Existe associação entre intervalo PR longo e a amplitude das ondas "F" em pacientes com fibrilação atrial paroxística? / Is there an association between long PR interval and "F" wave amplitude in patients with paroxysmal atrial fibrillation?
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
; 31(supl. 2B): 104-104, abr-jun., 2021.
Article
in Pt
| SES-SP, CONASS, SESSP-IDPCPROD, SES-SP
| ID: biblio-1284009
Responsible library:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
O intervalo PR longo associa-se à baixa voltagem da atividade elétrica atrial em pacientes (P) com fibrilação atrial (FA). A amplitude da onda "f" relaciona-se também com a voltagem atrial e está associada ao maior tempo de duração da FA e maior diâmetro atrial. A história de bloqueio AV de primeiro grau e a baixa amplitude das ondas "f" indicam maior remodelamento atrial e maior chance de recorrência de FA após ablação de vv. pulmonares. Ainda não foi investigado se a duração do intervalo PR guarda alguma relação com a amplitude das ondas "f" em P com FA paroxística. Tal associação poderia ser uma prova de conceito de maior dano à atividade elétrica atrial mesmo em P com FA paroxística.OBJETIVO:
Avaliar se o bloqueio atrioventricular do primeiro grau associa-se ao registro de ondas "f" de baixa amplitude em P com FA. Essa é uma análise eletrocardiográfica exploratória inicial que avalia essa condição em P ambulatoriais.MÉTODOS:
Foram revisados exames de Holter de 24 horas de 660 P consecutivos com FA paroxística e selecionados aqueles com intervalo PR >200 ms (Grupo 1, G1) e estabelecida sua associação com a amplitude das ondas "f". Esses resultados foram comparados ao Holter de P com FA paroxística com intervalo PR normal (intervalo PR ≤ 200 ms; Grupo 2, G2).RESULTADOS:
Dos 660 P, 36 (6%; 25â, 11â com média de idade 72±8anos, variando entre 34 e 92 anos) eram do G1 e 34 P eram do G2 (17â, 17â com média de idade 64±10 anos, variando entre 41 e 82 anos; p=0,027 para idades de G1 e G2). A duração do intervalo PR foi significativamente maior nos P do G1 do que do G2 (262±35 ms vs. 156±20 ms para G1 e G2 respectivamente; p=0,002). A média da amplitude das ondas "f" nos P do G1 foi significativamente menor em relação ao dos P do G2 (0,12±0,07mV vs. 0,20±0,05mv; p<0,001), indicando provável maior grau de remodelamento atrial em P com FA paroxística, de maneira similar à forma crônica. A análise de regressão logística mostrou que o aumento do intervalo PR associou-se à redução significativa da amplitude das ondas "f" (r=0,62; p<0,001).CONCLUSÕES:
a) O intervalo PR longo associa-se à ondas "f" de baixa amplitude em P com FA paroxística; b) essas variáveis devem ter causas comuns e indicam maior remodelamento elétrico e histológico atriais; c) esse conceito deve ser considerado quando da indicação da terapêutica para obtenção do ritmo sinusal (fármacos ou ablação vv. pulmonares); d) esses achados devem ser correlacionados com outras informações clínicas para serem confirmados.
Full text:
1
Collection:
06-national
/
BR
Database:
CONASS
/
SES-SP
/
SESSP-IDPCPROD
Main subject:
Atrial Fibrillation
Type of study:
Risk_factors_studies
Language:
Pt
Journal:
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
Year:
2021
Document type:
Article
/
Congress and conference