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Uso do azul de metileno no tratamento de choque anafilático durante anestesia: relato de caso / Use of methylene blue in the treatment of anaphylactic shock during anesthesia: case report
Stocche, Renato Mestriner; Garcia, Luís Vicente; Reis, Marlene Paulino dos; Klamt, Jyrson Guilherme; Évora, Paulo Roberto B.
Affiliation
  • Stocche, Renato Mestriner; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Hospital das Clínicas. Serviço de Anestesiologia. BR
  • Garcia, Luís Vicente; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Disciplina de Anestesiologia. BR
  • Reis, Marlene Paulino dos; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Disciplina de Anestesiologia. BR
  • Klamt, Jyrson Guilherme; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Disciplina de Anestesiologia. BR
  • Évora, Paulo Roberto B; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Hospital das Clínicas. Departamento de Cirurgia. BR
Rev. bras. anestesiol ; Rev. bras. anestesiol;54(6): 809-814, nov.-dez. 2004. graf
Article in En, Pt | LILACS | ID: lil-392842
Responsible library: BR1.1
RESUMO
JUSTIFICATIVA E

OBJETIVOS:

No período peri-operatório, o risco de anafilaxia deve sempre ser considerado. A incidência de reações alérgicas em anestesia é controversa, variando entre 1/3000 a 1/20.000, com mortalidade entre 3 por cento e 9 por cento. Neste caso, relata-se o uso do azul de metileno como coadjuvante ao tratamento do choque anafilático refratário à terapêutica tradicional. RELATO DO CASO Paciente do sexo masculino, 53 anos, submetido a herniorrafia inguinal sob raquianestesia. No final do procedimento, ao receber dipirona (1,5 g), por via venosa, o paciente imediatamente apresentou broncoespasmo, cianose, diminuição da SpO2 e da PAS, culminando com parada cardiorrespiratória. Foi iniciada reanimação cardiorrespiratória com massagem cardíaca externa, seguida de IOT e injeção de adrenalina (1 mg), atropina (1 mg), restabelecendo-se FC de 150 bpm, porém sem pulso palpável. Administrou-se mais 1 mg de adrenalina além de 1 g de hidrocortisona, com restabelecimento de pulso central (8 minutos). Apesar de receber dopamina (20 æg.kg-1.min-1), o paciente manteve-se hipotenso (60 mmHg) até 80 minutos. Administraram-se 100 mg de azul de metileno por via venosa, quando houve aumento da PAS para 85 e 105 mmHg, após a segunda dose. Seguiu-se da diminuição da dose de dopamina de 20 para 10, 7, 5 e, finalmente, 2 æg.kg-1.min-1.

CONCLUSÕES:

A anafilaxia tem como principal mediador a liberação de histamina, que induz a produção de óxido nítrico (NO), com conseqüente aumento da guanilato ciclase que promove vasodilatação arteriolar por aumento do GMP cíclico. O azul de metileno pode ser útil nestas situações, pois inibe a guanilato ciclase e conseqüentemente a vasodilatação, o que resulta em melhora hemodinâmica.
Subject(s)
Full text: 1 Collection: 01-internacional Database: LILACS Main subject: Dipyrone / Herniorrhaphy / Anaphylaxis / Anesthesia, Spinal / Methylene Blue Limits: Humans / Male Language: En / Pt Journal: Rev. bras. anestesiol Journal subject: ANESTESIOLOGIA Year: 2004 Document type: Article Affiliation country: Brazil Country of publication: Brazil
Full text: 1 Collection: 01-internacional Database: LILACS Main subject: Dipyrone / Herniorrhaphy / Anaphylaxis / Anesthesia, Spinal / Methylene Blue Limits: Humans / Male Language: En / Pt Journal: Rev. bras. anestesiol Journal subject: ANESTESIOLOGIA Year: 2004 Document type: Article Affiliation country: Brazil Country of publication: Brazil