Utilização de plantas medicinais na promoção e na recuperação da saúde nas comunidades pertencentes às equipes do Programa de Saúde da Família do Rio Grande-RS

RESUMO

Nos últimos anos tem sido incentivado o uso de plantas medicinais como forma de terapêutica alternativa. Este estudo avaliou a utilização dessas plantas na promoção e recuperação da saúde em comunidades acompanhadas pelas equipes do Programa de Saúde da Família de Rio Grande-RS. Foi investigado o uso, a forma de transmissão do conhecimento sobre plantas medicinais, as principais plantas usadas, sua forma de manipulação e preparo, sua indicação popular comparada à indicação da literatura, a primeira conduta adotada em caso de doença na família e o uso associado a medicação alopática. Das 360 pessoas entrevistadas, 95% relataram o uso de plantas medicinais. Neste estudo o conhecimento sobre plantas medicinais foi adquirido, sobretudo de mãe para filha (55,68%) ou com a avó (19,82%).Treze plantas foram utilizadas por mais de 50% dos entrevistados macela (88,62%), guaco (81,87%), funcho (77,84%), boldo (77,55%), malva (72,88%), transagem (71,26%), palminha (68,22%), erva-cidreira (67,25%), capim-cidrão (66,18%), carqueja (63,63%), anis (60,64%), erva-doce (58,53%) e hortelã (53,50%). Destas a maioria são utilizadas para afecções do trato gastrintestinal destacando-se o boldo, macela, o funcho, a carqueja e a hortelã. Para o alívio da dor, infecções e inflamações foram indicadas a malva e a transagem. ...