Cardiomiopatia hipertrófica x amiloidose cardíaca: o teste genético é um bom discriminador? / Hypertrophic cardiomyopathy vs cardiac amyloidosis: is genetic testing a good discriminator?
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
; 31(supl. 2B): 117-117, abr-jun., 2021.
Article
in Portuguese
| CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP
| ID: biblio-1284083
Responsible library:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
O diagnóstico diferencial entre cardiomiopatia hipertrófica (CMH) e amiloidose cardíaca (AC) é extremamente desafiador e tem impacto prognóstico quando oferecido tratamento específico. O estudo genético, agora disponível na prática clínica, apresenta-se como importante ferramenta diagnóstica nesses casos, aliado aos dados clínicos e exames complementares. Tanto na CMH quanto na AC é possível ser portador de variante patogênica, sem expressar o fenótipo destas. E quando um paciente é portador de mutações patogênicas tanto para CMH quanto para AC? A seguir, descreveremos dois casos em que os pacientes apresentam as duas mutações CASO 1 masculino, branco, 43 anos, com palpitações, dor torácica, parestesias e pré-síncope. Descartada doença coronariana pela cineangiocoronariografia. Eletrocardiograma (ECG) ritmo sinusal (RS) e bloqueio do ramo esquerdo.Ecocardiograma (ECO) fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) 66%, espessura septal de 23 mm e parede lateral (PL) de 11 mm, obstrução intraventricular e em via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE), com movimentação sistólica anterior (SAM) da valva mitral. Ressonância Magnética (RNM) realce tardio focal em septo mediobasal e nas junções das paredes anterior e posterior do ventrículo direito. Teste genético com mutações patogênica no gene da transtirretina (Val142Ile) e no gene da tropomiosina (TPM1). A cintilografia com pirofosfato foi negativa para amiloidose (Grau 1). Realizada ablação septal por radiofrequência. CASO 2 masculino, branco, 12 anos, com dispneia, dor torácica e palpitações. ECG RS, sobrecarga do VE, eixo -150â¦, Q patológica V4 V6. ECO FEVE 74%, espessura septal de 30mm e PL de 8mm. SGL do VE reduzido, sem obstrução. RNM SAM da valva mitral e realce tardio mesocárdico e multifocalde padrão não coronariano. Holter sem arritmias. Teste genético com mutações patogênicas do gene da transtirretina (Val142Ile) e do gene MYBPC3 (Arg495Gln). Implantado CDI. DISCUSSÃO Nos casos descritos, tem-se fenótipo hipertrófico e a presença de mutações patogênicas para CMH e AC. No caso 1, o paciente apresenta sintomas que sugerem as duas doenças, porém somente a CMH justifica a evolução clínica observada. No caso 2, apesar de apresentar ambos os genótipos, somente a CMH está expressa clinicamente. Casos em que o fenótipo da hipertrofia não é típico, o achado de alguma variante patogênica tem sido utilizado como ferramenta diagnóstica. Porém mostramos dois casos que ilustram que o estudo genético isolado não deve ser o principal norteador para definição adequada do diagnóstico.
Full text:
Available
Collection:
National databases
/
Brazil
Health context:
SDG3 - Health and Well-Being
Health problem:
Target 3.4: Reduce premature mortality due to noncommunicable diseases
Database:
CONASS
/
Sec. Est. Saúde SP
/
SESSP-IDPCPROD
Main subject:
Cardiomyopathy, Hypertrophic
/
Amyloidosis
Type of study:
Diagnostic study
/
Prognostic study
Language:
Portuguese
Journal:
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
Year:
2021
Document type:
Article
/
Congress and conference
Institution/Affiliation country:
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/BR