajo se propone a reflejar sobre la obra de Arthur Bispo do Rosario, dejando en segundo plano la patología y priorizando lo vivido. Es frecuente la comparación de su produción con la de Marcel Duchamp, debido a la similitud formal con base en algunas de sus obras. Sin embargo, la heterogeneidad de los caminos por ellos vividos desafía la interpretación a una reflexión más contenida sobre sus respectivas experiencias. En Arthur Bispo do Rosario, su condición de recluso notadablemente incurre en fuertes restricciones materiales y contextualiza su obra. En su inventivo e inusitado proyecto funda mucho menos una estética basada en la fealdad, y mucho más -por su fuerza de verdad- lo bello artístico no como ley formal y plástica, pero como resultado, éxito de una experiencia estética que se convierte en una experiencia artística. Teniendo en cuenta lo anterior, se espera adoptar un punto de vista inusitado, prescindiendo de los caminos usuales, como la proximidad entre los dos artistas, y busque ver más allá de los límites del volumen de sus obras, evidenciando una verdad que se ha interpuesta como “casi-sujetos” em los términos de Georges Didi-Huberman. Examinar la obra textil de Arthur Bispo de Rosario por los vacíos de la percepción es assumir su indeterminación y considerarla como categoría inestable, es decir, a la que pertenecen los objetos de arte mediadores de realidades vividas. Evidenciar la magnitud de su obra es igualmente evidenciar su importancia como un posible instrumento de descontaminación y desprendimiento de los prejuicios de la mirada que categorizan y penalizan a artistas y obras, diagnosticándolas. (AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Arte , Estética
3.
Ide (São Paulo) ; 39(62): 45-59, ago. 2016.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-975497

RESUMO

Consideradas sob certas situações tensas, às vezes fatais, existem imagens que, não obstante ofereçam uma volumetria visivelmente discernível, nos impõem um vazio. Essa cisão evocada de antemão é experiência paradoxal. O "Manto da Apresentação" percorre essa direção, nos constrange por insinuar-se como obra de perda. Suas tramas conexas conformam um talhe humano, antropométrico - evidência corpórea, portanto -, no entanto, latências antropomórficas clamam vazão. Este artigo pretende discutir a questão da origem e da finitude sob uma dialética do olhar, a partir da obra de maior expressão na produção do sergipano Arthur Bispo do Rosario.


Considered under certain tense situations, sometimes even fatal, there are images which, despite offering a visibly discernible volumetry, impose us a void. This division, evoked beforehand, is a paradoxical experience. The "Mantle of Presentation" walks in this direction: it constrains us for insinuating itself as a work of loss. Its connected webs conform a human fit, anthropometric - therefore a corporeal evidence - however, anthropomorphic latencies long for a way out. This article intends to discuss the question of the origin and the finitude through the dialetics of seeing, starting with the work of greatest expression in the production of brazilian artist Arthur Bispo do Rosario.


Assuntos
Psicanálise , Religião
4.
Ide (São Paulo) ; 38(60): 113-126, out. 2015.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-953930

RESUMO

O presente trabalho pretende propor uma reflexão sobre a experiência estética na feitura e na leitura das obras de Judith Scott, artista considerada outsider ou bruta. Seu fazer é marginal. É um fazer livre e anárquico, cujo projeto espontâneo e descompromissado resiste ao assujeitamento normativo. A artista coloca em situação um vivido encoberto ou segredado por fios. Seus objetos demandam um perfazer artístico que supra a completude e a indeterminação suscitadas pela infinita capacidade de mobilização a que essa obra nos desafia. Assim, interpretar o acervo é se implicar nas suas tramas tecidas. O exercício de reflexão solicitado por essa obra é importante instrumento de entendimento não só da experiência estética aludida pelo fazer bruto, mas também do olhar crítico, que nos requisita sobre determinados critérios organizadores de conteúdos dentro de um sistema de artes. As obras de Judith Scott convidam a esse esforço de reflexão.


This paper proposes a reflection about an aesthetic experience in the process of making and the interpretation of the Judith Scott's work. She is an artist considered outsider or brut. Her work is marginal. It's a free and anarchic work, whose spontaneous and disengaged process resist to a normative submission. The artist brings up a life experience through her threads hidden or whispered by wires, that is, kept in secret. Her objects require an artistic making up that meets the completeness and indeterminacy claimed by it, which is able to attend the infinite capacity of mobilization that this work challenges us. Thus, interpreting this collection is engaged with their woven webs. The reflective exercise requested by this work is an important knowledge tool and it does not only allude the aesthetics experience of the outsider artistic work, but also of the critical examination which is required to us about certain criteria that containts inside the art system. The Judith Scott's work invited us to this careful reflection.


Assuntos
Arte , Estética
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