Fatores prognósticos relacionados à falha do tratamento não-operatório de lesões esplênicas no trauma abdominal fechado / Prognostic factors related to non surgical treatment failure of splenic injuries in the abdominal blunt trauma
Rev. Col. Bras. Cir
; 36(2): 123-130, mar.-abr. 2009. ilus, graf, tab
Article
in Portuguese
| LILACS
| ID: lil-518212
Responsible library:
BR1.1
RESUMO
Objetivo:
Identificar fatores prognósticos relacionados com a falha do tratamento não-operatório (TNO) de lesões esplênicas no trauma abdominal fechado.Métodos:
Análise prospectiva de 56 pacientes adultos submetidos à TNO e divididos em um grupo de sucesso e outro de falha, que foi definida como necessidade de laparotomia por qualquer indicação. As lesões foram diagnosticadas por tomografia computadorizada e classificadas de acordo com os critérios da AAST (American Association for Surgery of Trauma). Os parâmetros estudados foram na admissão - pressão arterial sistólica, frequências cardíaca e respiratória, nível de consciência (Escala de Glasgow) e RTS (Revised Trauma Score); durante a hospitalização presença de lesões associadas, transfusão sanguíneae parâmetros hematológicos, tempo de internação e ISS (Injury Severity Score).Resultados:
As falhas do TNO (19,6%) foram devidas à dor abdominal (45,4%), instabilidade hemodinâmica (36,4%), queda do volume globular associada a hematoma esplênico (9,1%) e abscesso esplênico (9,1%). Não foram observadas diferenças entre os grupos de sucesso e de falha nos dados na admissão. A taxa de falha de acordo com o grau da lesão esplênica foi 0% nos graus I e II agrupados; 17,5% nos graus III e IV agrupados e 80%no grau V (p = 0,0008). O uso de hemoderivados foi maior e mais frequente no grupo de falha (p=0,05). As relação do ISS (Injury Severity Score) com as taxas de falha foram 0% nos pacientes com ISS = 8; 15,9% nos com ISS entre 9 e 25, e 50% nos com ISS = 26 (p = 0,05). Não houve mortalidade e nem lesões de vísceras ocas despercebidas.Conclusão:
O Injury Severity Score e grau da lesão esplênica relacionaram-se com a falha do tratamento não-operatório.ABSTRACT
Objective:
Identify prognostic factors related to treatment failure of blunt splenic injuries managed by non surgical treatment (NST).Methods:
Fifty six adult patients submitted to NST were prospectively studied. The injuries were diagnosed by computed axial tomography scan and classified according to AAST (American Association for Surgery of Trauma) criteria. Patients were divided in success and failure groups. NST failure was defined as the need for laparotomy for any reason.Results:
NST failures (19.6%) were due to abdominal pain (45.4%), hemodinamic instability (36.4%), splenic haematoma associated to a fall in hematocrit (9.1%) and splenic abscess (9.1%). There were no failures in grade I and II of the splenic injuries; failure rate was 17.5% in grade III and IV injuries grouped, and 80% in grade V injuries (p = 0,0008). In the success group, 31.3% patients received red cell transfusions, versus 63.6% patients in the failure group (p = 0,05). Failure rate in patients with ISS = 8 was zero; 15.9% in patients with ISS 9 to 25; and 50% in patients with ISS = 26 (p = 0,05). There were no deaths or missed bowel injuries.Conclusion:
ISS and splenic injury grade were related to failure of NST.
Full text:
Available
Collection:
International databases
Database:
LILACS
Main subject:
Spleen
/
Wounds, Nonpenetrating
Type of study:
Observational study
/
Prognostic study
/
Risk factors
Limits:
Adolescent
/
Adult
/
Aged
/
Humans
Language:
Portuguese
Journal:
Rev. Col. Bras. Cir
Journal subject:
CIRURGIA GERAL
Year:
2009
Document type:
Article
Affiliation country:
Brazil