Qualidade microbiológica de sucos de frutas "in natura" / Microbiological quality of fresh fruits juice

RESUMO

Os sucos de frutas podem ser definidos como sendo os líquidos obtidos, por expressäo ou extraçäo de frutas maduras, por processos tecnológicos adequados. Atualmente, uma grande variedade desses produtos está sendo ofertada ao mercado consumidor brasileiro; entretanto, nem todos eles refletem a qualidade esperada. Os produtos derivados de frutas, normalmente apresentam valores de pH inferiores a 4,0, motivo pelo qual os principais problemas de deterioraçäo a que estäo sujeitos restringem-se às conseqüências do desenvolvimento de bolores e leveduras, ao lado das bactérias lácticas e acéticas. Além disso, bactérias patogênicas podem näo se desenvolver nem sobreviver por muito tempo em tais níveis de pH, apesar de enterobactérias poderem ser isoladas de sucos recém extraídos. Considerando, portanto, os fatos acima, o objetivo foi realizar um levantamento das características microbiológicas de diferentes amostras de sucos de frutas "in natura", comercializadas e consumidas em Säo José do Rio Preto-SP, através da realizaçäo das seguintes análises contagem de bolores e leveduras, determinaçäo do número mais provável de coliformes totais e de coliformes fecais, pesquisa de Escherichia coli e de Salmonella sp. Para isto, foram obtidas cinco diferentes amostras (100 por cento) de sucos de frutas "in natura" (caju, laranja, maracujá, tamarindo e tangerina), de uma única marca comercial e todas dentro do prazo de validade. Após a análise dos resultados foi observado que apesar de nenhuma das cinco amostras analisadas (100 por cento) terem apresentado Salmonella sp, três delas (60 por cento), as de caju, laranja e tangerina apresentaram coliformes totais e uma dessas (33,3 por cento), a de tangerina, apresentou coliformes fecais além do máximo permitido pela legislaçäo. Já com relaçäo a contagem de bolores e leveduras, duas (40 por cento) das cinco amostras analisadas, (100 por cento), a de tamarindo e a de tangerina, estavam também em desacordo com a legislaçäo brasileira, e portanto, näo deveriam acarretar dano à saúde pública.