Aleitamento Materno: um elo de amor e manejo da dor durante a aplicação da vacina BCG-ID / Breastfeeding: a link of love and handling of pain during the application of vaccine BCG-ID

RESUMO

O interesse em realizar este estudo surgiu a partir das vivências de sua autora durante o Curso de Capacitação para Enfermeiros em vacina BCG-ID, quando, durante a prática da aplicação da vacina BCG-ID, era possível perceber como esse procedimento era desconfortável e/ou doloroso para o bebê e, algumas vezes, assustador para a mãe, trazendo repercussões, principalmente, na esfera física do bebê e na esfera emocional da mãe, componentes que dificultavam a referida imunização. No entanto, verificou-se que, quando a vacinação era realizada durante a amamentação, após estabelecida uma boa pega do bebê ao seio materno, havia a minimização do efeito estressante deste procedimento, tanto para o bebê quanto para a mãe. A partir disso, o estudo objetivou demonstrar a relação existente entre a amamentação e o manejo da dor causada pela aplicação da vacina BCG-ID no RN, a partir da Escala de Dor Neonatal - NIPS. Realizou-se um estudo experimental, prospectivo e de abordagem quantitativa. A população-acessível foi composta de 96 RNs internados em regime de Alojamento Conjunto, sendo distribuídos aleatoriamente em dois grupos; experimental, no qual, durante a aplicação da vacina BCG-ID as mães estavam amamentando seus filhos, e controle, no qual as mães não estavam amamentando seus filhos. Os resultados da Escala de NIPS apontaram que 95,6 por cento dos RNs do grupo experimental não sentiram dor durante o procedimento, enquanto 94,1 por cento do grupo controle demonstraram essa sensação. Concluiu-se que a amamentação apresenta eficácia no manejo da dor para o procedimento doloroso de aplicação da vacina BCG-ID em neonatos saudáveis e a termo. Esta situação de analgesia do bebê leva à minimização do estresse da mãe e do bebê, colocando-os nas melhores condições físicas e emocionais, facilitando a aplicação da vacina pela equipe de enfermagem, não só porque possibilita a imobilidade do braço do bebê, como também, porque auxilia a mãe a melhor posicioná-lo para que o referido procedimento seja realizado com segurança.