Energy value of babassu cake as substitute bulk in sheep diets / Valor energético da torta de babaçu em substituição ao volumoso na alimentação de ovinos

ABSTRACT

The aim of this study was to evaluate the energy value of diets containing babassu cake as a replacement for Tifton-85 hay (70, 140, 210, 280 and 350 g kg-¹ dry matter, DM), using the technique of indirect calorimetry. Twenty-five castrated male Santa Inês sheep, with an average body weight of 49.6 + 9.4 kg, were used in a completely randomised design. The trial was carried out in an individual open-flow respirometry chamber for small ruminants, with each animal remaining for 24 hours inside the chamber. Gross energy and net energy intake were not affected by adding the cake. Digestible energy intake and metabolisable energy intake showed a linear response, ranging from 145.44 to 178.40 and from 121.85 to 158.08 kcal kg-0.75 day-¹ respectively. The energy lost through faeces and methane (% of gross energy intake, GEI) showed decreasing linear behaviour, while the caloric increase, in %GEI, showed a quadratic response. The values for digestible energy and metabolisability presented an increasing linear response. The partial efficiency of use of metabolisable energy for maintenance ranged from 0.71 to 0.81, and showed a quadratic response; however, the net energy values did not differ. For every 10 g of added by-product, there was a reduction of 0.31 g of methane per kg of DM intake. The addition of babassu cake to replace up to 350 g kg-¹ DM in sheep diets increases the energy efficiency of the diet and reduces methane emission by the animals.

RESUMO

Objetivou-se avaliar o valor energético de rações contendo torta de babaçu em substituição ao feno de Tifton-85 (70; 140; 210; 280 e 350 g kg-¹ de matéria seca, MS), pela técnica da calorimetria indireta. Foram utilizados 25 ovinos da raça Santa Inês, machos castrados, com peso corporal médio de 49,6 + 9,4 kg, em delineamento inteiramente casualizado. O ensaio experimental foi realizado em câmara respirométrica individual de fluxo aberto para pequenos ruminantes, permanecendo cada animal por período de 24 horas no interior da câmara. Os consumos de energia bruta e energia líquida não foram influenciados pela inclusão da torta. Os consumos de energia digestível e energia metabolizável apresentaram resposta linear, variando de 145,44 a 178,40 e de 121,85 a 158,08 kcal kg-0,75 por dia, respectivamente. As perdas de energia pelas fezes e pelo metano (% do consumo da energia bruta, CEB) apresentaram comportamento linear decrescente, enquanto o incremento calórico, em %CEB, apresentou resposta quadrática. Os valores de energia digestível e metabolizabilidade apresentaram respostas lineares crescentes. A eficiência parcial de uso da energia metabolizável para mantença variou entre 0,71 a 0,81, com resposta quadrática, porém os valores de energia líquida não diferiram. Para cada 10 g de inclusão de subproduto, houve redução de 0,31 g de metano por kg de MS consumida. A inclusão de torta de babaçu, em substituição ao volumoso, na ração de ovinos, em até 350 g kg-¹ MS, aumenta a eficiência energética da ração e reduz a emissão de metano pelos animais.