Risco de queda e complicações com anticoagulação oral em idosos / Risk of falls and complications with oral anticoagulation in the elderly
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
; 31(supl. 2B): 108-108, abr-jun., 2021.
Article
in Portuguese
| CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP
| ID: biblio-1284027
Responsible library:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
Na população idosa, a fibrilação atrial (FA) é a arritmia mais frequente e causa importante de eventos tromboembólicos, incluindo acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. A anticoagulação oral (ACO), principal medida para reduzir tais eventos, apresenta complicações hemorrágicas significativas. Quedas estão entre os mais sérios e frequentes acidentes domésticos com idosos, gerando importante impacto em funcionalidade e qualidade de vida, e são a principal causa de morte acidental em pessoas acima de 65 anos. Sua incidência é estimada em 28-35% em idosos acima de 65 anos e 32-42% naquelas com mais de 75 anos. O risco de queda elevado figura entre os principais motivos para se considerar a suspensão de ACO.OBJETIVO:
O presente estudo teve como objetivo avaliar o risco de queda e as complicações decorrentes do uso de ACO com varfarina em idosos com diagnóstico de FA, acompanhados em ambulatório.MÉTODO:
Estudo transversal e retrospectivo, incluindo pacientes com 70 anos ou mais, com FA, acompanhados em ambulatório de cardiogeriatria, de setembro de 2020 a abril de 2021. Realizada avaliação do risco de queda pela escala de Downtow e investigação de complicações (queda, AVCi e sangramento significativo no intervalo de um ano) por entrevista, além de óbito. Considerou-se como sangramento significativo aquele que demandou procura por atendimento médico de urgência. As variáveis quantitativas foram apresentadas em forma de média e desvio padrão.RESULTADOS:
Foram avaliados 172 pacientes, com idade média 79,5 anos (+5), sendo 59% mulheres. Do total, 161 (93%) apresentavam risco de queda moderado / alto e 154 (89%) recebiam ACO (varfarina). Cerca de 34% tinham história de queda anterior, a maioria (86%) em ACO. Dos pacientes sob ACO, 15 (10%) apresentaram complicações no último ano, incluindo queda, AVCi, sangramento significativo e óbito. Apenas um óbito foi registrado, decorrente de AVC hemorrágico juntamente com complicações da infecção por coronavírus. Dos 17 pacientes que permaneceram sem ACO, a contraindicação relacionava-se a vulnerabilidade sócio-econômicas e labilidade de INR.CONCLUSÃO:
No presente estudo, ao avaliar risco de queda e complicações associadas ao uso de ACO em idosos com FA, observou-se um risco de queda elevado e uma taxa de complicação de 10%. Isso reforça a necessidade de uma avaliação ampla dos pacientes candidatos a ACO, incluindo avaliação do risco de queda, bem como de um acompanhamento personalizado, permitindo alcançar os benefícios da ACO para prevenção de AVCi.
Full text:
Available
Collection:
National databases
/
Brazil
Health context:
SDG3 - Target 3.3 End transmission of communicable diseases
/
SDG3 - Target 3.4 Reduce premature mortality due to noncommunicable diseases
Health problem:
COVID-19
/
Cerebrovascular Disease
Database:
CONASS
/
Sec. Est. Saúde SP
/
SESSP-IDPCPROD
Main subject:
Accidental Falls
/
Anticoagulants
Type of study:
Etiology study
/
Observational study
/
Prevalence study
/
Risk factors
Aspects:
Patient-preference
Limits:
Aged
/
Aged, 80 and over
/
Female
/
Humans
/
Male
Language:
Portuguese
Journal:
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
Year:
2021
Document type:
Article
/
Congress and conference
Institution/Affiliation country:
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/BR