Resistência a microtração entre uma cerâmica hidrotérmica e um cimento resinoso, submetidos ou não à ciclagem térmica / Microtensile bond strength between a hidrotermal ceramic and a resin cement, submitted or not to thermal cycling treatment

RESUMO

Objetivou-se, com este trabalho, avaliar por ensaio de microtração, a resistência adesiva entre uma cerâmica (Symbio Ceram, Degussa Dental) e um cimento resinoso (Panavia F, Kuraray), submetidos ou não à ciclagem térmica. Para tanto, foram obtidos três blocos cerâmicos com dimensões de 5mmx6mmx6mm; sua suprefície de colagem (6mm x 5mm) foi polida com lixa (#600), acondicionada com ácido fluorídrico a 10% e silanizada, de acordo com as recomendações do fabricante. A seguir, os blocos foram cimentados a outros de resina composta com as mesmas dimensões, sob carga de 1 Kg. Após isso, foram mantidos em água destilada à temperatura ambiente durante 7 dias e cortados de forma a se obteram 20 corpos-de-prova com dimentsões de 10mmx1mmx1mm, propiciando área adesiva de 1mm²±0,1mm² e dividios em dois grupos submetidos aos seguintes tratamentos G1 (controle) - manutenção em água destilada a temperatura ambiente durante três dias - e G2 - ciclagem térmica (1500 ciclos) em dois banhos (5ºC e 55ºC), com tempo de permanência de 30 segundos cada, após o que, foram tracionados em máquinas de ensaio universal (EMIC), com célula de carga de 10kgf e velocidade de 0,5mm.min-1. Os resultados númericos (MPa) foram lançados em tabela própria e submetidos à análise estatística Mann-Whitney (alfa=0,05), demonstrando que G1 (27,06±10,59) não diferiu estatisticamente de G2 (22,55±4,81). Considerando a metodologia aplicada e os resultados obtidos, parece-nos lícito concluir que a ciclagem térmica não influenciou a resistência adesiva entre os materiais estudados