Your browser doesn't support javascript.
loading
Alerta monitoramento do horizonte tecnológico: Ozanimode para o tratamento da esclerose múltipla / Alert monitoring of the technological horizon: Ozanimode for the treatment of multiple sclerosis
Brasília; CONITEC; mar. 2022.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-1438409
Responsible library: BR1.1
RESUMO
A TECNOLOGIA Descrição da tecnologia Ozanimode, disponibilizado comercialmente pelo nome Zeposia®, é um modulador de receptores de esfingosina 1-fosfato-S1P com alta afinidade de ligação aos subtipos S1P1 e S1P5 que atuam na regulação do tráfego de linfócitos, importantes células do sistema imunitário. A indicação original do medicamento é para o tratamento de adultos que apresentem tipos recorrentes da Esclerose Múltipla (EM), tais como a síndrome clinicamente isolada, doença recorrente-remitente e doença progressiva secundária ativa. Também é utilizado no manejo da colite ulcerativa moderada a severamente ativa. Condição clínica A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante, incurável, inflamatória e imunomediada do sistema nervoso central (SNC), que acomete principalmente jovens adultos na faixa etária dos 20 a 50 anos. Sua etiologia não é clara, contudo, envolve fatores genéticos e ambientais não estabelecidos que seriam os responsáveis pelas diferentes manifestações da doença, bem como, pelo comportamento responsivo aos tratamentos medicamentosos. INFORMAÇÕES REGULATÓRIAS Informações sobre registro O medicamento ozanimode, até o momento, não possui registro sanitário junto à autoridade brasileira competente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ­ ANVISA. PANORAMA DE DESENVOLVIMENTO Estratégia de busca A estratégia de busca foi composta por duas etapas. A primeira objetivou identificar os registros de estudos clínicos de ozanimode para o tratamento de esclerose múltipla no ClinicalTrials.gov e no Cortellis. A busca no Cortellis foi realizada em 17 de novembro de 2021 com os termos 'ozanimod' e 'multiple sclerosis'. Já a busca no ClinicalTrials foi realizada em 20 de dezembro de 2021 com os termos 'ozanimod', 'Zeposia' e 'RPC1063'. Foram incluídos ensaios clínicos, randomizados ou não, a partir da fase 2, em que o ozanimode tenha sido utilizado para o tratamento da esclerose múltipla. Não houve restrição quanto ao idioma. Não foram incluídas análises post hocs, pool analysis ou extensão de ensaio clínico randomizado ­ ECR. Na segunda etapa, foi realizada busca nas bases Medline e PMC (via PubMed), Embase (via Portal Periódicos Capes) e Cochrane Library com o objetivo de localizar estudos publicados e não publicados referentes aos ensaios clínicos conduzidos que utilizaram o ozanimode no tratamento da esclerose múltipla. Desta forma, foram construídas estratégias de busca utilizando termos controlados e seus respectivos sinônimos (Apêndice 1). Estas buscas foram realizadas em 20 de dezembro de 2021. CONSIDERAÇÕES FINAIS O manejo clínico da esclerose múltipla recorrente-remitente tem por objetivo diminuir recaídas e atrasar a progressão da doença. Para tanto, medicamentos tidos como modificadores do curso da doença, a exemplo de betainterferonas, glatirâmer, teriflunomida, fumarato de dimetila, fingolimode, natalizumabe e ozanimode, são amplamente utilizados. As evidências levantadas apontam que o ozanimode reduz o número de recidivas e lesões cerebrais quando comparado a betainterferona. Por outro lado, seu efeito na progressão da incapacidade não está bem estabelecido uma vez que não demonstrou melhoras para esse desfecho nos ensaios clínicos recuperados. Os efeitos colaterais mais comuns relacionados ao seu uso são nasofaringite e linfopenia. Agências de Avaliação de Tecnologias em Saúde como as do Reino Unido e Canadá encontraram incertezas na razão de custo-efetividade entre ozanimode e outras terapias modificadoras da doença ou estimativas de custoefetividade acima do limiar estabelecido e não recomendaram o uso de ozanimode no sistema nacional de saúde. Já a agência escocesa recomendou uso restrito de ozanimode para um nicho específico de pacientes mediante acordo comercial sigiloso com o fabricante do produto. O ozanimode é de uso oral com exigência de apenas uma dose diária. O medicamento pode ser usado na primeira ou segunda linha de tratamento da esclerose múltipla recorrente-remitente e parece ter um melhor perfil de segurança para bradiarritmia em relação ao fingolimode. Entretanto, parece ter um custo elevado em relação a outros agentes modificadores da doença na esclerose múltipla. Ademais, por tratar-se de um medicamento novo, seus efeitos e sua segurança a longo prazo não estão completamente estabelecidos. Apesar do ozanimode ter demonstrado eficácia superior a fumarato de dimetila e glatirâmer, bem como ter apresentado resultados promissores na redução do número de recidivas e lesões cerebrais; esses resultados foram obtidos, por meio de análise indireta publicada (https//doi.org/10.2217/cer- 2020-0267) e comparação direta com betainterferona. Esses pontos trazem algumas incertezas; por um lado o questionamento se a betainterferona seria o comparador ideal e, por outro a ausência de estudos head-to-head de alta qualidade para conhecer a relação de eficácia e segurança entre ozanimode e outras opções disponíveis no SUS.
Subject(s)
Full text: Available Collection: Tematic databases Database: BRISA/RedTESA Main subject: Sphingosine-1-Phosphate Receptors / Multiple Sclerosis Type of study: Controlled clinical trial / Evaluation study / Health technology assessment / Prognostic study / Screening study Limits: Humans Country/Region as subject: South America / Brazil Language: Portuguese Year: 2022 Document type: Non-conventional
Full text: Available Collection: Tematic databases Database: BRISA/RedTESA Main subject: Sphingosine-1-Phosphate Receptors / Multiple Sclerosis Type of study: Controlled clinical trial / Evaluation study / Health technology assessment / Prognostic study / Screening study Limits: Humans Country/Region as subject: South America / Brazil Language: Portuguese Year: 2022 Document type: Non-conventional
...