Nutritional status, weight evolution and eating behavior in university students of health careers in Ribeirao Preto, Sao Paulo, Brazil / Estado nutricional, evolução ponderal e comportamento alimentar em estudantes universitários de carreiras da área de saúde em Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

ABSTRACT

Introduction: The nutritional status and eating behavior of university students are related to socioeconomic, cultural and environmental factors, with different effects in terms of meeting the nutritional needs of these individuals. Objectives: To analyze the eating habits, weight evolution and body image of university students in the heath area of the Ribeirao Preto Campus, University of Sao Paulo (USP). Methods: A cross-sectional study was conducted on 501 students enrolled in health area courses of USP, Ribeirao Preto Campus. A questionnaire was applied in order to obtain sociodemographic data, number of meals and weight gain after entering the university, as well as information about the students’ perception of their own body image and of the body image of their parents. Height and weight were measured, body composition (fat mass, fat free mass and body water) was determined by bioimpedance and the body mass index (BMI) was calculated. Results: The 501 university students were enrolled in the courses of Medicine (12.4%), Nursing (18.5%), Nutrition and Metabolism (19.5%), Physiotherapy (15%), Physical Education (11.8%), Speech Therapy (8.8%), Biomedical Informatics (8.6%), and Occupational Therapy (5.4%). Mean student age was 20.4 ± 2.8 and mean BMI was 22.4±3.4 kg/m2, the majority of students were single (98.80%), females (73.05%), not smoking (96.2%) but with consumption of alcoholic beverages (66.0%). Regarding eating behavior, the mean percentages of daily meals taken by the students and of those taken on the premises of the university Campus were, respectively breakfast (83.8% and 3.99%), morning snack (34.1% and 23.7%), lunch (99.6% and 82.8%), afternoon snack (69.6% and 41.7%), dinner (93.4% and 29.5%), and supper (30.1% and 0.19%). Regarding weight evolution was evaluated whether there was a gain, loss or weight maintenance after entering at the University, and it was found similar values between genders, with men (44.4%, 15.5% and 40% and 49.7%) and women (49.7%, 23.4% and 26.7%) respectively. Regarding self-image, 61.47% of the students classified themselves as normal and reported the same classification of body perception of their father (42.31%) and mother (54.09%). Conclusions: regarding this study it was detected the majority of students in the eutrophic range, according to BMI, and the presence of students who progressed to weight gain after university entrance. Changes in eating behavior and drinking habit were also found in this stage of life. Finally, the university should introduce programs to help the students in food a life style choices in order to promote and preserve their health (AU)

RESUMO

Introdução: O estado nutricional e o comportamento alimentar dos universitários estão relacionados com fatores sócio-econômicos, culturais e ambientais, revelando efeitos diferentes no atendimento às necessidades nutricionais desses indivíduos. Objetivos: Analisar hábitos alimentares, evolução ponderal e imagem corporal de universitários da área da saúde do Campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Métodos: Estudo transversal com 501 estudantes matriculados em cursos da área da saúde da USP do Campus de Ribeirão Preto. Houve aplicação de questionário envolvendo informações sócio-demográficas, do número de refeições, evolução ponderal após ingresso na universidade, além de informações sobre as percepções de imagem corporal dos universitários e de seus pais. Aferiu-se estatura e peso, composição corporal (massa gorda, massa livre de gordura e água corporal) foi determinada através da bioimpedância e calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC). Resultados: Os 501 universitários estavam distribuídos nos cursos de Medicina (12,4%), Enfermagem (18,5%), Nutrição e Metabolismo (19,5%), Fisioterapia (15%), Educação Física (11,8%), Fonoaudiologia (8,8%), Informática Biomédica (8,6%) e Terapia Ocupacional (5,4%). Os estudantes possuíam uma média de idade de 20,4±2,8 anos e de IMC de 22,4±3,4 Kg/m2, sendo a maioria solteiros (98,80%), sexo feminino (73,05%), não tabagistas (96,2%) porém com presença da ingestão de bebida alcoólica (66,0%). Com relação aos comportamentos alimentares foram encontradas as médias de refeições realizadas pelos universitários diariamente e, destas, as realizadas dentro das dependências do Campus universitário, sendo respectivamente café da manhã (83,8% e 3,99%), lanche da manhã (34,1% e 23,7%), almoço (99,6% e 82,8%), lanche da tarde (69,6% e 41,7%), jantar (93,4% e 29,5%) e ceia (30,1% e 0,19%), totalizando uma média de 4,12 ± 1,08 refeições diárias e de 1,81 ± 0,92 refeições realizadas no Campus. Quanto à evolução ponderal, avaliou-se se houve ganho, perda ou manutenção de peso após o ingresso na Universidade, sendo encontrado valores semelhantes entre os gêneros, sendo para homens (44,4%, 15,5% e 40% e 49,7%) e mulheres (49,7%; 23,4% e 26,7%), respectivamente. Referente à auto-imagem 61,47% dos universitários classificaram-se como normal e atribuíram a mesma classificação da percepção corporal de seu pai (42,31%) e mãe (54,09%). Conclusões: Considerando este estudo, foi detectado que a maioria dos estudantes está na faixa de eutrofia, de acordo com o IMC, além da presença de estudantes que progrediram para o ganho de peso após o ingresso na universidade. Mudanças no comportamento alimentar e etilismo também foram encontrados nesta fase da vida. Finalmente, a universidade tem o papel de introduzir programas que auxiliem os estudantes nas suas escolhas alimentares e de estilo de vida, a fim de promover e preservar a saúde (AU)