Acompanhamento escolar de crianças com entraves estruturais na constituição psíquica: contribuições e desafios / Acompañamiento escolar de niños con obstáculos estructurales en su constitución subjetiva: contribuciones y desafios / School accompaniment of children with structural barriers in their psychic constitution: contributions and challenges / Suivi scolaire des enfants présentant des entraves structurellesà la constitution psychique: apports et défis

RESUMO

Este artigo parte da contextualização do movimento inclusivo e das conquistas em termos de legislação no Brasil, para analisar, com a ajuda do referencial psicanalítico, cenas vividas em uma experiência de acompanhamento escolar de uma criança com entrave estrutural na sua constituição psíquica. Abordam-se contribuições e desafios do acompanhamento escolar na inclusão desses alunos e alunas, a importância da escola como local de subjetivação e a riqueza da interação entre os pares criança-criança nesse processo. Conclui-se que a inclusão escolar não pode se pautar na busca de que "tudo seja igual para todos"; há que se trabalhar com as diferenças para chegar à igualdade de oportunidades e ao direito fundamental à educação. Cabe à escola manter a elasticidade em seu currículo para que todos os estudantes possam acessá-lo, cada um a seu modo, construindo sentido e aprendizagem na sua experiência escolar

RESUMEN

Este artículo parte de la contextualización del movimiento inclusivo y de los hitos legislativos en Brasil para analizar, desde una perspectiva psicoanalítica, escenas de una experiencia de acompañamiento escolar a niños con obstáculos estructurales en su constitución subjetiva. Se abordan contribuciones y desafíos del acompañante escolar en la inclusión de estos estudiantes, la importancia de la escuela como lugar de subjetivación y la riqueza de la interacción entre los pares en este proceso. Se concluye que la inclusión escolar no se puede basar en la búsqueda de que "todo sea igual para todos"; hay que trabajar con las diferencias para llegar ala igualdad de oportunidades y al derecho fundamental a la educación. Es responsabilidad de la escuela mantener una apertura en su currículum para que todos los estudiantes puedan accederlo; cada uno a su manera, construyendo sentido para su experiencia escolar

ABSTRACT

This article starts with the contextualization of the inclusive movement and the achievements in terms of legislation in Brazil, to then, with the help of psychoanalytic references, analyze scenes from a school accompaniment of a child with structural barriers in their psychic constitution. It discusses the contributions and challenges of school accompaniment in the inclusion of these students, the school's importance as a place of subjectivation, and the role played by peers' interaction in this process. It is concluded that school inclusion cannot be based on the premise that "everything must be the same for everyone". It is necessary to work with differences to achieve equal opportunities and the fundamental right to education. It is the school's responsibility to make space in its curriculum so that every student can access it in their way to build meaning to their school experience

Cet article propose quelques repères sur le mouvement inclusif et les acquis de la législation brésilienne pour ensuite, à partir du referentiel psychanalitique, analyser des scènes vécues dans le cadre de l'accompagnement scolaire d'un enfant présentant des obstacles structurels dans sa constitution psychique. Il aborde les contributions et les défis de cette pratique dans l'inclusion des enfants, l'importance de l'école comme lieu de subjectivation et la richesse de l'interaction entre les paires enfant-enfant dans ce processus. Nous montrons que l'inclusion scolaire ne peut pas être basée sur la notion que "tout est égal pour tous"; qu'il est nécessaire de travailler avec les différences pour atteindre une effective égalité des chances et le droit fondamental à l'éducation. Il appartient à l'école de maintenir une ouverture dans son programme afin que tous les élèves puissent y accéder, chacun à sa manière, en donnant un sens à leur expérience scolaire